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Catarse

por Elisabeth Cavalcante em Espiritualidade
Atualizado em 19/04/2007 17:13:24


Desde pequenos somos, de modo geral, educados para reprimir nossas emoções. Embora as meninas sejam menos reprimidas com relação a expressar suas emoções do que os meninos, todas as crianças acabam sofrendo algum tipo de repressão quando manifestam livremente, e com toda a força de sua natureza ainda primitiva, sua tristeza ou raiva.

De fato, se expressarmos livremente nossos sentimentos negativos no mundo exterior, acabaremos tendo muitos problemas, uma vez que atrairemos a mesma energia existente nas outras pessoas.
Entretanto, é fundamental nos tornarmos conscientes dessas emoções, reconhecendo sua existência e procurando liberá-las de algum modo, num ambiente onde isso possa ser feito com total segurança.

Muitos são os métodos terapêuticos que se destinam a promover processos catárticos. Porém, mesmo que não tenha tempo, dinheiro ou disposição para buscar uma terapia, qualquer pessoa pode, mesmo sozinha, trabalhar suas emoções negativas, de modo que elas não se acumulem.

Este é um passo essencial no processo de autoconhecimento, pois se continuarmos a ignorar nossas emoções, elas acabarão mais cedo ou mais tarde explodindo sob a forma de doenças físicas ou de desequilíbrios mentais.

Osho, em sua grande sabedoria, desenvolveu meditações ativas especificamente voltadas para a liberação das emoções. No texto abaixo, ele nos revela um método simples, mas muito eficaz, de catarse emocional que pode ser experimentado por qualquer um que deseje iniciar-se no processo.

“Chegar Limpo...
Lembre-se de não me entender mal. Eu disse, ‘Expresse suas emoções negativas’, eu não disse, ‘Publicamente’. É assim que as coisas são distorcidas.
Agora, se você está se sentindo zangado com alguém e você começa a expressar sua raiva, a outra pessoa não vai ser um Gautama Buda e sentar em silêncio. Ele não é uma estátua de mármore; ele irá também fazer alguma coisa. Você expressará raiva, ele expressará raiva.
Isso irá criar mais raiva em você - e raiva ou violência geram, por outro lado, o mesmo, é como uma vingança. E assim você se sentirá mais envolvido nisso, porque lhe foi dito para expressar.
Sim, eu lhe disse para expressar - mas não publicamente.

Se você estiver se sentindo zangado, vá para o seu quarto, feche-o, bata no travesseiro, fique diante do espelho, grite para sua imagem, diga coisas que você nunca disse a ninguém e sempre quis dizer. Mas isso tem que ser um fenômeno privado, senão nunca termina. As coisas continuam se movendo num círculo, e queremos finalizá-las.

Então, no momento em que você sentir alguma emoção negativa sobre alguém, essa outra pessoa não é o problema. O problema é que você tem certa energia da raiva. Agora, essa energia precisa ser difundida pelo universo. Você não deve reprimi-la dentro de você.

Quando digo, “Expresse”, sempre é privadamente, na sua solidão. Isso é uma meditação, não é uma luta. Se você estiver se sentindo triste, sente-se no seu quarto e sinta tanta tristeza quanto possa - isso não lhe prejudicará. Fique realmente triste e veja quanto tempo isso dura. Nada permanece para sempre, logo estará passando. Se você sente vontade de chorar, chore - mas na sua privacidade.

Essas coisas não têm nada a ver com os outros. Tudo é seu problema, porque tornar público? E desse jeito, isso não irá ajudar, pelo contrário, só irá piorar. Assim, todos os dias, antes de dormir, por uma hora sente-se na cama e faça todo tipo de coisas malucas que você sempre quis fazer, tudo que as pessoas fazem quando estão zangadas, violentas, destrutivas. E isso não significa que você tem que ser destrutivo para com as coisas muito valiosas, basta rasgar papeis em pedacinhos e jogá-los por aí - e você sabe a história. E isso será o bastante.
Destrua qualquer coisa, coisas sem valor - mas tudo tem que ser feito na sua privacidade, então quando você sair disso, você sai renovado.

Se você quiser fazer algo em público, faça o que eu estava lhe dizendo sobre aqueles primitivos. Você pode ir até a pessoa de quem você estava com raiva e dizer-lhe, ‘Eu estive, privadamente, com raiva de você, eu gritei com você, abusei de você, disse coisas feias a você, por favor, me perdoe. Mas tudo foi feito na minha privacidade, porque isso era problema meu, não tinha nada a ver com você. Contudo, de uma certa maneira isso foi direcionado para você, e você não está ciente disso, desse modo uma desculpa é necessária’.
Isso deve ser feito em público. Isso irá auxiliar as pessoas a se ajudarem umas às outras. E essa pessoa não ficará zangada, ela dirá, ‘Não há necessidade de desculpas. Você não fez nada comigo. E se você está se sentindo aliviado, isso foi um bom exercício’.

Mas em público não traga seus negativismos, suas feiúras; senão, você estará criando maiores problemas tentando resolver problemas menores. Tenha muito cuidado. Tudo que for negativo tem que ser privado, na sua solidão. E se você quiser fazer alguma declaração pública sobre isso - porque alguém ter estado na sua mente a quem você odiava, a quem você matou enquanto rasgava os papéis - vá até ele e humildemente peça-lhe perdão.
E aqui você pode ver minhas diferenças das assim chamadas terapias Ocidentais. Elas não têm... O alívio delas é temporário.

Mas de uma vez por todas compreenda que todo problema é seu, então tem que ser resolvido privadamente.
Não lave suas roupas sujas em público. Não há nenhuma necessidade disso. Pra que envolver outras pessoas desnecessariamente? Pra que criar desnecessariamente uma imagem sua tão feia?
... O que estou dando a vocês é um método simples que vocês mesmos podem fazer facilmente. Limpem seus inconscientes e cheguem para o mundo exterior, junto a outras pessoas, com uma face mais suave, olhos mais claros, atitudes mais humanas”.

Osho, Extraído de: Transmission of the Lamp.


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elisa
Elisabeth Cavalcante é Taróloga, Astróloga, Consultora de I Ching e Terapeuta Floral.
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