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Paixão não tem idade - Parte 1

Atualizado dia 3/8/2007 4:29:50 PM em Autoconhecimento
por Maria Silvia Orlovas


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Ao longo da minha vida profissional tenho atendido muitas mulheres. Entendo que isso se deve ao fato delas se abrirem mais facilmente para a idéia de que as vidas passadas estão relacionadas com seus encontros e desencontros amorosos, e acredito que isso seja real pois o grande drama da vida de fato é o amor.

Todos querem amar e ser amados e quando isso não funciona muita gente pensa em reencontros amorosos de Vidas Passadas. De fato, isso confere com muitos casos que ajudei a desvendar, por isso afirmar que paixão não tem idade faz todo sentido, pois o reencontro de almas pode acontecer a qualquer momento.
Muita gente encontra o amor na maturidade e mesmo já tendo vivido uma série de situações emocionais importantes como casamentos, namoros e outras mais, quando isso acontece, volta a se comportar como “adolescente”.
Pode ser que alguém que esteja lendo esse texto pense que isso é ridículo, que uma mulher ou um homem mais velho deve agir com dignidade e uma postura mais sábia, porém, na prática não é o que acontece.

Como todo mundo, já me apaixonei... Graças a Deus, mais de uma vez porque a sensação da paixão é única, e quando se tem sensibilidade para reconhecer um amor do passado torna-se uma experiência ainda mais intensa. Mas devo afirmar que não é apenas no amor entre amantes que os reencontros de vidas passadas oferecem calor e uma alegria reconfortante. Quando reencontramos pessoas que fazem parte de nossa família espiritual, amigos do passado, sentimos essa felicidade, mas neste caso, de uma forma doce e tranqüila.

Já a paixão, seja ela um reencontro consciente de alguém que já viveu conosco ou um encontro desta realidade que nos cerca, é algo que muitas vezes nos tira do chão, e pode deixar a mais realista das criaturas sonhando com um oásis no meio do deserto.

Fátima veio até a mim pedindo para ajudá-la a se libertar de um terrível sofrimento. Ela, uma mulher com traços refinados, estava consumida pela dor; acima do peso, com o cabelo necessitando de um retoque na tintura e as unhas por fazer.
Quando a vi entendi que a depressão estava impedindo aquela pessoa de seguir seu caminho apreciando o que a vida lhe oferecia. Sem muitas palavras, demos início a sessão que mostrou toda a dor e sofrimento de uma moça que foi trocada quando o noivo resolve casar com outra.

Na história, que se passava na Itália, Fátima era uma nobre numa situação financeira decadente que amparada pelos pais encontra um rapaz de boa família para se casar. Ele parece concordar com tudo, mas na semana do casamento simplesmente vai embora para uma cidade próxima onde acaba se casando com uma outra moça mais rica que ela.
Fátima não aceita ser trocada e continua perseguindo o rapaz que se torna amante dela. Numa história cheia de traições e conflitos, ambos se perdem, brigam, trocam impropérios e ofensas, até que ela adoece e morre de desgosto.

Quando conversamos, Fátima chorava dizendo que tudo acabava de se repetir. Sem entender muito bem, perguntei: “É um amor da sua juventude?”

“Não, quando conheci João, já tinha meus dois filhos; ficamos quinze anos separados, mas recentemente o encontrei por acaso num supermercado, trocamos telefones, e-mails e desde então não sei mais o que fazer da minha vida. Cada vez que o telefone toca é um delírio e um sofrimento quando não é ele”.

“Você é livre para viver esse amor?” Perguntei para entender a dimensão da questão.

“Sim, mas ele não é. Ainda está casado, e descobri recentemente que ainda dorme com a mulher. Pensei que poderia levar isso de uma forma madura, e só curtir o lado bom, mas não consigo. Quando ele vai embora sinto que vou morrer. Fico com ódio da outra. Acho que se pudesse queria matar os dois”, disse ela chorando totalmente fora de si.

Neste momento esperei um pouco para perguntar se ela queria mesmo entender melhor o que fazer e tomar uma atitude, já que matar alguém estava fora de questão.
Não queria ofender Fátima que já estava sofrendo tanto, mas sabia que essa questão de amor, traição e abandono é uma mistura perigosa, porque mesmo quando as pessoas não saem por aí agredindo os outros envolvidos, o sofrimento e a raiva são perigosas forças que podem levar uma pessoa a um estado lastimável.
Como acontece com a agressão, alguém tem que ceder e não revidar para quebrar o círculo do ódio. As pessoas apaixonadas quase sempre se encontram tão envolvidas nos véus de maya que não sabem mais como romper a ilusão.

Será que eu tinha o direito de dizer para ela se purificar e se libertar do sentimento que tomava conta de sua vida?
Será que era correto levar Fátima a refletir que ela estava deliberadamente cultivando o ódio e não o amor?
Ou será que isso seria muito cruel para uma mulher apaixonada ouvir?

Fátima estava sofrendo demais porque muitas vezes paixão é sinônimo de violência, de culpas mútuas, de desencontros e torturas emocionais muito pesadas, mas cabia a ela fazer sua escolha entre continuar nesse relacionamento ou abrir mão. Como ela ainda não sabia como agir, sugeri uma meditação de entrega dos sentimentos:

“Visualize que você está num jardim e numa linda fonte de água pura, lave suas mãos, seu rosto e sinta um profundo alívio. Peça mentalmente que suas idéias sejam purificadas que você limpe suas emoções”.

Se você se encontra numa situação semelhante faça essa meditação por 21 dias ao acordar e antes de dormir.

Como esta história tem outras nuances vou continuar narrando na semana que vem. Até logo mais.

Parte 2

Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Maria Silvia Orlovas   
Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores.
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