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O Cultivo da Alma

por Elisabeth Cavalcante em Espiritualidade
Atualizado em 12/05/2006 11:43:30


Uma das mais importantes ações para a saúde psíquica do ser humano é o cuidado com essa misteriosa parte de nós a que denominamos alma.
Para muitos o cuidado com o corpo é uma verdadeira obsessão. Despendem imensa energia nas academias de ginástica, mas não se dispõem a encontrar tempo ou investir recursos para buscar o equilíbrio interior.

Embora cuidar do corpo físico seja muito importante, principalmente no que diz respeito a mantê-lo saudável, o mesmo cuidado e empenho deveria ser aplicado à alma. O filósofo grego Sócrates considerava este trabalho mais importante do que qualquer outra coisa na vida.

Somente uma perfeita saúde psíquica pode garantir equilíbrio e saúde também ao corpo físico, visto que ambas estão diretamente relacionadas, como já foi amplamente demonstrado pela medicina psicossomática.

Na sociedade moderna, a complexidade do homem faz com que os cuidados com a alma não se restrinjam apenas a orações ou outros rituais religiosos. É necessário ir mais fundo na compreensão desta parcela de nós tão importante para que a existência seja plenamente vivenciada. A psicoterapia, a análise dos sonhos, o uso das essências florais, a meditação, a imaginação criativa, o desenvolvimento da criatividade, são ferramentas extremamente eficazes para o cuidado da alma.

Assim como um jardim que, quando não cuidado, fica tomado por ervas daninhas e por plantas desprovidas de vitalidade, nossa alma também precisa ser cultivada com atenção, empenho e amor, para que obtenhamos equilíbrio e felicidade.

Um jardineiro se une à natureza para produzir plantas saudáveis e belas. Do mesmo modo, devemos ajudar a existência fazendo nossa parte na tarefa de construir uma vida plena de alegria e serenidade.

“Osho, o que é a angústia? É apenas um outro nome para a ansiedade”? – Perguntou um discípulo.
A angústia tem algo da ansiedade, mas ela não é apenas ansiedade. É muito mais, muito mais profunda.

Ansiedade quer dizer que você está preocupado com um determinado assunto, num estado de indecisão. Você não sabe se deve ou não fazer certa coisa, qual será a forma certa de fazê-la, o que escolher... há tantas formas. Você está sempre numa encruzilhada. Todas as formas parecem similares; certamente, levando para algum lugar. Mas será que levam à meta que você está aspirando?

... A angústia não tem nenhum objeto determinado.

... Não há nada para você escolher entre duas alternativas, nenhum “isto ou aquilo”. Não existe nenhuma questão de escolha. Então, qual é o problema com a angústia?
Vou tentar explicar. É um pouco difícil de compreender, mas não impossível.
... Uma rosa vai ser uma rosa. Mesmo antes das flores surgirem, você sabe que aquelas flores não vão ser cravos-de-defunto. A árvore é de rosas; a essência da rosa já está ali – simplesmente a existência tem que acontecer. O programa básico já é provido pela natureza, tem apenas de ser manifesto.
... No homem, a existência precede a essência.
Primeiramente, ele nasce e, depois, ele começa a descobrir o que ele pode ser. Essa é a angústia.

Ele não tem nenhum programa, nenhuma diretriz determinada, dada pela natureza, nenhum mapa a seguir. Ele é deixado apenas como pura existência. Ele tem de descobrir tudo sobre si mesmo. A vida é um desafio a cada momento; assim, a todo momento ele tem de escolher. Sempre que ele tem de escolher, há ansiedade - mas a ansiedade é particular.

A angústia é uma estado geral do ser humano. Ele está em angústia desde o nascimento até a morte, porque ele não tem meio de saber qual é o seu destino, onde ele irá parar.

É claro, muito poucas pessoas sentem angústia, porque muito poucas pessoas são assim tão cônscias de si mesmas, de suas existências, de para onde estão indo, do que estão se tornando, do que vai acontecer. Elas vivem muito interessadas no trivial. O trivial cria ansiedade.

E sempre que há escolha, há ansiedade.
Assim, todo mundo, a cada passo, a cada momento de sua vida, encara a ansiedade. A ansiedade é comum, um acontecimento diário.
A angústia é muito profunda.

... Na angústia, há alguma ansiedade, porque você está preocupado, interessado. Mas o interesse não é relativo a qualquer trabalho, a qualquer coisa, a qualquer coisa em particular - não, é uma vaga sensação geral de: “O que sou eu”?
(...) Em primeiro lugar, quando você sentir angústia, você sentirá um tremendo tormento, uma profunda depressão... um abismo insondável se abrindo diante de você, e você caindo nele. É terrível no começo, mas somente no começo.

Se você puder ser paciente, só um pouquinho paciente e permitir o que quer que aconteça, logo, logo, você ficará ciente de uma nova qualidade em seu ser: tudo o que está acontecendo está ao seu redor, não está acontecendo em você. É algo externo, não interno. Até mesmo sua própria mente é algo do exterior.

No centro mais recôndito, há somente uma coisa. Esta coisa é o testemunhar, a observação, a atenção, a consciência.

E é a isso que eu chamo de meditação.
Sem a angústia você não pode meditar.

Você tem de passar através do fogo da angústia. Ele queimará o lixo e o deixará mais limpo e rejuvenescido.

E o seu ser não está muito distante. Ele está aí, muito perto, mas simplesmente o zumbido de todos os pensamentos não lhe permite ouvi-lo, vê-lo, senti-lo.

... Vocês têm perguntado coisas como “quem é Deus”? e “quem criou o mundo”? ... Uma mente madura tem somente uma questão. Nem mesmo duas, apenas uma única questão: “Quem sou eu”?.

... E essa questão existencial é terrível no começo, dolorosa no começo, mas traz todas as bênçãos no final.
Gautama, O Buda, disse: “Meu caminho no começo é amargo, mas no fim é muito doce”.

... Ele está falando sobre o caminho do qual eu estou falando – o caminho que o leva para dentro.
Sim, ele é amargo no começo, mas doce no fim. Ele é como a morte no começo e é a vida eterna no fim.
E todas as bênçãos da existência são suas.
Você fica tão abençoado que pode abençoar toda a existência.

... O Abençoado nasce da dor aguda da angústia”.
Osho, From Personality to Individuality



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elisa
Elisabeth Cavalcante é Taróloga, Astróloga, Consultora de I Ching e Terapeuta Floral.
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