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O Ser Humano e a Busca de Si Mesmo através dos mitos Gregos

Publicado dia 5/5/2003 12:24:08 PM em Psicologia

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O homem sempre buscou entender sua origem. Sempre procurou o sentido de sua existência. De onde vim? Para onde vou? Perguntas básicas que desde sempre ocuparam nossas mentes.

O ser humano é um ser múltiplo: já nos dizia Jung. E antes dele os filósofos antigos gregos também já procuravam entender a complexidade do ser humano, sua existência e o por quê. Antes, ainda, temos a Mitologia Grega, histórias populares, contadas e reunidas com a intenção de explicar e entender a criação do universo, assim como a do homem e o seu desenvolvimento.
Por ser um ser múltiplo e complexo – e ainda possuir a capacidade única de dar significado à sua própria existência – é que o homem desenvolveu muitas teorias sobre a criação do universo e de tudo que ele contém e, conseqüentemente, sobre si próprio.

Na idade antiga o ser humano era muito ligado às forças da natureza; e a elas estava subjugado. Naquela época, a interação homem–natureza era estreita e vivenciada por ele como se ela fosse “alguém” que lhe era superior e a quem devia obediência. Em sua complexidade, vivia uma dicotomia: sentia-se “filho” da natureza, portanto, fazendo parte dela, mas sempre “brigava” para dominá-la e sair do sentimento de subjugação que sentia em relação a ela.
Só um parêntese: hoje, com todo avanço tecnológico, ainda percebemos essa dicotomia, pois parte dos seres humanos busca um retorno à natureza, outra parte ainda “briga” e não se percebe como fazendo parte dela. Mesmo esse seu retorno à natureza é bastante forçado e racional, pois sabemos que o “bem estar” do planeta Terra é fundamental para a nossa sobrevivência aqui. O homem da idade antiga já sabia disso intuitivamente, pois sentia-se mais integrado e fazendo parte da natureza do que nós, homens da modernidade.

Hoje, conhecendo a Mitologia Grega, compreendemos toda a sapiência do nascente de nossa cultura ocidental que nos apresenta a multiplicidade das facetas do ser humano.
O ser humano é agressivo, mas é terno; é destruidor, mas é construtor; é gerador de vida, mas também o é da morte; é sonho, fantasia, porém tem capacidade de concretizar; possui necessidade de desenvolver-se espiritualmente, mas também precisa cuidar da saúde do seu corpo físico.
Na Mitologia Grega percebemos, através dos mitos, todas essas partes, atuantes e puras, do ser humano.

Jung entendeu que essas “partes” seriam o que ele chamaria Arquétipos, ou seja, “modelos de ser”, pois cada um dos mitos representaria uma faceta do ser humano – contendo todos os outros dentro de si, mas que num “mix” individual daria o “tom”, pessoal e único, chamado Indivíduo. Por isso, existe indivíduo mais agressivo, enquanto há outro mais terno; ou aquele que é mais destruidor, quando há aquele que é mais construtor; ou como os artistas, ligados mais à fantasia. Existem também aqueles mais preocupados em concretizar.
Os Arquétipos seriam para Jung o que os Mitos eram para os gregos antigos: forças puras da natureza atuando no ser humano.

A diferença é que para os gregos antigos os Mitos personificavam as forças da natureza com qualidades puras do ser humano, que estavam fora do homem e a quem deviam reverenciar. Já Jung entende que essas qualidades puras estão dentro do ser humano, agindo dentro dele e proporcionando modelos de como atuar em cada papel que representa na vida.
Encontramos portanto nos mito gregos modelos de como ser, segundo Jung. Por exemplo: o deus Marte, deus da guerra, que para os gregos deveria ser reverenciado durante os períodos de conflito para ajuda-los a vencer, seria para Jung - dentro da visão conceitual de Arquétipo - a capacidade do indivíduo de se auto-afirmar para poder assim conquistar o que se deseja na vida.
Os Arquétipos para Jung – ou, em uma analogia, os Mitos Gregos – são todas facetas do ser humano: cada indivíduo atuando mais com uma do que com outra. Em sua complexidade enquanto ser humano, o indivíduo se identifica mais com uma - ou algumas - de suas facetas do que com outras, atuando e atualizando-as, tornando-se único na sua expressão como ser humano.

por Maria Aparecida Diniz Bressani

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Sobre o autor
maria
Maria Aparecida Diniz Bressani é psicóloga e psicoterapeuta Junguiana,
especializada em atendimento individual de jovens e adultos,
em seu consultório em São Paulo.

Email: [email protected]
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