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Espiritualidade – Força Interior agindo conosco (1ª parte)

Atualizado dia 4/23/2008 7:34:04 PM em Autoconhecimento
por Marcos F C Porto


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Esta primeira parte de nossa reflexão tem direcionamento específico para nós, preocupados em controlar a qualidade espiritual de nossas vidas. Nós que acreditamos e compreendemos a realidade de nossa Força Interior e como utilizá-la, usufruímos de poderoso potencial criativo de benefício nosso e também direcionado aos outros.

Vamos lá refletir sobre o tema!

Esta reflexão busca esclarecer dúvidas no nosso entendimento, deixadas por inúmeros ensinamentos recebidos durante nossos aprendizados. O que aprendemos pela crença popular é que as pessoas formam crenças e atitudes negativas como reações aos infortúnios da vida. Não realizamos, no entanto, que essas reações, atitudes e crenças criadas, são muito maiores do que as realidades dos fatos.

Vejamos porque: quando as experiências negativas acontecem, algumas vezes traumáticas, embora o fato em si tenha sido encerrado, o efeito continua em nossas mentes por longo tempo. Exemplos de assaltos envolvendo violência, abusos sexuais em estupros, seqüestros, deixam o que se costuma chamar de ‘marcas’, que na maioria das vezes a sensação de acontecer novamente se prolonga por muito tempo ou até por toda uma vida, não é verdade?

No entanto, o fato em si já é passado, mas continuamos ‘criando a temível experiência novamente’. Assim, a reminiscência registrada na mente não só formata como sendo um ‘carimbo mental’ permanente como gera em nós atitudes de prevenção e defesa no imaginário de nossas vidas. Faz sentido?

Exemplos de relatos sobre essas ocorrências são em grande número. Esse fato aconteceu com uma pessoa amiga: tempos atrás houve um assalto à noite na casa desse amigo e ele ficou sob a ameaça de um revólver durante um longo tempo. Toda vez que se lembrava do ocorrido a reminiscência do pavor de ser morto tomava conta, fazendo com que ele se sentisse enjoado, tonto e em desespero. Alguns meses depois, estando em casa à noite, ouviu passos na soleira da porta e entrou em pânico, buscando ajuda de urgência ao telefone. A campainha da porta soou e ele não conseguiu se mover. Aí, quase por milagre conseguiu chegar até a porta e deu de frente com outro amigo, com quem havia combinado irem a uma palestra e este amigo resolveu passar pela casa dele para irem juntos.

O temor vivenciado até que a mente adquirisse controle novamente é tenebroso – e neste caso sendo uma experiência gravada na mente, dando a sensação que está acontecendo novamente. Esta é a realidade do medo - não do fato!

Esses aspectos foram longamente refletidos na nossa última reunião do Grupo de Reflexão no tema “Liberte a Alma do medo”.

Robert Sardello, psicoterapeuta americano e estudioso da Alma, fundador da Escola de Psicologia Espiritual, nos diz: “A tarefa espiritual central de nossa época é trabalhar o medo”. A crença negativa tem grande poder de envolvimento, e na sua força de manifestação cria imagens que servem para ‘justificar’ fatos atemorizantes em nossas mentes. Quando percebemos o quanto o medo em nossas crenças imaginativas afeta nossas vidas, um aspecto fica óbvio: não podemos permitir e assumir que as crenças imaginativas sejam os ‘produtos inevitáveis’ de nossas experiências.

Temos em conta que infortúnios e coisas ruins acontecem a todos nós. Caso os medos criados nessas experiências acabem por ‘marcar’ nossas mentes, estaremos ‘condenados perpetuamente’. Ao não aceitarmos que a negatividade tome conta de nossas vidas, precisaremos cuidar do que acreditamos – ainda que seja para contradizer o medo adquirido nas experiências ruins. Então, perguntamos: “Como contradizer o medo adquirido nas experiências ruins?” Sim, mas não tão irracional quanto parece!

Vamos, então, por um minuto aquietar nossas mentes, suspender conclusões, procurando identificar formas saudáveis de orientar nossas vidas diante do medo. Normalmente assumimos que formamos nossas crenças baseadas em experiências, ou seja, segundo fatos vivenciados e observados. Há uma grande verdade nessa forma de procedimento, mas muito mais do que isso: o fato real de formar a crença imaginativa é muitas vezes consciente e intencional, da mesma forma que quando estudamos ambos os lados de uma situação antes da decisão. Procedendo dessa forma, procuramos inclusive modificar algumas crenças com os novos argumentos do estudo. Geralmente torna-se crucial entender o mecanismo real que cria, mantém a crença e fixa imagem no nosso inconsciente. Está claro?

Exemplo: Suponhamos uma pessoa executiva que no trabalho necessite viajar constantemente de avião no atendimento aos clientes. Pesarosamente em casa pela TV acompanha um terrível desastre aéreo sem sobreviventes. Imediatamente transfere a situação para si e o medo começa a agir como fator de precaução, a ponto da pessoa decidir não mais viajar de avião. Sua vida entra em caos, seus clientes conseqüentemente não entendendo essa mudança brusca, cancelam seus serviços.

A situação extrema do exemplo destaca a influência inconsciente do medo agindo sobre a pessoa. Para conseguirmos o controle construtivo sobre os acontecimentos de nossas vidas, precisamos trazer nossos pensamentos ao nível do poder criativo da consciência. Correto?

Difícil, talvez, mas mais fácil do que viver a vida aprisionada pelo medo! A Força Interior, sempre presente em nós, oferece recursos de influir no nosso poder criativo, acreditando em nós mesmos e concentrando nossas mentes no ponto que conseguimos dissolver a experiência densa do medo.

Aprendemos em todas as experiências da vida e não somente em algumas ruins. Por que, então, nos fixarmos nessas, dando espaço ao medo?



Continuaremos na próxima publicação.

Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Marcos F C Porto   
Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 23 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 20 anos.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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