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A Esperança

A Esperança
Publicado dia 5/9/2007 5:08:48 PM em Psicologia

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Conta na Mitologia Grega que os deuses criaram uma mulher chamada Pandora. Ela era a mulher ideal, com dons doados pelos deuses (como por exemplo, a beleza e a argúcia) para fazer o homem se perder. Era um castigo de Zeus. Pandora trouxe consigo de presente uma caixa, que jamais deveria ser aberta; porém, era também de sua natureza a curiosidade, então, ela abriu a tal caixa escapando todos os males da humanidade. Quando percebeu o que estava acontecendo fechou-a rapidamente mantendo dentro dela apenas a Esperança.

Assim, desde então, para o ser humano viver ele precisa de criatividade e esperança.
A cada momento precisamos encontrar soluções criativas para as mais diversas situações que vivemos; porém, só temos condições de usar o máximo de nossa criatividade quando temos acesso à esperança dentro de nós. Por isto, pode perceber que a esperança é o ingrediente fundamental para o desenvolvimento da vida do ser humano.
Nós vivemos, lutamos criativamente pela sobrevivência e procuramos sempre nos aprimorar como ser humano e indivíduo que somos porque temos a esperança em nosso interior, sempre presente.

Quanto maior o nível de esperança, mais enfrentamos e superamos com disposição e boa vontade os obstáculos que a Vida se nos apresenta.
A esperança nos permite olhar a Vida sob alta perspectiva. Como se sob a égide da esperança, diante de qualquer situação, subíssemos no alto de uma montanha e alcançássemos uma visão ampla de um vasto horizonte, muito maior do que aquele que divisamos em nosso pequeno mundo egóico.

A esperança, então, amplia nossos horizontes; como também amplia o campo de atuação em nossa própria Vida, pois não aceitamos passivamente as restrições: queremos nos experimentar e nos explorar e aos nossos potenciais.
Então, a esperança nos dá uma certa voracidade pela Vida. Ela nos faz romper barreiras, pois precisamos de espaço para viver. E preenchemos estes espaços conquistados com nossos potenciais.

É vital que nos sintamos presentes em nossa própria vida. E como a esperança não aceita rotina, mesmismo e nem monotonia, ela nos impulsiona para viver o mais completa e intensamente possível nossa própria vida. Ela nos proporciona ardor e entusiasmo pela Vida e então, assim, nos propomos metas e as perseguimos alegremente.
A esperança sempre nos coloca numa posição diante da Vida que nos permite olhar pelo melhor ângulo, entendemos assim que nada é em vão, pois tudo tem uma razão superior de ser e de existir.

Com a esperança “sabemos” que a nossa própria existência tem uma razão de ser – mesmo que ainda não saibamos qual seja. No entanto, “sabemos”, que como qualquer Vida não é em vão, a nossa também não o é.
Conseguimos perceber o bem e o belo da existência terrena. Conseguimos compreender o significado do porquê vivemos o que vivemos. E, então, apostamos na Vida!
Relaxamos!
E, então, embuídos de esperança, vivendo e explorando a Vida, apostamos em nós mesmos, mesmo com todos os tropeços e equívocos que possamos ter no decorrer de nossa vida. O hoje é sempre e novamente mais uma oportunidade para vivermos a Vida, para explorar nossos potenciais.

Somos mais compassivos e benevolentes conosco mesmos – com as nossas limitações, bem como, com os outros – sem sermos condescendentes.
Saímos da pressão que estamos vivendo no momento, externa e/ou interna, e fluímos com a Vida, tendo como “onda” a esperança. Assim, a esperança nos ajuda no exercício de auto-superação.

Compreendemos a transitoriedade da Vida. E nos encantamos com a Vida, justamente por sua transitoriedade. Com a esperança não nos enroscamos no pequeno e no insignificante da Vida, pois “sabemos” que vai passar. Tudo passa! Tudo faz parte da Vida! Assim, aceitamos e vivenciamos a transitoriedade da Vida como caminho natural para a evolução, pois ela nos tira do entorpecimento e do automatismo, que naturalmente nos colocamos.
E, deste modo, a esperança precisa andar de mãos dadas com a paciência, pois a Vida aqui no planeta Terra – baseada na matéria – tem um ritmo diferente da do espírito. Quando plantamos uma semente temos que ter paciência – dar tempo ao tempo – para que ela brote, transforme-se em árvore e então frutifique.

A esperança de que aquela semente possa se transformar em árvore e nos dar seus frutos nos faz plantá-la. E é a paciência que nos dá calma e perseverança para esperar (esperança!) o tempo necessário para que nossos projetos frutifiquem.
A esperança também precisa se aliar à disciplina.
Qualquer projeto é fruto da criatividade, paciência e da esperança, porém, sem disciplina – aplicação sistemática em sua realização – ele não se desenvolve e não se realiza.
Quando trazemos a esperança em nosso coração sentimo-nos protegidos por Deus, pelo Cosmos, pelo Universo, pelo anjo da guarda ou qualquer energia maior que possamos crer. “Sabemos” que podemos contar com a “providencia divina”, pois não nos encontramos sós e desamparados.

Ouvimos uma voz em nosso interior, que nos estimula positiva e construtivamente. Acalentamos em nosso ser sentimentos e emoções construtivas. Nosso corpo vibra numa freqüência positiva e assim emanamos o bem. Nossos pensamentos se retro-alimentam com bons pensamentos. Nossa imaginação constrói imagens leves e com cores suaves ou vibrantes, sempre nos mostrando as boas perspectivas das situações que vivemos.
Quando não conseguimos acessar a esperança em nosso interior o resultado é a desesperança, com todo o tipo de neurose e, em casos mais graves, as psicoses. E, assim, nos encolhemos e nos restringimos para a Vida. Então, a Vida perde o sentido: sem razão para se viver ou fazer qualquer coisa. A desesperança gera desolação e esterilidade em nossa vida, propiciando-nos sentimentos persecutórios e desiludidos e carrega nossa imaginação com imagens escuras e pesadas.
E a esperança, ao contrário, nos faz vislumbrar a Vida numa ordem e com um sentido mais elevado. E o seu exercício se faz necessário para nos libertar da prisão auto-imposta.

A esperança é fruto da crença do “fazer parte” e do sentir-se em comunhão com o universo. Fazemos parte de uma grande corrente. Somos o elo de uma corrente, que se chama Vida. Afinal, somos todos um!
E nos sentindo assim, ela nos faz generosos e dadivosos. Aprendemos a ouvir o outro e também às nossas necessidades mais essenciais. Aprendemos a olhar o melhor lado: o nosso e o do outro. Deste modo, colaboramos para que a resolução de toda e qualquer situação ocorra para o nosso bem e para o bem do outro também.Com a esperança construímos a nossa realidade de forma a nos ajudar a crescer. Ela não nos permite ficar estagnados ou presos em qualquer situação na vida. A esperança facilita o desapego, pois sempre acreditamos que ali, a mais um passo, teremos mais... uma nova oportunidade... e então acreditamos na Vida.

A esperança nos dá sentido e propósito para a Vida e, assim, nos faz seguir adiante. Permitimos que tudo o que vivemos passe por nós e, então, continuamos a nossa caminhada pela Vida afora. E, principalmente, a esperança nos permite – a cada momento – vivenciar plenamente o Amor pela Vida.


por Maria Aparecida Diniz Bressani

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Sobre o autor
maria
Maria Aparecida Diniz Bressani é psicóloga e psicoterapeuta Junguiana,
especializada em atendimento individual de jovens e adultos,
em seu consultório em São Paulo.

Email: [email protected]
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