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É melhor ter razão ou ser feliz?

É melhor ter razão ou ser feliz?
Publicado dia 4/8/2020 11:35:10 AM em Corpo e Mente

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Circula uma frase pela internet, do poeta Ferreira Gullar, com os seguintes dizeres: Eu prefiro ser feliz a ter razão.
Sempre achei intrigante esta tal relação: razão x felicidade. Porque todos querem se sentir felizes, mas essa "mania" de querer ter razão tomou conta dos relacionamentos amorosos, parentais, sociais, empresariais, profissionais etc., e tem causado muita briga, confusão, ressentimentos e rupturas, e a infelicidade afetiva/relacional anda por aí instalada.

Essa "mania de ter razão" tem sua origem no individualismo. E ao buscarmos a origem do individualismo encontramos o egoísmo, uma estrutura emocional infantil que gerencia a personalidade de muitos adultos.
Sobre o individualismo, especificamente, é bom lembrar que não se deve confundir individuação e individualismo, pois, são bem diversos. Mas na busca da individuação muitos acabam se atolando no individualismo.

No processo de individuação, eu descubro quem sou, do que gosto, do que não gosto, reconheço potenciais, ferramentas, mas também ganho sabedoria, humildade, e com elas percebo que sou parte de um todo muito maior que meu umbigo e mente. Descubro que coexisto, querendo ou não, com múltiplas formas de vida, com consciências as mais diversas numa relação interdependente, o que me leva ao altruísmo, à generosidade, à solidariedade, à compreensão.
Pois, na coexistência, uma vida só existe porque está em relação com outras vidas. Assim, compartilhamos sol, oxigênio, água, terra, e tudo o mais que o planeta oferece. Com isso, sem querer ou com consciência e escolha ativa, geramos vida e usufruímos da vida.

Nosso planeta Terra por estar inserido numa rede universal de vida também necessita de todo o restante do Universo para mantermos por exemplo, a gravidade, bem como as marés, e os ciclos de vida - tanto os curtos como as estações do ano, como os longos, que envolvem as eras.
Já no individualismo achamos que somos o centro do Universo e que todo o resto deve orbitar ao nosso redor.
Desta maneira, quando agimos de forma individualista ou em outras palavras, de forma egoísta, buscamos impor nossa opinião e vontade, e vivemos nos melindrando com qualquer opinião divergente ou com qualquer tipo de atitude que não seja de acordo com nossa vontade. Ou seja, se o outro não é obediente ao nosso "desígnio supremo" ele não é digno de nossa companhia ou ele é tratado como um alguém inferior ou como não confiável, ou aquele a quem podemos maltratar dizendo palavras rudes e agressivas. Em outras ocasiões, dividimos os grupos em "panelas" as dos que pensam como nós, e a dos "outros", os que não pensam como nós.
Guerras são travadas assim.

Muitas vezes, nas relações pessoais, agravamos a situação por atuarmos com prepotência e arrogância, sofrendo, assim, uma inibição aguda da nossa lucidez e da nossa inteligência, e estas, uma vez comprometidas, pelo nosso alto engrandecimento inadequado, faz com que distorçamos os fatos, passando a responsabilizar os outros por nosso mal-estar ou pelo acontecido. Quando, muitas vezes, a realidade é que ambos colaboramos para a dificuldade de entendimento no relacionamento, por agirmos exatamente da mesma maneira, cada um entrincheirado em suas verdades, desconectados do outro, é a tal "mania de ter razão". Assim, está criada uma confusão de difícil solução.

O egoísmo é mesmo um grande desconectador de corações, enrijecendo a sensibilidade e impedindo nossa percepção clara da vida.
O egoísmo e a prepotência nos fazem achar que temos direitos que não existem. Fazem nos sentir injustiçados, enraivecidos, indignados, irritados, e o pior, em nada ajudam a ampliar nossa sabedoria sobre a situação, para enxergá-la com isenção de ânimo, clareza e discernimento, quando encontramos caminhos para a conciliação ou a resolução dos conflitos.
Os "donos da verdade" tem dificuldade em enxergar e compreender diferentes pontos de vista. Acham que enxergam mais que todos, e estão cegos para a realidade à sua volta.

Podem até ser rápidos na argumentação, ser ágeis espadachins das palavras, mas isso não é sinônimo de sabedoria ou de inteligência, como muitos acham.
Neste caso, o que fazer? Será que abrir mão de sua opinião pode ser, então, um caminho para a conciliação e para a felicidade?
Depende, caso seja apenas mais uma forma de reatividade, porém, contrária, ou seja ao invés de me impor, omito-me; com certeza, não sentirei bem-estar, poderei sentir angústia, tristeza, ou sentir-me sufocado, porque a causa de tudo, o egoísmo e a vaidade, estão lá, agindo, ainda que nos subterrâneos da percepção consciente.

Agora se esta decisão vem de um coração mais amoroso, que está ocupado também em criar bem-estar e felicidade para os outros, tudo muda. As decisões, filhas do amor, podem gerar imenso conforto, ainda que requeiram de nós algum sacrifício momentâneo. Porque a felicidade está atrelada à capacidade de amar. E amar aos outros, aquecer o coração, desenvolver ternura, doçura, amabilidade, tolerância, traz imenso bem-estar íntimo, além de criar novas estruturas emocionais e psicológicas modificando o modo de perceber e interagir com a vida.
O amor pelos outros e pela vida tem o poder de dissolver o egoísmo e suas crias, como o individualismo e a vaidade exagerada.
Nesse momento, surge a capacidade de se usar a mente alicerçada numa inteligência amorosa, característica dos que superaram a infância emocional.
Usar as essências florais dentro de um processo terapêutico é de grande ajuda nesse processo.
Mas há mais a ser feito.

Até que o egoísmo seja esmaecido, o cultivo de um pouco de silêncio, de tolerância e de muita ponderação é providencial.
Aprender a ouvir, a sentir empatia pelo outro, por outras opiniões, saindo de seu mundo íntimo, observando-se parte de um todo maior (relacional, social, bioquímico, espiritual), sentindo a si e aos outros como forças de igual importância para o todo da vida é outro passo nessa nova caminhada.
Passar suas opiniões pelo crivo da afetividade, da ética, da justiça, da responsabilidade, da verdade, da compaixão, do não julgamento e do não preconceito, antes de manifestá-las, é igualmente importante.
A meditação regular aqui é indicada.

Você quer ser feliz? Muito bem, comece a amar quem anda por perto de você, mas de verdade. Amor que aquece o peito, que gere bem-estar, que crie situações onde o outro se sinta sempre incluído, valorizado. Dispense a neurose dos pensamentos só sobre si mesmo, sobre como se sente, sobre sua vida, se está bem ou não, se está feliz ou não. Abra-se de verdade para conhecer os outros para além dos rótulos e das opiniões pré-concebidas. Entregue-se ao amor. Um novo universo de bem-estar se abrirá para você.


por Thais Accioly

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Sobre o autor
thais
Thais Accioly é especialista em Terapia Floral pela Escola de Enfermagem da USP.
Professora da Pós Graduação em Terapia Floral na Escola de Enfermagem da USP.
Professora da Flower Essence Society/CA EUA no Brasil.
Professora da Bush Flower Essences/AU no Brasil.
Consultora em Cultura de Paz.
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