A ARVORE SÓ POSSUI COPA PORQUE TEM RAIZES
Atualizado dia 8/4/2017 1:01:21 PM em Espiritualidadepor Maria Lúcia Pellizzaro Gregori
A consciência da existência das raízes nos leva a olhar pelo “espelho retrovisor da nossa vida” e enxergar um tempo aparentemente passado que se expressa exatamente agora. Nossa caminhada é contínua e nossa missão é transformar, ininterruptamente, nossa forma de sugar os nutrientes da terra, sutilizar cada vez mais nossas escolhas para que tudo tenha valido a pena na nossa ancestralidade e para que possamos construir um seguimento cada vez mais puro e luminoso para todos, os que estão visíveis aos nossos olhos e os que estão visíveis à nossa alma.
O que estamos aprendendo e edificando na nossa escola terrena?
Os desafios são constantes e é através deles que nos movemos e encontramos a energia que nos impulsiona, é através das quadraturas da vida que sentimos a necessidade de abrir espaço e avançar com mais conhecimento e sabedoria, o que pode clarear muito esse “chão base” do nosso percurso.
Existe um tempo de recolhimento em que, como raízes, olhamos para dentro, abrimos mão das evidências do mundo fora e fortalecemos nosso alimento mais profundo. É com a força que provém dessa nutrição que erguemos nossa árvore, sólida, confiante, até chegarmos a uma copa farta, onde frutos se manifestam em abundância e onde a sombra nos oferece o presente de um descanso merecido. Vamos equilibrando essa jornada com prazeres e desconfortos e quando mais compreendemos nossa missão, mais forte ficarão os prazeres e mais fracos os desconfortos.
O Universo funciona com perfeição e sabemos que “nada se perde, nada se cria e tudo se transforma”.
Tudo já existe numa certa dimensão superior. Precisamos aprender a fazer contato com ela para realizarmos aquilo que está em nosso pensamento saudável, para concretizarmos nossos desejos e cada vez mais construirmos um espaço que seja bom para todos.
Assim como a criança começa sua vida terrena no útero materno, cuidada, alimentada, amada, até chegar o momento de conhecer o mundo externo e aprender novas formas de sobrevivência, nossa “árvore” também vai aos poucos se desenvolvendo, crescendo, confiando nas raízes, até aparecer no mundo externo onde terá que sobreviver à nova realidade, luz... vento... pessoas... animais... enfim, tudo que faz parte do seguimento da vida. Quanto mais profundas forem as raízes mais a árvore alcançará seu crescimento vertical e mais forte será para amparar a horizontalidade da copa.
Nossa força espiritual precisa ser buscada nas profundezas do nosso ser, precisamos nos alimentar com um trabalho constante de transformação dos sentimentos que nos atrasam, como a raiva, o desprezo, o medo, a inveja entre outros e ao mesmo tempo precisamos absorver o amor, a compaixão, o companheirismo, a amizade, o respeito, a gratidão.
Não podemos arrancar nossa árvore e deixá-la no chão.
Ela vai morrer.
Não podemos acreditar que conseguiremos construir uma “copa” sem raiz e caule.
Seria uma ilusão.
Raízes, caules, copas, frutos, flores, toda essa riqueza espera que plantemos nossa semente num solo fertilizado com uma consciência amorosa, assim como tudo começou. E assim, amorosamente, deve ser como tudo irá terminar até que novo ciclo se inicie.
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