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NOSSO RETORNO AO PAI

Atualizado dia 6/10/2006 12:13:53 AM em Autoconhecimento
por Orlando josé ravaglio


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Sempre que entramos em comentários sobre espiritualidade, uma pergunta torna-se latente - às vezes até gritante. Mas esta pergunta jamais se cala, seja em que ambiente filosófico-religioso estejamos. Por mais que tentemos fugir não conseguimos. Como fugir de mim? Como fugir de minha crença? Como vou aceitar isto como verdade? Como pode?

"Não acredito! Não é para mim o que diz; o meu senhor não é assim! Não invente pois a ira será devastadora. Você quer que acredite nisto? Ah, faz o favor, o que é isso? Larga mão... isso não é pra você! Sai dessa e procura a coisa certa! Onde se meteu, meu filho? Vê se escolhe direito!"

Isto tudo se fizermos um breve relato de nossa espiritualidade. Quando Cristão lhe é perguntado se pertence a esta ou aquela congregação; acredita neste ou naquele santo; se reza o Creio ou o Pai-Nosso; se vai à missa ou às novenas; se guarda o sábado e porquê; guarda-se o domingo porquê; comunga-se, se, se, se... E caso seja Protestante os questionamentos não mudam muito: você é da Assembléia; é da Igreja Universal; é Menonita; é Adventista; é desta ou daquela igreja...

Estes questionamentos também aparecem entre os irmãos praticantes de Umbanda, entre os praticantes do Kardecismo, entre os praticantes do Candomblé, entre os praticantes do Culto de Nação.

Eu digo que não importa isto, não importa aquilo, não importa nada, pois se considerarmos, o fim será o mesmo para todos nós, digo que devemos ser universalistas; digo que devemos ser espiritualizados; digo que devemos ser ecomênicos; digo que devemos simplesmente aceitar que independentemente do credo abraçado devemos só ser filhos do mesmo Pai e que nosso destino está definido a voltarmos, mais dia menos dia, ao nosso criador. Pode demorar ou não mas todos nos veremos junto ao Pai, um ao lado do outro. O ponto que mais nos preocupa, e preocupa a todos nós que “lidamos” com a parte espiritual, sejamos Kardecistas, Umbandistas ou do Candomblé, ou de qualquer parte, é que não interessa se é dentro de um centro ou de uma tenda, ou barracão, somos todos taxados de macumbeiros, e falam sem saber nem o significado desta palavra: que é adepto ou praticante da macimba, que também significa uma cerimônia de origem africana, com influência cristã, que é acompanhada por danças e cantos ao som de tambores (atabaque).

Agora, dizer que praticamos a maldade ou o que o valha, isto sim é de uma tacanha estupidez! Também posso dizer que os cristãos também a praticam e com mais freqüência de que nós Umbandistas, pois nós temos leis que são imutáveis e não transmitidas ou escritas por seres encarnados, e se estas leis forem transgredidas sabemos bem as conseqüências que sofremos ou o carma que adquirimos; pagamos pelo erro e pelo conhecimento deste erro, e as outras igrejas pregam somente os mandamentos e assim mesmo os transgridem inúmeras vezes num único dia. Somos criticados porque acreditamos em espíritos; agora, se são santos ou não, compete a quem dizer isto? Aos que “acreditam somente no espírito santo” mas os seus santos são o que? Fumaça aparecida de algum lugar... cultuam o que? Espíritos, outros os combatem ferrenhamente mas quando há necessidade onde procuram socorro? Até fazem corrente de defumação, corredores com o sal de não-sei-onde, pedaço de pau vindo de lugar incerto e desconhecido, sal bento das alturas (dentro de avião é válido alguma coisa), e tem muita gente que acredita em tudo isso que não vê... E depois nós é que queremos tirar o dinheiro do povo, iludimos com nossas crenças, enganamos com nossa fumaça, nosso sal é diferente do sal deles, a igreja não usa incenso, somente nós umbandistas é que estamos errados?

Quem detém a verdade? Este é o verdadeiro dilema! Não vemos Pais de Santo milionários, mas vemos pastores que são donos até de rede de televisão, rádio e até gravadoras. Vemos a igreja cristã dona de uma fortuna incalculável! E somos nós Umbandistas que temos representantes no parlamento da República; somos nós Umbandistas que temos representantes nas Assembléias dos Estados; somos nós Umbandistas que temos representantes nas Câmaras Municipais; somos nós Umbandistas que usurpamos o dinheiro público em benefício próprio? E nós que somos Umbandistas temos que pagar com sofreguidão uma única hora em uma rádio local de alcance limitado e ainda assim somos nós os culpados pela maldade que assola a todos.

Vamos refletir e pôr a mão na cabeça para cobrar de nossas associações uma postura mais firme em nossa defesa. Que venham em nosso auxílio quando houver necessidade; que nos protejam contra as injustiças que sofremos de nossos irmãos de outras religiões “oficiais”. Tentamos muitas vezes a união de nossas tendas, terreiros, barracões, aqui em Curitiba e Região Metropolitana. Meu amigo Cezar de Iansã que o diga o quanto lutamos para manter uma hora diária numa radio AM local e, assim mesmo, conseguimos muito, graças ao esforço deste meu amigo de Iansã, por um período de tempo até longo, mas depois tornou-se inviável até para nós.

Hoje em nossa região nada temos; nem associação sei se existe e que seja atuante. Somente sei que nós temos quee ajudar a todos os que nos procuram e sempre com a boa vontade que Deus nos dispõe e inúmeras vezes sem podermos prover monetariamente, pois não temos como prover mais ajuda. Nossos guias fazem até o impossível para ajudar e nós ajudamos mais ainda e depois recebemos a paga que todos sabem dar: a ingratidão...

Meu muito obrigado a todos que comungam comigo.
Meu muito obrigado aos meus amigos que me apóiam.
Meu muito obrigado aos meus GUIAS que nos protegem.
Meu muito obrigado a todos que lêem este artigo.

Não quero demonstrar mágoa nem tampouco revolta, mas quero mostrar que somos enxovalhados com jargões que não merecemos.

Saravá a todos.

Orlando José Ravaglio

Texto revisado por Cris

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