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Bebida alcoólica, uma droga legalizada

Atualizado dia 5/31/2015 9:46:55 PM em Autoajuda
por Gisela Campiglia


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O uso Moderado de bebidas alcoólicas pode ser realizado por toda a vida sem que haja prejuízos à saúde. Alguns estudos demonstram que a ingestão diária de uma taça de vinho tinto, somada a uma dieta alimentar rica em fibras e à prática de exercícios físicos, reduzem a ocorrência de acidentes cardiovasculares, e acidente vascular cerebral. No entanto, a ingestão benéfica de bebidas alcoólicas é praticada por poucos, enquanto o uso exagerado e prejudicial tem crescido de forma alarmante. Ciente deste fato, a Organização Mundial de Saúde (OMS) tomou suas providências. Em 12 de março de 2014, publicou um relatório sobre saúde e álcool, onde definiu o objetivo de diminuir em 10% o uso nocivo de bebidas alcoólicas no mundo todo até 2025.

O consumo de bebidas alcoólicas é tão antigo quanto a civilização humana, desde a antiga Grécia e Roma, onde se veneravam os deuses Dionísio e Baco, as celebrações regadas a vinho induziam seus participantes ao transe. O aumento significativo da ingestão de bebidas alcoólicas acontece a partir da revolução industrial, quando a produção em série e sua busca por lucro, acabou resultando no consumo em massa.

A diferença entre o uso social do álcool e a dependência está na quantidade e frequência de sua ingestão. Uma métrica aceita como de consumo social, é a ingestão ocasional de no máximo três copos de chopes, ou uma dose de destilado, ou duas taças de vinho. O que leva a pessoa à embriaguez não é o tipo de bebida, mas a quantidade ingerida.

Lembro-me de um triste caso ocorrido em um hotel na praia de Ubatuba, em São Paulo. Dois jovens de dezenove e vinte anos, hospedaram-se em um quarto ao lado do meu. Pela manhã, notei que a polícia estava no quarto deles, em seguida, vi um corpo sendo levado para fora. Fiquei sabendo que os rapazes haviam feito a viagem porque um deles tentava reatar o namoro com uma moça que passava suas férias por lá. Ao dar uma volta pela orla da praia, acabaram por encontrá-la com um novo namorado. O amigo, visivelmente abatido, contou que seu colega havia tomado mais de dez caipirinhas após essa decepção. Como os dois eram inexperientes, o amigo carregou o jovem embriagado do barzinho até o hotel, e colocou-o na cama. Pela manhã, constatou que ele havia falecido em coma alcoólico. A intoxicação decorrente do excesso de bebida exige atendimento hospitalar imediato, com a administração de glicose intravenosa o risco de morte é afastado.

Segundo os estudos realizados pela OMS, o primeiro contato dos jovens com as bebidas alcoólicas tem ocorrido cada vez mais cedo. Por vezes, motivados pelo exemplo dos pais e constantemente influenciados pelas propagandas dos fabricantes de bebidas, aos 14 anos de idade os jovens têm sua primeira experiência alcoólica. A maioria reage de forma positiva e considera a vivência como prazerosa. Buscando a equiparação entre os sexos, as meninas disputam com os rapazes as mesmas posições, inclusive, no consumo de bebidas alcoólicas. No entanto, as mulheres produzem menos enzimas que metabolizam o álcool no fígado, desta forma, ficam alcoolizadas com maior rapidez.

O efeito psicológico da bebida alcoólica é de prazer, relaxamento, diminuição da ansiedade e erradicação da inibição. Os tímidos tornam-se mais falantes, os revoltados mais agressivos, os amorosos costumam fazer declarações de amor, e os altamente voluptuosos podem chegar à promiscuidade. As portas do inconsciente se abrem, e aquilo que estava reprimido começa a ser externado. A bebida não transforma uma pessoa boa em uma pessoa má, ela apenas liberta seus conteúdos ocultos.

