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De quem é a culpa na relação?

Atualizado dia 3/9/2015 10:32:30 PM em Almas Gêmeas
por Flávio Bastos


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"A felicidade não é a ausência de conflito e sim a habilidade de lidar com ele". (desconhecido)

O inconsciente é um poço profundo onde estão registradas as informações de toda a trajetória vital do ser pensante. Vidas, que na sua grande maioria, perderam-se na memória da humanidade, mas que permanecem latentes na memória extracerebral do indivíduo inteligente, à espera de serem ativadas pelos sutis mecanismos do comportamento.

É, principalmente, nas relações afetivas que o caráter revela-se de forma parcial ou plena no decorrer da convivência, à medida que deixa transparecer à luz da verdade íntima, um comportamento que estava protegido pelas sombras da inconsciência e das aparências.

Portanto, quando educamos os filhos, alimentamos expectativas de que as crianças cresçam saudáveis e venham a ser pessoas de boa índole e vencedoras na vida. Quando nos apaixonamos ou elegemos alguém como a companhia ideal para um compromisso sério, estamos alimentando expectativas que podem se confirmar ou nos decepcionar.

No processo relacional entre parceiros afetivos, o conflito ocorre quando os agentes apresentam em seus históricos vitais, marcas que geraram desequilíbrios psíquico-espirituais que comprometem a percepção de si mesmo inserido em um contexto relacional com o outrem. É quando o comportamento instável interfere na qualidade da relação a ponto de prevalecer o individualismo no lugar da intenção de mútuo crescimento.

No âmbito familiar, inúmeros exemplos nos informam, que apesar de irmãos serem educados pelo mesmo modelo de influência parental, com o passar dos anos, estes indivíduos apresentam comportamentos distintos, como se o passado de união familiar e estabilidade nas relações interpessoais não tivesse existido.

O choque de realidade nos revela o que existe nos bastidores da mecânica comportamental, ou seja, o caráter que se mantém praticamente inalterado com o decorrer das múltiplas vivências do espírito imortal. Daí as surpresas, as frustrações e o desencanto após um tempo de convívio diário.

Neste sentido, imbuídos de sentimento de culpa, é comum recebermos no consultório, pessoas que procuram ajuda para resolver um conflito que vem minando a relação com o parceiro ou parceira. No entanto, na maioria dos casos de conflito relacional entre parceiros, o "x" da questão está em ambos, isto, é, no histórico problemático de cada indivíduo, o que exige do terapeuta uma orientação com o propósito de esclarecer que uma análise individual não irá resolver o conflito relacional gerado pelo inconsciente de duas pessoas envolvidas numa proposta de amor.

No cenário do conflito, a possessividade e a dependência afetiva são os maiores inimigos de uma relação cuja expectativa inicial era de mútuo aprendizado com a experiência. Estas energias, de origem psíquico-espiritual, tornam-se verdadeiras armadilhas que travam o processo de crescimento e prendem os envolvidos em obsessões geradoras de insatisfação, compulsividade, desespero e infelicidade.

Como já registramos, na lógica das relações são muitos os casos de irmãos que tornam-se completamente distintos no aspecto comportamental, assim como são inúmeras as histórias de homens ou mulheres que revelam a sua face sombria no decorrer da relação.

Numa relação saudável, existem indicativos seguros. Talvez, o principal indicativo seja jogar o "jogo da cedência", ou seja, um cede para o outro ceder. Desta forma, cria-se a parceria, a cumplicidade, a confiabilidade, em substituição ao excesso de individualidade. Tal indicativo revela o foco no bem-querer, no mútuo desejo, no gostar de si mesmo e na vontade de aprender e crescer em parceria. Este caminhar é resultado dos primeiros passos na trilha do autoconhecimento, pois só conseguimos amar o outrem quando aprendemos a amar a si mesmo.

Esta condição propicia ao protagonista de sua própria história perceber, avaliar e decidir se a nova experiência no âmbito do amor será ou não promissora, uma vez que a decisão no campo relacional-afetivo depende da capacidade do indivíduo discernir para alcançar a meta da felicidade possível.

Por outro lado, sem contar com a decepção amorosa, muitas vezes insistimos no que consideramos o caminho para alcançar a felicidade. Isso geralmente acontece quando não estamos trabalhando a nossa percepção de realidade e consciência, deixando-nos levar pelos impulsos inconscientes, crenças, ilusões, idealizações e hábitos, como no caso da crença da felicidade atrelada ao parceiro afetivo, ou na dificuldade de aceitar o parceiro como ele é, não percebendo o próprio aprendizado como está implícito na situação.

Nesta direção, a terapeuta Ceci Akamatsu resume em poucas palavras o que representa o complexo mundo das parcerias afetivas: "Se queremos um parceiro e ao invés de encontrá-lo nos vemos abandonados, pode ser a hora (percepção de momento) de passar pelo abandono de uma nova maneira, buscando ao máximo manter o foco em onde queremos chegar".

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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