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Rejeição

por Elisabeth Cavalcante em Espiritualidade
Atualizado em 03/02/2006 11:16:15


O amor é o mais importante combustível para a nossa vida. Ele nos nutre e fortalece nosso ser, tornando-os fortes para enfrentar qualquer desafio que a vida nos apresente.

Mas, quando este alimento não nos é dado na medida exata, principalmente no inicio de nossas vidas, a autoconfiança e o sentido de valor que nos atribuímos pode ficar seriamente comprometido.

Desde muito cedo aprendemos o prazer que o amor e a aprovação de nossos pais podem nos proporcionar, e percebemos como a falta desse amor é dolorosa.

O sentimento de rejeição por parte da mãe ou do pai é, infelizmente, muito comum neste mundo em que os seres humanos, em sua grande maioria, ainda não vivenciam o estado de equilíbrio ideal para formar uma família.

A falta de maturidade e preparo para a importante tarefa de criar um filho, está na raiz do sentimento de rejeição. Dificuldades materiais, insegurança na relação afetiva e problemas emocionais não resolvidos podem fazer com que um filho, que deveria ser motivo de alegria e realização interior, acabe sendo recebido como um fardo pesado demais.

Para muitas pessoas este sentimento é inconsciente e nem sempre percebido objetivamente. Mas a criança rejeitada, na maioria das vezes acaba atribuindo a si a culpa pelo fato de não ser amada, e introjeta um sentimento de que não tem qualidades suficientes para merecer esse amor.

Como as emoções e percepções de nossa infância acompanham-nos ao longo da vida, continuamos, na idade adulta, carregando os sentimentos da criança que fomos um dia. A falta de amor por parte dos pais acaba fazendo com que a pessoa se recuse a amar a si mesma, por achar que não é merecedora.

Ao mesmo tempo, segue faminta, carente de atenção, aceitando qualquer migalha que alguém se disponha a lhe dar. A carência está por trás de muitas relações afetivas infelizes, já que a ânsia por estabelecer um relacionamento afetivo, faz com que as pessoas ignorem os sinais que a vida apresenta, de que aquela relação não será capaz de preencher seu vazio interior.

Para sair de tal labirinto são necessários vários passos: em primeiro lugar libertar-se do sentimento interior de culpa, e perceber que as causas da rejeição não estão relacionadas com ela, mas sim com dificuldades e bloqueios daqueles que a rejeitaram.

O segundo, e mais importante passo, é perdoar. Por mais difícil que seja, esta etapa do processo é essencial para que a libertação se concretize. Aprender a ver os próprios pais como seres em evolução, com fragilidades, bloqueios e limitações é a única forma de conseguir ter por eles a compaixão necessária para o exercício do perdão.

O próximo passo é praticar, diariamente, o amor por si mesmo, esforçando-se por perceber objetivamente as próprias qualidades e aceitar-se exatamente como se é.

Quando conseguimos nos amar e nos nutrir emocionalmente, tornamo-nos livres para estabelecer relacionamentos afetivos baseados no desejo de compartilhar, e não mais na necessidade de termos preenchido nosso vazio interior.

Amor e a capacidade de estar só

Você deveria ser capaz de estar só, completamente só e, ainda assim, tremendamente feliz. Então, você pode amar. Então, seu amor não é mais uma necessidade, mas um compartilhar, não mais é uma carência. Você não se tornará dependente das pessoas que você ama. Você compartilhará - e compartilhar é bonito.

Mas o que comumente acontece no mundo é: você não tem amor, a pessoa que você pensa que ama não tem nenhum amor em seu ser também, e ambas clamam pelo amor do outro. Dois mendigos mendigando entre si. Como resultado, as brigas, o conflito, a contínua rixa entre os amantes - a respeito de coisas triviais, coisas imateriais, coisas estúpidas! Mas continua-se brigando.

... A fundação básica está faltando, e você começa a construir o templo sem a fundação. Ele irá cair, desabar a qualquer momento. E você sabe quantas vezes seu amor ruiu. E, ainda assim, você prossegue fazendo a mesma coisa repetidamente. Você vive em tal grau de inconsciência! Você não vê o que você tem feito à sua vida e à vida das outras pessoas. Você continua, como um robô, repetindo o velho padrão, sabendo perfeitamente bem que você já fez isso antes. E você sabe qual tem sido, sempre, o resultado. E lá no fundo você também está ciente de que vai acontecer o mesmo novamente - porque não há nenhuma diferença. Você está se preparando para a mesma conclusão, o mesmo colapso.

Se há algo que você deve aprender do fracasso do amor, é: torne-se mais consciente, mais meditativo. E por meditação eu quero dizer a capacidade de estar alegre sozinho. Muito raras pessoas são capazes de estarem felizes sem absolutamente nenhuma razão - simplesmente sentar-se em silêncio e completa felicidade! Os outros acharão essas pessoas loucas, porque a idéia de felicidade é que ela tem que vir de alguém. Você encontra uma linda mulher e você fica feliz, ou você encontra um homem belo e você fica feliz. Sentar-se em silêncio em seu quarto e feliz?! Feliz desse jeito!? Você deve estar louco! As pessoas vão suspeitar que você está usando alguma droga, que você está chapado.

Sim, a meditação é o LSD definitivo. Ela está liberando seus poderes psicodélicos. Está liberando seu próprio esplendor aprisionado. E você se torna tão alegre, surge tal celebração em seu ser, que você não necessita de nenhum relacionamento. Você pode se relacionar com as pessoas.... E esta é a diferença entre relacionar-se e relacionamento: relacionamento é uma coisa: você se apega a ele; relacionar-se é um fluxo, um movimento, um processo. Você encontra uma pessoa, e você ama, porque você tem muito amor disponível.
Osho, The Dhammapada,


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elisa
Elisabeth Cavalcante é Taróloga, Astróloga, Consultora de I Ching e Terapeuta Floral.
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