Podemos observar esta questão sobre vários enfoques; o primeiro diz respeito a um ponto sobre o qual particularmente dou bastante ênfase, que é o alvo projetivo. Este ponto está diretamente ligado ao autoconhecimento e controle emocional baseado no equilíbrio, fato que coloca o projetor num estado de maior eficiência em suas buscas, ficando mais "amocional", (sentindo suas emoções, mas não sendo envolvido pelas mesmas). Em projeções extrafísicas, pulsões emocionais mal resolvidas comumente levam as consciências para situações que envolvem a esfera do desejo, sejam elas quais forem. No caso em questão, falamos da energia sexual.
A energia sexual há séculos vem sendo manipulada neste orbe para que uns obtenham poder sobre outros. Agora imaginem como é que fica esta energia tão poderosa e tão assediada por tantos, quando se encontra num espaço de total liberdade para a sua experimentação? Com certeza é um grande aprendizado dentro das inúmeras possibilidades que começam a surgir extrafisicamente.
São nestes importantes momentos que acontecem os grandes aprendizados, você muda lá e aqui, entra em contato real com o que significa esta força de vida geradora, criadora e portanto fonte de prazer genuína. Começa pela experimentação, sem mandatos auto-impostos a se conduzir conscientemente por intermédio desta energia.
Em segundo lugar - e não menos importante - pode-se verificar "in loco" o que existe na mais vasta literatura sobre a "Kundalini", que seria, em linhas gerais, a energia vital como processo de iluminação percorrendo o caminho da coluna vertebral. Mas o que pode significar isto para o projetor? Significa a ativação desta energia, sendo que ela envolve muito mais do que as explicações simplistas deste orbe sobre a energia sexual. Significa um aumento da mesma impulsionando o psicossoma (Corpo emocional sutil) para fora do soma (corpo físico). Significa a ativação da vitalidade irradiando em todos os níveis de manifestação da existência, aumentando possibilidades de estar presente em tudo em meio a um imenso prazer, muitas vezes incomungavel, na maioria das vezes apenas sentido pelo projetor.
Relacionamento sexual fora do corpo:
Relações sexuais fora do corpo envolvem alguns tipos diferenciados de manifestação, que vão desde o conceito de encontro sexual carnal (embora fora do corpo), conhecido por aqui, até graduações de relacionamentos sexuais que estão muito além das dinâmicas terrenas. Envolvem um grau de comunhão energética onde os moldes de manifestação se misturam por completo em estados de êxtase e criação absolutos. Entende-se o que é ser um Universo em criação, ser a origem e o fim, tudo ao mesmo tempo. Quem vive este tipo de experiência cósmica por intermédio dos encontros sexuais, percebe que este tipo de vivência sai totalmente do comum, do que foi aprendido, e a partir daí acontece um novo enfoque sobre o tema. O projetor novamente vai para o seu lugar de observação e silêncio. Muda muito depois deste tipo de experiência, entende que existe a possibilidade multidimensional de vivenciar este tipo de relação sexual de modo simultâneo, isto é, aqui e extrafisicamente.
Relacionamento sexual com consciências que desencarnaram ou que sequer encarnaram:
Já ouvi relatos de algumas pessoas que enviuvaram e que por algum motivo não conseguiram dar um novo rumo afetivo às suas existências; são pessoas que energeticamente ainda se encontram vinculadas às consciências que desencarnaram. Muitas vezes por apego ou falta de coragem de se experimentarem frente a novas etapas, perpetuam ligações entre vidas. Certa vez, uma mulher paulista - de 48 anos na ocasião - procurou-me revelando dificuldade de encontrar um novo parceiro; no seu relato informou-me de que ainda sentia a presença de seu falecido marido e que por diversas vezes acordava com a sensação física de ter mantido relações sexuais com ele. Neste caso específico, esta pessoa ativou a sua consciência extrafísica e constatou que de fato estava freqüentemente relacionando-se sexualmente com o marido falecido. Percebeu também que esta situação a estava deixando deprimida e sem vontade de viver aqui. A partir de então, um novo rumo à sua existência foi dado.
A lição deste caso foi que, quando objetivamos vir para este plano, temos algo que combinamos fazer em nosso período intermissivo, (entre vidas) e que uma situação deste tipo pode enfraquecer a nossa proposta de manifestação.
Ainda neste tema poderíamos avançar por inúmeras possibilidades, que vão desde as consciências que não encarnaram, mas que de algum modo mantém algum vínculo sexual com alguma consciência encarnada, até os assédios de consciências desencarnadas apegadas a alguém do plano terreno ou mesmo às consciências que não aceitam ou ainda não entenderam a sua nova condição de desencarne, insistindo em seus maneirismos ou vícios sexuais, muitas vezes incomodando as consciências desavisadas daqui.
Conclusão:
Todo aquele que se permite, muda imensamente na medida em que se libera conscientemente para ter tais experiências. A partir de então pode-se entender e se transcender julgamentos irracionais sobre este assunto, que no fim são posicionamentos que aprisionam. Como conseqüência deste intento, pode acontecer um desenvolvimento inequívoco na esfera de prazer autoconsciente, do prazer de saber estar vivo e presente em qualquer situação, sem que se avance em limites pessoais ou alheios. Existe a oportunidade de experenciar a simplicidade e a grandiosidade que envolve esta energia.
Podemos então perceber que esta máquina bloqueadora, que não permite a experimentação sexual consciente, bem como todos aqueles que colaboram com esta proposta desumana, está paradoxalmente impulsionando a liberação da energia sexual criadora de modo doentio, por intermédio de agressões infundadas, guerras, aberrações sexuais, disfunções e distorções de poder... levando a humanidade como um todo a se perpetuar em sua cegueira.
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Publicado dia 1/6/2020 7:52:56 PM em Espiritualidade
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