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Um pouco de Eraldo em nós

Publicado por Maria Guida em Espiritualidade

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Coragem. Esta é a palavra que melhor define tudo o que aprendi com Eraldo Manfredi.

Não que eu não me julgasse corajosa quando o conheci. Mas, desde o dia em que apertei a mão dele pela primeira vez, percebi que tudo o que eu reconhecia em mim como coragem não passava de uma máscara para esconder os medos.
Era uma tarde fria. Julho, talvez. O homem, indicado por um amigo, queria escrever um livro sobre o trabalho dele - Terapia de Vidas Passadas.
Fiquei de encontrá-lo duas vezes, e não apareci. Então, um dia, ele me ligou para dizer que se eu não queria conhecê-lo, era só falar, e ele não insistiria mais.
Essa foi a primeira vez que ele me desafiou. E nunca mais parou.
Toquei a campainha. Ele abriu a porta, me olhou de cima para baixo, e me convidou a entrar. Enquanto subia as escadas para o consultório perguntou – “Você reparou como nós estamos vestidos”?
Só então notei que parecíamos um par de vasos - calça verde-musgo e camisa xadrez, nos mesmos tons. Meias e sapatos muitos parecidos, também.

Era o primeiro sinal de uma grande sintonia.

Falamos um pouco sobre sincronicidade. Ele me contou sua história. Disse que para escrever o livro, eu tinha que fazer duas coisas - Ler Brian Weiss e me submeter à Terapia de Vidas Passadas. Contei como havia sido desastrosa a minha primeira e única tentativa. Ele me convenceu de que, daquela vez, seria diferente. E foi.
O livro, como ele gostava de dizer quando contava a alguém como foi que nos conhecemos, nunca saiu. Mas ao longo dos anos, desenvolvemos uma relação de mestre e discípulo, horizontal, profunda, intensa, apesar dos impasses e dos momentos difíceis.
Toda vez que eu me afastava ou ameaçava desistir, ele me desafiava a ir um pouco mais além do que eu achava que podia. Com uma insistência serena e firme, ele me empurrava para a frente, me fazia continuar.

Não sei a quantas pessoas atendemos, quantos problemas conseguimos resolver à distância, quantas vezes falhamos.
Sob a influência de sua voz de comando, morri centenas de vezes - enforcada, afogada, queimada, atravessada por espadas, flechas ou balas - até chegar ao ponto crucial das questões, na captação de inconscientes.
Perdi a conta dos dias em que trabalhamos até altas horas da noite, ou esquecemos das horas, comentando os resultados conseguidos, entre xícaras do café maravilhoso que ele fazia com perfeição.
Muitas dessas noites terminaram entre pizzas e risadas, sempre ao lado da Clô - a mulher que ele escolheu como companheira e a quem amava mais do que a si mesmo.

O que sei é que não seria quem sou hoje, se não fosse o carinho e a generosidade dele, sempre disponível, me amparando nas crises materiais e espirituais, me mostrando que os mistérios existem para serem desvendados, que o universo é nossa casa e que tudo se resolve com o perdão.

A coragem que eu aprendi com ele, e que me leva a enfrentar os desafios contidos em cada atendimento, vem da confiança interior que ele tem e me transmite, de que tudo o que existe é energia, de que todos os seres estão interligados, de que todo o mal é resultado da ignorância e falta de consciência, de que tudo é Luz.
Atuava no invisível com a mesma naturalidade com que apertava parafusos e trocava lâmpadas, no mundo material.
Para ele, não havia porta que não pudesse abrir, resistência que não pudesse vencer, tendência que não pudesse corrigir. E, mesmo quando a coisa parecia insolúvel, ele não deixava de tentar.

Quarta-feira passada ele disse adeus ao nosso mundo, e desde que eu recebi a notícia de sua passagem, as memórias de tudo o que vivemos juntos inundam minha mente e meu coração.
Nenhuma delas é ruim. São todas boas, são todas belas, cheias de afetuoso respeito e silenciosa compreensão.
O que posso mais dizer?
Que carrego um pouco de Eraldo comigo, assim como todos os que conviveram com ele, carregam também. Esse pouco de Eraldo que há em mim é o que me leva a ousar entrar na intimidade daqueles que me procuram; buscar a raiz dos seus conflitos internos e confiar no meu dom.

Entre lágrimas de tristeza pela saudade que fica, e de alegria, pela certeza de que ele segue sua jornada vitorioso e feliz, agradeço a bênção de ter caminhado a seu lado, lamentando, sim, como todo ser humano lamenta, quando se vê separado de quem admira e ama, não ter abraçado mais, conversado mais, mergulhado mais nos seus olhos azuis para dizer mais claramente e com mais freqüência, o quanto ele é especial.
Conforta saber, que onde quer que esteja, com a consciência ainda mais ampliada, ele pode ver e sentir que é muito amado por todos nós.

São Paulo, 18 de agosto de 2006.
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Sobre o autor
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Maria Guida é
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desde 2002.

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