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Caminhando com o Mestre

Caminhando com o Mestre
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Jesus passou por diversos lugares e em cada um, deixou inúmeros aprendizados.
Não perdeu jamais a sua serenidade, mesmo não tendo um lugar para repousar.
Não julgou, mesmo diante daqueles que escolheram o caminho do mal.

Mesmo com a sua imensa Luz, não deixou que sua humildade fosse perdida.
Levou consolo a quem encontrou no caminho, reacendendo assim, a chama da esperança naqueles que padeciam dores terríveis.
Conviveu com leprosos, bandidos, discípulos e doutores da lei, levando a todos o mesmo amor, o amor que sempre foi sua marca.

Foi energético quando necessário, mas nunca deixou de ser misericordioso.
Foi traído por Judas e em troca lhe concedeu o perdão.
Diante da negação de Simão Pedro, estendeu-lhe a compreensão.
Perdoou os que lhe perseguiam.

Iluminou o caminho de Paulo de Tarso e de tantos outros que se encontravam perdidos na cegueira espiritual.
Não condenou Maria Magdala, mas sim, abriu os caminhos que a conduziriam à renovação.
Ressuscitou Lázaro, dizendo: “Levanta-te” e também levantou muitos outros que encontrou pelo caminho, ensinando que podemos superar qualquer dificuldade que bata a nossa porta.

Diante da mulher adúltera, não atirou nenhuma pedra, não a julgou, mas sim, lhe estendeu a mão, mostrando o caminho do bem e declarando: “Vá e não peques mais”, demonstrando que ao invés de nos aliarmos aos julgamentos, busquemos praticar o perdão e com ele também estendamos a mãos aos que estão perdidos no caminho.

Virou-se para a mulher curada ao tocar suas vestes e pronunciou: “A tua fé te salvou”, ensinando que com fé, mesmo que ela seja pequenina, mas seja verdadeira, sempre encontraremos a salvação. A fé é a luz que ilumina nossos passos.

Hospedou-se na casa de Zaqueu, o cobrador de impostos, demonstrando que não importam os erros já praticados, mas no momento que do fundo do coração decidirmos trilhar um novo rumo, aí sim, a luz adentrará em nossa vida.

Reconheceu as fragilidades de seus discípulos e ao invés de abandoná-los, envolveu-os com o seu manto de proteção.
Era um Espírito evoluído, mas adentrou a cidade de Jerusalém, montado num jumento.
Deixou gravado “Amai-vos como eu vos amei”, proclamando que na verdade somos todos irmãos e devemos semear o amor entre nós, porque só o amor nos une e faz com que possamos prosseguir como companheiros de jornada rumo ao Pai.

Andou pela água e diante do medo e descrença dos seus discípulos disse: “Tende ânimo, Sou Eu, não temais”, ensinando que com confiança não nos deixamos afundar nas tormentas, sempre poderemos vencer as dificuldades, basta que tenhamos a confiança sempre acesa, confiança na Providência Divina e em nosso potencial interno.
Abraçou as criancinhas, dizendo: “Deixai as crianças e não as impeçais de virem a mim, porque de tais é o reino dos céus.”, nos deixando a lição que para adentrarmos o reino dos céus devemos buscar sermos puros de coração, como uma criança e jamais perdemos a nossa humildade.

Declarou: “Porque tive fome e destes-me de comer; tive sede e destes-me de beber; era peregrino e me recolhestes; não tinha roupa e me vestistes”, e nos explicou a importância da caridade, porque tudo o que fizermos a um semelhante, ao Mestre estaremos fazendo.

Conheceu a indiferença de Pilatos, mas estendeu a Sua Mão, quando este trilhou os caminhos de escuridão.

Foi açoitado a caminho do Calvário, mas permaneceu com seu olhar de ternura.

Humilhado, não pronunciou nenhuma palavra de revolta.
Julgado e condenado, a tudo ouviu, mantendo a sua paz interna.
Crucificado, olhou para o céu e pediu ao Pai “Pai, perdoa-os,eles não sabem o que fazem”.
Morto, ressuscitou, e continuou conosco e sempre continuará, nos banhando com o Seu Infinito Amor e sempre estendendo os seus braços.

Pronunciou amorosamente: “Eu vos dou a minha paz” e a cada instante nos banha com o seu amor e a sua paz infinita.
Compreende que ainda somos aprendizes e jamais nos desampara.
Não olha para os caminhos errôneos que já trilhamos, mas sim para o nosso desejo de renovação.
No sofrimento, seca a nossas lágrimas.

Entre as trevas, permanece ao nosso lado.
Na escuridão, ilumina nossos passos.
No momento de aflição, vem ao nosso encontro, com o bálsamo do alívio.
Que possamos continuar caminhando com o Mestre e assim, sentiremos a renovação adentrar em nossa vida e a tudo transformar.

Caminhemos com o Mestre.
Pois Ele é o Caminho, a Verdade, e a Vida.

Sônia Carvalho
[email protected]

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