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O Eu fragmentado

Atualizado dia 11/3/2015 8:38:31 PM em Almas Gêmeas
por Flávio Bastos


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Há aqueles que creem que o destino descansa nos joelhos dos deuses, mas a verdade é que trabalha, como um desafio cadente, sobre a consciência dos homens". (Eduardo Galeano)

A sensação de felicidade pode ser descrita como "algo por inteiro", ou seja, um estado existencial em que o indivíduo se sente pertencente e integrado ao Todo, sem fissuras que comprometam essa invisível estrutura.

Na sua trajetória multimilenar, o indivíduo dotado de inteligência e Livre-Arbítrio constrói a sua estrutura psíquica conforme as escolhas de cada experiência vital, o que será determinante para a sua consistência ou fragilidade, pois "a cada um será dado segundo as suas obras" conforme registrou Jesus Cristo ao interpretar as leis da reencarnação.

Portanto, cada indivíduo na relação consigo próprio, com o outrem e com o mundo ao seu redor, constroi a sua sensação existencial, cuja harmonia ou equilíbrio psíquico-espiritual, serve como referência na busca pela felicidade.

No entanto, a sensação de fragmentação interior revela a existência de fissuras que comprometem o equilíbrio psíquico da pessoa. Indicativo de que este indivíduo precisa curar-se internamente para poder reforçar uma estrutura que está prestes a desabar.

Em muitos casos, na ânsia de buscar respostas para a sensação de infelicidade, enveredamos para caminhos que nos tiram do foco existencial, onde a dimensão da matéria, a sensação de estar com os pés na superfície terrena, tem o seu grau de importância no contexto reencarnatório, pois é aqui que direcionamos o nosso destino através de escolhas, compromissos e responsabilidades.

Leopold Szondi nos fala de destino como "conjunto de possibilidades herdadas e livremente elegíveis para a nossa existência". Refere-se a fatores de destino, tais como hereditariedade, caráter das pulsões, ambiente social, ambiente mental e ego, que analisados pela mente, realiza escolhas.

Numa análise além e acima do contexto material da existência, encontramos possibilidades de aprendizado nesses fatores e, com maturidade espiritual gradativa, sem esquecermos que somos seres humanos vivendo uma experiência na materialidade, vamos decodificando os sinais que apontam o objetivo da presente reencarnação, destinada ao aperfeiçoamento ético-moral.

Lembrando André Luiz, "A criatura terrena herda tendências e não qualidades". Cabe ao espírito, herdeiro de si próprio, realizar escolhas que integrem o humano e o sagrado. Diante dessa visão não existe o mal, mas a tendência que ainda não encontrou a saída integradora.

Neste contexto, a sensação de fragmentação experimentado pelo indivíduo na sua caminhada vital, emite um sinal de alerta em relação à sua situação existencial, que revela em seus bastidores, a lenta desestruturação do eu, representado por uma invisível batalha travada entre o humano e o transcendente, onde a não-aceitação e a negação são combustíveis psíquicos que alimentam o conflito.

A fragmentação do eu, que deveria integrar ser humano e ser espiritual, é geradora de desequilíbrios psíquico-espirituais conhecidos como patologias do corpo e da alma, onde o suicídio é uma das possibilidades quando o conflito atinge o seu ápice.

Na mesma linha de análise, a perversidade expressa em todas as suas formas, é um processo obsessivo e alienante que acompanha o homem desde tempos imemoriais, fornecendo energia para que a ilusória imagem de poder acelere o processo de fragmentação psíquica do indivíduo.

Como nos tornarmos seres integrados à nossa realidade de contatos interdimensionais? Eis a questão, que passa pela estruturação psíquico-espiritual em sintonia com os compromissos assumidos na fase pré-reencarnatória do espírito, cujo instrumento que liga o humano ao sagrado é a consciência.

Nesta lógica, a sensação de desestruturação exige urgente auxílio especializado para que a pessoa consiga focar a sua experiência vital na direção do significado humano (terreno) e sagrado (transcendental) da vida. Caso contrário, juntar os cacos da fragmentação interna e uni-los, pode tornar-se uma tarefa pela qual nos faltará a necessária lucidez.

Quando o homem mergulha no processo de autoconhecimento, reconhecendo-se como humano e espírito, passa a enxergar nos obstáculos, não barreiras intransponíveis, mas degraus de evolução.

Construir pontes é encontrar formas adequadas de superação e conciliação entre "contradições", que afinizam numa verdade existencial, pois somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual e, ao mesmo tempo, seres espirituais vivendo uma experiência humana.

Numa análise interdimensional da existência humana, podemos concluir que a saúde integral só é possível quando construímos uma ponte unindo o humano e o Divino, assumindo a condição de agentes da própria evolução consciencial, buscando o aperfeiçoamento relativo ao que somos capazes. E assim, gradativamente, degrau a degrau na busca da felicidade ou sensação de estar integrado ao Todo.

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
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