O grande perigo é que a inicial sensação de bem-estar gerada pelo excesso de uso das bebidas alcoólicas, pode transformá-la em uma muleta psicológica para o ser humano. O álcool funciona como um anestésico momentâneo para as dores emocionais, e mesmo tendo como consequência a ressaca física e moral no dia seguinte, ele é bastante utilizado para esse fim. Duas frases comuns que confirmam essa prática, são: “– Vou afogar minhas mágoas na bebida’, ou, “– Vou beber para esquecer meus problemas". Como a facilidade de aquisição de bebidas alcoólicas é muito grande, e o desconforto emocional do ser humano moderno é frequente, existe o risco de que o uso social do álcool se converta em dependência alcoólica. 

Hoje em dia, em cada dez pessoas, uma tem problemas com bebidas alcoólicas. Por analogia, pode-se dizer que em cada família há um integrante que não está bebendo de forma moderada. Ter um alcoólatra na família é preocupante e desgastante, pois a pessoa que é escrava do álcool passa a se prejudicar de forma física, psicológica, espiritual e profissional. Mas, isso não faz dela uma pessoa ruim, trata-se de alguém que está doente e precisa de cuidados. Porém, é raro que um alcoólatra decida fazer o tratamento de sua doença, em geral ele afirma que pode parar de beber quando quiser. Quando a pessoa resolve enfrentar sua dependência, a família precisa de muita tolerância, pois o mal-estar físico e psicológico, assim como as recaídas fazem parte do tratamento. Além dos cuidados médicos, o doente de alcoolismo deve fazer tratamento psicológico e espiritual. A comunidade dos alcoólicos anônimos (AA), oferece acolhimento e suporte especializado de grande ajuda para a parte emocional. O aspecto espiritual da doença pode ser cuidado no centro espírita, através do tratamento de desobsessão. Além de atender o encarnado, é necessário tratar os desencarnados que presos ao vício do álcool, não conseguem se libertar da matéria. Esses espíritos sofredores, que também estão doentes, costumam ficar em bares e baladas onde há o consumo de bebidas alcoólicas em excesso. Por afinidade, aproximam-se das pessoas que bebem exageradamente e passam a acompanhá-las. Eles influenciam os usuários de álcool ao desejo de beber mais e mais. Muitas pessoas ficam espantadas com o fato de um alcoólatra andar completamente embriagado pela rua e voltar sem um arranhão para casa. Essa situação ocorre porque curiosamente os obsessores chegam a proteger seus obsediados. Esses espíritos evitam que os alcoólatras encarnados sofram atropelamentos, quedas e acidentes, pois querem preservar aqueles a quem chamam de suas canecas vivas.

Apesar de viver na mesma sociedade, e precisar encarar os mesmos desafios de vida, as pessoas que cultivam sua espiritualidade têm um universo interior mais rico e estruturado. Desta forma, intensificam suas forças existenciais, e não buscam diminuir suas angústias com o uso de bebidas alcoólicas em excesso. A conexão com Deus influencia escolhas de comportamento, traz alívio para as dores da alma e ampara o ser humano em todas as dificuldades.

Notas:
- Na mitologia grega, Dionísio era o deus do vinho. Possuía o conhecimento sobre o plantio e colheita da uva, assim como da produção do vinho. Esse Deus grego era associado às festas e atividades relacionadas ao prazer material.

- Na mitologia romana, Baco era o deus do vinho, das festas, dos excessos, da ebriedade, do prazer e da folia. Conta à lenda que ao tornar-se adulto, Baco descobriu a forma de extrair o suco da uva e produzir o vinho. As festas em sua homenagem eram chamadas de bacanais. 
 
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Conteúdo desenvolvido por: Gisela Campiglia   
Especialista em desenvolvimento pessoal, meu objetivo é ajudar você a evoluir através do conhecimento e do amor! Formação: Psicologia Junguiana,Física Quântica, Bioenergia, Metafísica e Espiritualista. Site: www.giselacampiglia.com.br
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