Hoje eu vi o Senhor Ganesha*, e Ele me disse:
"Pense no Absoluto, do qual todos os seres são manifestações relativas.
Lembre-se da sabedoria de Vyasa e diga, OM!
Escreva como Shankara escrevia e fale das Luzes do Eterno.
Fale do amanhecer nos olhos de quem ama.
E, em seu coração, sinta a presença sutil das Almas Livres**.
Sim, Elas, tranquilas e magnânimas, que, como a primavera, fazem bem a todos.
E ria, como Ramakrishna fazia, nas luzes do samadhi."
Então, Ele projetou uma estrela prânica sobre minha cabeça...
Em seguida, me acenou e se foi, dentro de uma luz.
E eu fiquei aqui, quietinho, igual criança diante do infinito.
P.S.: Depois, uma frase ficou ecoando dentro de mim. Era algo assim:
"O servidor da Luz sabe que, sem amor ninguém segue".
Ah, Senhor Ganesha, eu não sei escrever igual Shankara ou Vyasa.
Mas sei sentir as Almas Livres em meu coração.
E isso já é muito para mim.
E mais não sei dizer.
Om Gam Ganapataye Namah!
- Wagner Borges - mestre de nada e discípulo de coisa alguma.
Rio de Janeiro, 12 de setembro de 2025.
- Notas:
* Ganesha - do sânscrito - o Deus com cabeça de elefante, filho de Shiva e Parvati, considerado o removedor dos obstáculos e, também, patrono dos escritores.
Obs.: Sobre o Deus Ganesha, favor ver os textos "Rompendo a Barreira do Passado - I e II" - e "Divindade Elefantoide", no seguinte endereço específico do site do IPPB link
** Sobre as Almas Livres, ver esse texto, no link
Obs.: Abaixo o link da música que eu estava escutando enquanto editava estes escritos:
Ganapati Atharvasheersha - da vocalista hindu Uma Mohan.