Desejamos atingir o ESTADO ETERNO DE COMPLEMENTARIEDADE E SACIEDADE, ainda
que ele, há pouco tempo, nos parecesse inatingível e impossível.
Rimos com desdém dos descrentes, fazemo-nos de surdos para a voz da razão
e para os conselhos dos mais experientes. É a NOSSA HORA de errar ou
de acertar, não havendo para isto, substitutos à experiência
propriamente dita. Queremos vive-la de modo pessoal e preferimos, com todo o
ardor de que formos capazes, descortinar um horizonte só de plenitude,
só de realização.
Muitos fantasiam este encontro como um abraço tão completo com
o outro que, de algum modo, não se possa dizer quem é quem...
Queremos, nesta hora, matar as diferenças, acreditar que somos iguais,
que pensamos magicamente as mesmas coisas e acreditamos nos mesmos ideais; os
quais - sem qualquer sombra de dúvida - compartilharemos integralmente.
Tanto no sentido positivo - quando nos dá prazer - quanto no sentido
negativo - quando nos envolve em dor - em ambas as situações,
o que não dá para evitar é a sensação de
intensidade, a perda momentânea
(de preferência) do poder de decisão ou de escolha consciente.
Riscos existem, quem está realmente vivo tem que correr riscos ou então
arranjar um jeito de contentar-se com uma vida sem grande intensidade e sem
muita aventura.