No que você acredita?
por Elisabeth Cavalcante em EspiritualidadeAtualizado em 26/03/2004 16:09:32
Esta semana, quero abordar um tema que considero muito importante para todos nós que buscamos alcançar equilíbrio e auto-confiança: as crenças que dirigem nossa vida.
Uma crença é um pensamento ou uma percepção que assume a proporção de um fato real ou de uma verdade. Ela é resultado do legado emocional e psíquico que acumulamos ao longo da vida, a partir de nossa história familiar e dos diversos tipos de relacionamentos que experimentamos.
As crenças são muito poderosas e podem determinar a maneira como pensamos e nos comportamos. Na verdade, elas literalmente podem determinar o curso de nossa vida.
Se somos corajosos ou covardes, alegres ou infelizes, fracassados ou bem-sucedidos, depende do sistema de crenças que nos governa. As crenças mais poderosas são as inconscientes, geralmente tão entranhadas em nosso psiquismo que não nos damos conta delas.
Descobrir quais as crenças que estão por trás de nossos medos, bloqueios e dificuldades, é essencial para nosso crescimento interior e o desenvolvimento da auto-confiança.
Se você acredita que não é inteligente o suficiente para ser admirado, não reúne qualidades suficientes para ser amado, não é talentoso o suficiente para ter sucesso e permite que essas crenças se tornem a única verdade em sua vida, o resultado só poderá ser infelicidade e frustração.
Durante a infância, a opinião dos pais tem um peso fundamental para nós. Tudo o que eles afirmarem a nosso respeito torna-se uma verdade e, quando crescemos, os sentimentos gerados por suas opiniões e veredictos, continuam a atuar em nosso inconsciente.
Dificuldade de engravidar
Atendi recentemente uma jovem que afirmava não ter nenhum impedimento físico mas, apesar disso, não conseguia engravidar. Queria a minha ajuda para compreender os processos inconscientes que estavam por trás dessa dificuldade. A leitura do tarô revelou que existiam conflitos emocionais e crenças a respeito da maternidade que a impediam de engravidar.
Eu pedi a ela que fizesse um exercício de interiorização, revendo sua história de vida, a relação com a própria mãe, enfim, tudo que pudesse ajudá-la a detectar os sentimentos, as emoções e, principalmente, os medos que nutria com relação à maternidade.
Depois de alguns dias, ela escreveu-me dizendo-se surpresa com o resultado desta reflexão. Lembrou-se de frases ditas pela mãe, aconselhando-a a não ter filhos, pois isso a impediria de aproveitar a vida. Do mesmo modo, recordou-se das queixas de algumas amigas casadas, afirmando que a vinda dos filhos havia mudado a relação com o marido e que o casamento não era mais o mesmo.
Ela própria concluiu que estas opiniões ficaram atuando em seu inconsciente, e que os medos gerados por elas poderiam ser a causa do impedimento da gravidez, ainda que esta fosse conscientemente desejada.
Este é um exemplo claro da importância de separamos as crenças e valores que pertencem a nós, daquelas que nos são impostos pelo mundo. O uso das essências florais é muito útil nesses casos, uma vez que elas atuam em nosso corpo emocional, trabalhando as emoções negativas acumuladas ao longo da vida.
As crenças negativas se transformam numa prisão, da qual não conseguimos escapar até que tomemos consciência de sua existência. Para libertar-se o segredo é seguir o nosso “senso interior”. O mestre indiano Osho, afirma:
“Você depende da opinião dos outros e depende há tanto tempo que perdeu de vista o seu senso interior. Esse senso interior tem que ser redescoberto, porque tudo o que é bonito, tudo o que é bom, tudo o que é divino só pode ser percebido pelo senso interior. Pare de ser influenciado pela opinião dos outros. Em vez disso, comece a olhar para dentro... deixe que o seu senso interior diga as coisas para você. Confie nele. Se confiar nele, ele crescerá. Se confiar nele você o estará alimentando, ele ficará mais forte. O medo cria grilhões, a liberdade dá asas”.
