Sete anos sem a mãe: Quando a saudade ensina o amor

Publicado por Rodolfo Fonseca em Autoconhecimento

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Neste dia das Mães completo sete anos sem a presença física da minha mãe. Sete anos sem ouvir sua voz, sem sentir seu abraço, sem compartilhar as pequenas alegrias e desafios do cotidiano. A ausência dela é uma presença constante em minha vida, uma saudade que não diminui com o tempo, mas que ensina, a cada dia, o verdadeiro significado do amor e da autonomia.

Recentemente, deparei-me com uma frase que me tocou profundamente: "A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo." No início, essas palavras me pareceram duras, quase cruéis. Como assim, uma mãe se tornar desnecessária? Mas, ao refletir mais profundamente, compreendi que essa "desnecessidade" não se refere à falta de amor ou importância, mas sim à capacidade de uma mãe em preparar seus filhos para a vida, ensinando-os a caminhar com as próprias pernas, a tomar decisões e a enfrentar os desafios com coragem e confiança.

Minha mãe foi exatamente assim. Ela me ensinou a ser forte, a ser independente e a confiar em mim mesmo, tudo do jeito dela; da forma que ela sabia fazer... Mesmo nos momentos mais difíceis, ela estava lá, não para resolver meus problemas, mas para me mostrar que eu era capaz de superá-los. Ela me deu asas e me ensinou a voar, mesmo sabendo que, um dia, eu teria que seguir meu caminho sem ela.

Hoje, percebo que sua maior prova de amor foi justamente essa: preparar-me para a vida de tal forma que, mesmo em sua ausência, eu pudesse continuar crescendo, aprendendo e vivendo plenamente. Ela se tornou "desnecessária" no sentido mais nobre da palavra, pois me deu tudo o que eu precisava para ser quem sou hoje.

Neste Dia das Mães, a saudade aperta, as lágrimas insistem em cair, mas também há gratidão. Gratidão por ter tido uma mãe tão incrível, que me amou profundamente e que me ensinou, com seu exemplo, o verdadeiro significado do amor incondicional. Ela pode não estar mais aqui fisicamente, mas sua presença vive em mim, em cada escolha que faço, em cada passo que dou.

A todas as mães que, com amor e sabedoria, preparam seus filhos para a vida, tornando-se "desnecessárias" no sentido mais bonito e profundo, o meu mais sincero reconhecimento e admiração.

E a você, mãe, onde quer que esteja, o meu eterno amor e saudade.

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Sobre o autor

Rodolfo Fonseca é co-fundador do Site Somos Todos UM
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