O Papel do Signo Ascendente
Atualizado dia 3/22/2009 11:38:39 AM em Astrologiapor Ivan Maia Fernandes
Na verdade, os dois e todo o conjunto do mapa. Quando analisamos separadamente qualquer um dos componentes básicos de um mapa natal - signo, casa ou planeta - teremos apenas fragmentos que não espelharão o indivíduo. Tais fragmentos são peças interligadas de uma complexa engrenagem e o papel do astrólogo é fazer a síntese do seu funcionamento em todos os segmentos e ciclos da vida humana. Assim, falar do signo ascendente implica não somente analisar seu papel, mas abordar o conjunto inteiro, ou seja, toda a mandala astrológica pessoal.
Podemos, numa primeira análise, separar o que está dentro da roda zodiacal, que é o Ser Interior ou indivíduo, do que está fora, isto é, o Mundo Exterior com o carma e o inconsciente coletivo. A primeira respiração, ao sair do ventre materno, ou melhor, a primeira inspiração traz, como uma foto do céu, a posição zodiacal e todos os componentes do mapa astral de nascimento. Nesse exato momento o signo que transita pelo horizonte caracteriza o ascendente do recém-chegado à Terra, sinalizando a cúspide (início) da casa 1 do mapa. Comparando-se o mapa astral a um ovo cósmico, o signo ascendente pode ser definido como a porta de entrada e saída por onde o Ser Interior deverá se relacionar com o Mundo Exterior.
O mapa natal representa o campo vibracional da pessoa, o que ela atrairá em sua jornada: padrões de relacionamentos e tipos de experiências plenas em significados e possibilidades. Também apresenta o Karma a ser resgatado e o Dharma ou propósito de vida. O Ser Interior terá, ao longo da vida, que se expressar no Mundo Exterior – o grande palco da encarnação.
O ascendente age como um filtro de todo o mapa natal. Todo o fluxo de atuação do Ser Interior para o Mundo Exterior, e vice-versa, passa por ele. Podemos compará-lo também com uma lente que devemos utilizar para dar zoom naquilo que interessa em cada momento de vida. Tudo o que é mostrado pelo indivíduo leva um “banho” do ascendente. Daí sua influência na personalidade e na aparência física da pessoa. É no mundo exterior que atua a individualidade, o Ser Interior, com o estilo do signo ascendente, fazendo com que este último seja mais facilmente identificado pelo olhar externo.
Na astrologia, assim como na natureza, tudo evolui em ciclos. Observe as estações do ano, os períodos de fertilidade, de plantar e de colher. Da mesma maneira, também temos diferentes fases evolucionais. Há períodos em que as características do Nodo Sul, ou do signo Lunar, ou do signo Solar, poderão estar mais acentuadas em nosso campo vibracional. Trânsitos planetários cobram, provocam crises e transformações com novos interesses e necessidades, ativam as sementes cósmicas em nossa psique e nos levam a buscar ferramentas interiores, potenciais muitas vezes desconhecidos da nossa identidade. Mas, tudo, simplesmente tudo, passa pelo signo ascendente.
Precisamos nos sentir vivos e interessados pela vida. Quando não conseguimos expressar todo o nosso potencial, a sensação que predomina é de intensa frustração, de impotência, de incapacidade e de não pertencimento ao mundo. Uma total inadequação. Se escolhermos o que não precisamos, ou se nos identificarmos com o carma coletivo, positivo ou negativo, perderemos um tempo precioso, vivendo algo que não nos é devido. Isso pode ser um sinal de que não estamos usando corretamente o filtro do nosso signo ascendente.
Se desejamos começar algo na vida, qual será a melhor maneira, ou o melhor tipo de energia que deveremos colocar para que o novo projeto dê certo? O do seu signo ascendente. O que pode estar atrapalhando sua ação? Estudos comprovam que o tipo de parto influencia, e muito, na forma como o indivíduo começa as coisas. Se foi difícil, ou demorado, ou rápido, ou tranqüilo, esse “cartão de boas-vindas” poderá marcá-lo para o resto de sua vida, imprimindo um padrão de iniciar. Também, por ressonância, o que era valorizado pelos pais nessa época, poderá se refletir no nascituro e em sua personalidade. O nascimento é o primeiro ato de vida duma pessoa. Nele é feita a primeira respiração e a gravação de sua identidade cósmica.
O Princípio Hermético da Correspondência se aplica muito bem na astrologia. Podemos traçar um paralelo entre as vibrações e propriedades dos signos, planetas e casas. De forma semelhante, existe uma correspondência entre o signo ascendente e a respiração. Na inspiração, trazemos ar do mundo exterior para o nosso interior. Na expiração, levamos ar do nosso interior para o mundo exterior. Interessante, não? Por isso, práticas que valorizam a respiração, como a Yoga ou a Terapia de Renascimento, ajudam o indivíduo a se equilibrar com o Mundo Exterior. No fundo, trabalham a vibração do signo ascendente, tornando quem as pratica mais integrado e harmonizado com seu potencial cósmico – seu mapa astral. O Ser Interior fará melhores escolhas no Mundo Exterior daquilo que precisa para honrar o seu mapa e se auto-afirmar, afastando-se do que não lhe serve.
Muita Luz Ascendente em sua vida!
Texto revisado por Cris
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