A Liberdade de deixar ir
"O apego é a raiz de toda miséria. O desapego não significa que você não possa amar. Significa apenas que o seu amor é livre, que ele não é uma prisão". - Osho
Osho ensinava que o verdadeiro amor e a verdadeira liberdade só existem quando deixamos de tentar possuir pessoas, momentos ou coisas. Ele dizia que o apego é uma forma sutil de medo: medo de perder, medo da mudança, medo do vazio. Mas a vida, lembrava ele, é mudança o tempo todo - e lutar contra isso é como tentar segurar o vento nas mãos.
O desapego não é frieza. É a compreensão profunda de que nada realmente nos pertence. Tudo passa por nós - pessoas, emoções, fases, até os objetos que julgamos essenciais. Osho dizia que quando entendemos isso, a vida se torna um fluxo leve e amoroso, em que tudo o que vem é bem-vindo e tudo o que vai é abençoado.
Um exercício de visualização criativa: Deixe ir com o Vento
Encontre um lugar tranquilo. Feche os olhos e respire fundo algumas vezes.
Imagine que está em um campo aberto. O vento sopra suave e o céu é imenso.
Visualize na palma das suas mãos tudo aquilo a que você tem se apegado - uma pessoa, uma lembrança, um objeto, um medo. Dê forma a isso, como se fosse uma pequena esfera de luz.
Agradeça. Diga mentalmente: "Obrigado por ter feito parte da minha vida. Agora eu te deixo livre".
Abra as mãos e veja o vento levar a esfera. Observe-a subir, flutuar e desaparecer no horizonte, enquanto você sente o coração leve e sereno.
Permaneça um instante em silêncio. Sinta o espaço que se abre dentro de você - esse é o lugar onde o novo pode nascer.
Osho lembrava:
"Se você ama uma flor, não a colha. Porque se o fizer, ela morrerá e deixará de ser o que você ama. Se você ama uma flor, deixe-a estar. O amor não é posse, é apreciação".
Praticar o desapego é, no fundo, um ato de amor e confiança na vida. Quando soltamos o que não precisa mais ficar, abrimos espaço para o que realmente é nosso - não por posse, mas por sintonia.
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