O Outro Não É o Problema




Autor Paulo Tavarez
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 5/20/2025 8:04:51 AM
Como livrar-se de pessoas tóxica?
É preciso perguntar àquele que não se afeta com pessoas tóxicas: o que ele faz? Ora, se ele não é afetado, é porque não carrega dentro de si a vulnerabilidade que se conecta àquela toxicidade. Isso significa que ele não irá problematizar o comportamento alheio; para ele, o outro será apenas mais uma informação, um ruído entre tantos com os quais a vida nos convida a conviver.
Vivemos grande parte da existência nos vitimizando, culpando os outros pelos nossos desconfortos, mas esse ciclo precisa ter um fim. Esse mimimi emocional precisa cessar. Sartre estava equivocado: o inferno não são os outros. Se alguém vive em um inferno, é porque foi seu próprio engenheiro, arquiteto e devotado morador. O inferno nada mais é do que um construto mental alimentado pelos próprios medos e desequilíbrios.
Construímos reações emocionais negativas e, em seguida, exigimos que o mundo se adapte aos nossos parâmetros internos apenas para não nos causar incômodo. Se isso não é egoísmo, então o que seria? Desejar que o outro seja o que esperamos, simplesmente para evitar desconforto, revela o grau da nossa imaturidade emocional.
Cada ser humano, assim como nós, está imerso em seus próprios dilemas, limitado pelas grades de suas prisões mentais, buscando saídas para dores que nem sempre compreende. Também precisam ser amados, compreendidos, orientados e acolhidos. Apenas esse tipo de postura - compassiva e consciente - pode desconstruir as toxinas desses encontros que, muitas vezes, parecem confrontos.
O que poucos percebem é que aqueles que mais nos incomodam são, na verdade, nossos grandes benfeitores. São eles que revelam nossas fragilidades, que acendem as luzes sobre o que ainda precisa ser transformado. Eis por que Jesus nos orientou: "Amai os vossos inimigos." Eles são mestres disfarçados, revelando-nos, por contraste, o que ainda nos falta trabalhar.
Amar aqueles que expõem nossas fraquezas é o primeiro passo rumo à liberdade. Aceitar, com gratidão, os espelhos que tornam visíveis nossos pontos vulneráveis - seja qual for a forma ou intensidade com que se manifestem - é atitude de maturidade espiritual.
Um dia, quando o ser humano se tornar menos insano e mais lúcido, compreenderá que ninguém no mundo tem a obrigação de seguir cartilhas politicamente corretas para preservar a "paz" dos sensíveis. Isso, como bem ensinou Nietzsche, é a moral dos fracos. Só aquilo que nos incomoda tem o poder de nos colocar em movimento. Só o desconforto pode expandir a consciência.
A vida é um convite constante ao crescimento - e o crescimento exige esforço, fricção, superação. Nenhuma evolução ocorre no conforto. As normas sociais, quando absolutizadas, são apenas grades invisíveis nas prisões que aceitamos habitar em nome de uma normalidade que anestesia a alma.
E, gostemos ou não, o ser humano será forçado a crescer pela própria Natureza. A fragilidade emocional que domina o cenário contemporâneo está em total descompasso com as Leis Naturais. A maturidade virá, mais cedo ou mais tarde, pela dor ou pela consciência.
E, uma vez mais, convém lembrar: só o amor liberta.









Conteúdo desenvolvido pelo Autor Paulo Tavarez Conhe�a meu artigos: Terapeuta Hol�stico, Palestrante, Psicap�metra, Instrutor de Yoga, Pesquisador, escritor, nada disso me define. Eu sou o que Eu sou! Whatsapp (s� para mensagens): 11-94074-1972 E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |