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A família no contexto existencial e universal

Atualizado dia 10/23/2015 11:08:17 AM em Almas Gêmeas
por Flávio Bastos


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"Família é onde começa mais um capítulo de nossa história". (Autoria desconhecida)

Na lógica reencarnacionista, o núcleo familiar é um reencontro de indivíduos que passaram por outras vivências em comum. Experiências marcadas pelo amor ou desamor, onde as diferenças ou afinidades foram fundamentais no estabelecer de relações sadias ou doentias.
No entanto, independentemente do que ocorreu no passado, esses espíritos reúnem-se novamente para mais uma oportunidade de convivência, onde o aprendizado, baseado em lições de amor, supere as divergências que contaminam as relações e geram a desarmonia.
Com o passar dos anos, a família reduziu o número de seus integrantes, isto é, deixou de ser numerosa como no tempo de nossos pais, avós ou bisavós. A grande família, que reunia vários núcleos familiares de irmãos, tios e primos, numa convivência regular e próxima, distanciou-se e os contatos pessoais perderam-se ou diminuíram consideravelmente, a ponto de tornarem-se virtuais ou caírem no esquecimento ou na indiferença.

Esta tendência, que ocorre principalmente nos grandes centros urbanos, provocou uma perda de qualidade nas relações humanas que envolvem graus de parentesco e reduziu drasticamente o conceito de família para um pequeno grupo de pessoas que se tornaram "ilhas" isoladas e distantes umas das outras.

Esta ruptura com o modelo antigo, que aproximava e agregava núcleos familiares numa grande família, trouxe perda no processo de aprendizagem das novas gerações, que elegeram o individualismo como referência para as suas vidas. Desta forma, o "eu" superou o "nós" e o lúdico, o mútuo aprendizado e a cultura de aconselhamento dos mais velhos, que faziam parte das reuniões em família, perderam a sua força e eficácia. Com isso, o individualismo impôs as suas marcas, o egoísmo e a indiferença, consequência da ruptura de vínculos afetivos que geram a sensação de isolamento e de vários sentimentos como a insatisfação e a solidão.

A rápida mudança na forma dos núcleos familiares se relacionarem contribuiu para o surgimento de psicopatologias ou psiconeuroses, onde a depressão é a que mais aparece no cenário do mundo moderno.

Em recente encontro que reuniu centenas de pessoas pertencentes a diversos núcleos familiares de uma grande família, pude observar o quanto pessoas das velhas gerações se emocionam ao reencontrarem parentes que não viam há muito tempo, ou quanta surpresa provoca o fato de parentes como primos em primeiro ou segundo grau se conhecerem pessoalmente.

Um "encontrão" familiar é sempre uma oportunidade de ouvir histórias, reencontrar afetos, surpreender-se com descobertas e liberar emoções. É quando, por algumas horas, o eu volta a inserir-se no contexto coletivo onde vigora o nós. Portanto, em decorrência do enfraquecimento de vínculos afetivos no mundo moderno, um encontro de núcleos familiares mostra-nos o quanto ainda somos carentes e dependentes de afeto, ou seja, o quanto somos humanos.

Nesta lógica, a práxis psicoterapêutica dos últimos anos tem revelado que, apesar do indivíduo sentir-se cada vez mais isolado, embora conectado virtualmente com outras pessoas, ele não sobrevive completamente isolado do contexto social e real. Cedo ou tarde, o eu vai sentir falta do "calor humano". Porém, se houver uma insistência no isolamento e na opção pelo individual, somatizações envolverão corpo e alma, porque não fomos criados para viver como ilhas, mas como arquipélagos no oceano da existência.

Nos últimos anos, tenho acompanhado muitos casos que envolvem diagnóstico de depressão, cujos portadores, apesar de viverem rodeados de pessoas por todos os lados, sentem-se solitários porque seus vínculos pessoais tornaram-se pobres com o passar dos anos. Perdas que acabam por comprometer trocas e aprendizados entre seres humanos, o que torna a vida menos rica de possibilidades e realizações.

Contudo, na direção oposta a esta tendência social, o terceiro milênio se apresenta como um retorno ao convívio humano, mas não um retorno ao tempo de nossos antepassados, e sim, através de uma nova consciência que acompanha a nova era de transformações para a humanidade terrena e seu planeta. Época em que as pessoas se unirão numa grande rede para a construção de uma nova civilização livre de preconceito, intolerância, doenças, dor e sofrimento.

Estamos no limiar de uma era e de suas cinzas surgem os primeiros passos de uma nova civilização, à medida que o homem, através do autoconhecimento avançado e do progresso tecnológico e científico, liberta-se gradualmente do egocentrismo existencial e expande a consciência na direção do universo em busca de novos aprendizados.

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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