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CORAGEM É COISA QUE SE CRIA

CORAGEM É COISA QUE SE CRIA
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A palavra “coragem” tem sua origem mais remota, considerando-se o contexto das línguas conhecidas, no indo-europeu herd, “coração”.
O indo-europeu é uma língua pré-histórica hipotética, reconstruída pelos filólogos e lingüistas do século XIX, a partir da comparação das mais antigas línguas indo-européias conhecidas e que era falada por um povo de guerreiros conquistadores, que partiram não se sabe muito bem de que região da terra, se expandiram pela Índia e pelo Irã e pela Europa, subjugando os povos por onde passavam e impondo sua língua.

Então, o indo-europeu herd dá origem ao latim cor, “coração”, que em português “cor” aparece na única expressão “saber de cor”, pois o coração era tido como o centro da capacidade de saber, de memória. O elemento cor aparece em muitas outras palavras, como recordar, concordar, discórdia, misericórdia etc.

O latim cor também indica “ânimo”, disposição, qualidade espiritual de bravura e tenacidade, daí a palavra “coragem” vir mais diretamente do latim coratium, de coratum (francês courage (de cœur , ‘coração). Daí verificar-se que o que chamamos de coragem é uma disposição do Sistema de Autopreservação e Preservação da Espécie (SAPE), formado pelo sistema límbico (estruturas do cérebro mais responsáveis pelas emoções) mais o sistema de produção de substâncias químicas no organismo, principalmente os hormônios, destacando-se o sistema glandular endócrino.

Quando falamos em “coragem”, logo surge, conforme a lei de contraste de ideais, contraste, na associação a idéia de medo, que é, de um lado, um recurso da Natureza para ajudar na preservação da espécie pela proteção do indivíduo e, de outro, é um sentimento aprendido.

Desde cedo aprendemos a ter medo: do escuro, do bicho-papão, de monstros e outros recursos dos mais velhos para assustar as crianças, a fim de fazê-las obedecer. Depois, quando crescemos, exigem-nos coragem, embora nos tenham preparado, o tempo todo, para sentir medo.
Mas aqui nos interessa a anatomia do medo para sabermos criar coragem. São os quadros mentais, ou criados pelos outros e a nós infundidos, ou os que nós mesmos aprendemos a criar. O medo é uma programação criada, quer por imagens fantasiosas mas que geram a química que provoca programação, quer por uma superproteção: “cuidado, vê lá o que você vai fazer,” “Deus castiga” são frases comuns acarretadores de medo.

Os quadros mentais que nós criamos, naturalmente emotizados pela sua natureza, desde o início da vida, em especial quando nos afetam, nos tocam, geram a produção de substâncias químicas que vão formar o substrato de nossa programação. Assim, há um tipo de medo aprendido por situações que mexeram com o nosso SAPE, deixando registros indeléveis para nos proteger de situações semelhantes novas.

Assim, é natural que tenhamos medo, como recurso da Natureza para ajudar na preservação da espécie pela preservação do indivíduo. As situações que geram medo para nós foram intimamente ligadas a imagens mentais emotizadas, isto é, revestidas de fortes emoções, pois mexeram no SAPE.

Há, em situações que geram medo, antecipações de quadros mentais que mexem no sistema glandular, por exemplo, as glândulas adrenais lançam adrenalina no sangue com várias finalidades, principalmente para nos preparar a fim de reagirmos ou fugirmos. Assim, toda vez que criarmos quadros mentais emotizados mexemos no sistema glandular, da mesma forma que ao imaginarmos o tamarindo ou limão, as glândulas salivares produzem mais saliva, sob o comando do sistema límbico/hipófise.

Existem os medos que aprendemos porque criamos as imagens mentais que os geram, os medos que nos são ensinados ou impostos, como, por exemplo, os pais que ameaçam os filhos com bicho-papão, Deus castiga, monstros etc. A verdade é que nos ensinam a ter medo e depois querem que sejamos corajosos.

Felizmente, podemos combater qualquer tipo de medo, aplicando a Lei Mental do Efeito Dominante, como veremos adiante.

Vamos ilustrar o que estamos dizendo com exemplo da psicologia militar, tão pouco conhecida das pessoas, embora tão antiga quanto a necessidade de sobrevivência seja a arte da guerra. Não é por acaso que a primeira pessoa sobre quem mais se escreveu no mundo seja Jesus Cristo e a segunda Napoleão Bonaparte, um gênio na arte da guerra.

Vejamos, inicialmente, como estamos usando a palavra “arte”: habilidade de usar os recursos disponíveis para obter resultados práticos, de acordo com técnicas e a mais refinada sensibilidade.

No campo dos conhecimentos da arte da guerra, é preciso que se analisem os procedimentos, atividades e exercícios para poder entender como ela se realiza, com profundos conhecimentos da natureza humana. Nesse campo de conhecimento, é preciso que se tenha objetivos bem definidos e altamente emotizados, de tal modo que suplantem os medos já instalados. O objeto maior é a Pátria, com total emotização quanto a seus símbolos: bandeira, hino, território etc.; por isso mesmo se faz até continência, saudação militar que está relacionada ao domínio de si mesmo, ao terreno (território).

Neste ponto já se pode mencionar que para suplantar o medo é preciso que a pessoa tenha objetivos com maior emotização que as situações que produzem medo é, então, entra em cena a Lei do Efeito Dominante: “A situação que entrará em nossa programação é a que tiver maior emotização”.

O que nós chamamos de pessoas determinadas são aquelas que persistem, que sabem emotizar o que querem, deixando os aborrecimentos da vida diária em segundo plano em relação aos objetivos que traçou para si.

Geralmente as pessoas que fracassam são as que dão tanto valor aos embates do cotidiano, que se deixam abater pelos pequenos problemas do dia-a-dia, deixando que esses acontecimentos façam concorrência com seus objetivo maiores.

Existe uma atuação latina que diz audaces fortuna juvat (pronuncia-se/audáces fortúna iúvat/), “a sorte favorece os audaciosos”. Podemos interpretar audaces como “os que tem coragem”, pois a frase foi completada, na Idade Média, com esta outra timidosque repellit (Pronuncia-se/tímidosqüe repélit/), “e os tímidos (isto é, “os que temem”) repele”.

Na vida, muita gente fracassa por que tem medo; são pessoas que não ousam, quando, de fato, deveriam ter medo de ter medo.

Professor Luiz Machado, Cientista Fundador e Mentor da Emotologia
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