É pau, é pedra, é o fim do caminho



Autor Alberto Carlos Gomes Lomba
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 3/18/2007 1:27:28 PM
O mês de março é considerado pelos esotéricos e religiosos como um tempo de renovação. Embora tendo sua origem no deus da guerra, Marte, congrega uma série de fatos coincidentes.
Geralmente, a Quaresma começa ou termina nesse mês; comemora-se o culto a São José no dia 19, Pai do Cristo; sem contar que tem início o ano zodiacal com a entrada do Sol em Áries no dia 21; e o verão despede-se dando início ao outono. A música que fala das “águas de março” dá um toque nostálgico, principalmente para as pessoas sensíveis e românticas.
Este mês sempre teve uma conotação importante na minha vida, principalmente no campo sentimental. Por uma incrível cilada do destino meus romances se iniciam neste mês, bem como terminam, de forma melancólica, como se as águas que antecedem a estiagem do outono lavassem e levassem de corações peregrinos a minha imagem, colocando-a para fora de um aconchego tão carinhoso.
Acredito que há um processo metafísico que acontece todo ano nesta época. A minha vida balança como se renovasse todo o conteúdo emocional. O resultado de tudo isso é que minha literatura sofre uma metamorfose.
A exemplo do outono que é considerado um período de renovação e de meditação que terminará na primavera logo após o inverno, vou me recolher a doces e amargas recordações das águas de março que invadem o meu coração de alegria, ou de dor, que, na verdade, seguram as minhas mãos para que não morra afogado no curso da solidão.
Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 9




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