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BRUNEHILDA - 3º Capítulo

Atualizado dia 8/10/2008 11:02:41 AM em Autoconhecimento
por Eduardo Paes Ferreira Netto


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BRUNEHILDA, UM VAMPIRO DIFERENTE

Capítulo 3º


No centro do círculo a nova vítima e a megera totalmente despidos; pronta toda aquela satânica parafernália, Brunehilda iniciou suas evocações às infernais entidades. Alguns momentos após estava como que possuída pelo demônio, soltava pelas narinas dilatadas uma fumaça sulfúrica; os olhos esbugalhados, injetados de sangue, como que a lhe saltarem das órbitas, dardejavam faíscas de fogo sobre a vítima. A bela e brilhante cabeleira, agora totalmente desgrenhada, parecia espinhos enormes. Após alguns passos esquisitos de dança começou a dar voltas em torno do círculo onde Áureo, consciente de tudo, aguardava o desfecho daquela cerimônia infernal.

De pé, olhando para o rapaz, a megera riu triunfante e jogou-se sobre ele, procurando se ajustar perfeitamente ao seu corpo. Procurava unir todos os seus centros vitais com os do rapaz e assim, nessa posição, por força de formidáveis segredos, sugar-lhe a vida.

Áureo aceitou humildemente a tudo aquilo entregando sua vitalidade em troca da vida do amigo. Por quantos dias teria que passar por aquele sofrimento até ter sido totalmente sugado, não tinha a menor idéia, mas estava consciente de que durante algum tempo teria que se entregar àquele sórdido ritual até que seu organismo não tivesse mais capacidade de recuperação.

Um grito de terror ecoou à distância. Uma ventania estranha fez tremular as chamas das velas que por fim se apagaram. A megera ficou totalmente perturbada. Nunca fora interrompida assim em plena operação. Sobressaltou-se. O que viu deixou-a furiosa e aterrorizada. Um ser de elevada espiritualidade, com uma esplendorosa auréola dourada estava diante do círculo. Pulou assustada e caiu urrando, contorcendo-se desesperadamente.
- Mulher terrível, tua faina nefanda chegou ao fim! - falou-lhe a entidade.
- Não, não! Ó potências infernais, vinde socorrer tua serva. Ó Belzebu, ó entidades do mal, vinde acudir vossa escrava, não me abandonem!

Uma gargalhada de deboche foi desaparecendo ao longe.
- Teus senhores nada podem agora fazer por ti. Volta ao limbo de onde viestes!
Assim dizendo, a entidade apôs sua mão direita sobre a cabeça do vampiro que contorcia-se desesperadamente.
- Não, não, tem piedade!

Como um balão de ar, a megera foi murchando aos poucos, até desaparecer totalmente.
- Meu filho, tu destes neste momento a maior prova de amor que uma pessoa pode dar neste mundo fenomênico.
- Será que estou morto? - pensou Áureo.
- Não, meu filho, não estás morto. Mas neste momento é como se estivesse. Seguirás agora comigo para um monastério secreto onde passarás a ter um treinamento mais avançado.

Áureo relutava.
- Meu emprego, minha família, o que será dela?
- Deixe que os mortos enterrem seus mortos, vamos!

Dizem que durante muito tempo, quem à noite passasse por aquele castelo ouvia os terríveis gemidos do vampiro.

F I M

Texto revisado por Cris

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