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Não basta ter Fé

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Olhando uma semente, ainda que pequena e inerte, o lavrador jamais duvida de que dentro dela está guardada a promessa de uma nova planta, completa e perfeita. E, mesmo que não compreenda o que acontece com ela, ele nunca deixa de colocá-la na terra com suas próprias mãos, cuidando e regando todos os dias até que a promessa se cumpra.
Quando o pescador vê o mar, mesmo que distante e quieto, jamais se pergunta se continuam lá os mesmos peixes a nadar. E, mesmo sem pensar no porquê, sai ele a conduzir seu barco, a jogar sua rede, dia após dia, ano após ano, a fim de garantir seu sustento.
Mesmo no pedaço tosco de madeira, ainda sujo e disforme, o carpinteiro já enxerga a bela peça em que ele pode se transformar. E, tomando de suas ferramentas, sem vacilar um só segundo, serra, bate, lixa, até tornar real aquilo que só ele visualizava.
Nenhum deles, na sua simplicidade, conhece exatamente a ciência de seu trabalho, mas todos sabem, instintivamente, que, se não investirem esforço próprio, jamais chegarão a ter aquilo que acreditam ser possível e que tão bem sabem fazer. E a semente seria sempre semente, os peixes nunca deixariam o mar e a madeira rústica jamais ganharia forma e beleza.
O que eles sabem por impulso, nós, no entanto, sabemos por conhecimento. Nenhuma ideia se realiza se nós não colocarmos a vontade a serviço dela. E a vontade nasce e se alimenta de esperança, de confiança e, principalmente, de fé. A fé que nós aprendemos a ter no plano divino. A fé que nos faz acreditar que Deus está em tudo, acreditar que o Amor é a única Verdade, acreditar que um novo tempo está por vir, acreditar que é preciso acreditar. Mas será que isso é suficiente?
O irmão faminto, mesmo sem ver o alimento, também acredita que um prato de comida aliviaria a sua fome, no entanto, isso não basta para que o alívio venha...
A criança abandonada, mesmo sem conhecer um lar, também acredita que estaria muito melhor se tivesse uma família, mas isso não é suficiente para que os pequenos deixem os orfanatos e as esquinas do mundo...
O idoso esquecido, mesmo que só tenha ouvido falar em carinho, também acredita que um pouco de atenção lhe traria muito conforto, porém, só isso, não faz com que os asilos se encham de risos e alegria...
A maioria dessas pessoas, infelizmente, não tem como colocar mãos à obra, mas continua acreditando, apesar da dor. Eles acreditam e nós sabemos... Eles apenas sofrem e nós sabemos porque sofremos... Eles sobrevivem, enquanto nós vivemos... Eles têm esperança, inconscientemente, e nós esperamos, conscientemente...
Será que estamos todos nas mesmas condições? Não, e no entanto, somos nós quem tem mais a ganhar, porque enquanto nós podemos distribuir daquilo do que nos sobra, eles podem apenas nos retribuir com aquilo que têm: gratidão e carinho, ensinando-nos que o que valoriza a fé não é o que nós podemos pensar ou dizer dela, mas o que ela pode nos levar a realizar de bom ao nosso redor.
A fé que guardamos no Amor Divino é essencial, mas as obras que nascem da fé que guardamos no Criador são o que há de nos tornar verdadeiros espíritos de luz.
Afinal, parafraseando o refrão tão popular: não basta ter fé. Tem que participar!

Maísa Intelisano
[email protected]
www.ippb.org.br


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