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Perdido no limbo do esquecimento...

Atualizado dia 10/22/2015 12:12:33 PM em Autoconhecimento
por Teresa Cristina Pascotto


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Não sou nada sem mim! Esta é a frase que muitas pessoas poderiam dizer pelas sensações de vazio que experimentam, caso não se mantivessem inconscientes de uma condição interna de real ausência.
O pior tipo de abandono que podemos sofrer em nossa vida é o abandono que cometemos contra nós mesmos, é quando nos abandonamos por completo e fugimos da realidade, nos ausentando, nos alheando e nos deixando viver no limbo do esquecimento.

É impressionante constatar o número de pessoas que “não estão em si mesmas” e que estão vivendo em realidades paralelas de vários tipos e condições, e que estão vivendo no limbo do alheamento ou no limbo do esquecimento. O do alheamento pode ser transitório, é onde as partes de almas ficam sem perder totalmente a consciência de si mesmas, mas ficam vagando neste lugar onde nada existe, pois é melhor do que estar “acoplada” à sua expressão humana desequilibrada. O do esquecimento é mais sombrio e com potencial de sugar as almas para que fiquem prisioneiras ali por “toda a eternidade”, é um lugar para o qual muitas almas fogem ou são lançadas, quando a dor existencial é insuportável, quando vivem com uma mente perturbada demais.

Muitas pessoas sofrem deste tipo de abandono e vivem se queixando de serem rejeitadas e abandonadas pelos outros. Mas como essas pessoas podem desejar que os outros queiram estar em sua companhia se nem elas mesmas conseguem isso? Se nem elas suportam conviver consigo mesmas, fica impossível que os outros consigam.

Além do mais, se uma pessoa se abandona, ela “não está nela”, não há de verdade “alguém dentro dela”, somente há uma expressão humana em sua fisicalidade (e isto é inquestionável), há uma intensa expressão de uma mente dominadora -acoplada ao físico- funcionando em hiperatividade 24h por dia, fazendo com que todos acreditem em sua (falsa) presença, e uma expressão fraca e mórbida de seu corpo emocional todo deformado e definhado, quase inexistente em expressão, de tanto sofrimento. Mas toda esta performance de pseudopresença não basta, pois as pessoas sentem, intuitivamente, mesmo que inconscientemente, que aquilo é apenas encenação... sentem que falta algo na pessoa. Este “faz de conta que estou viva e estou aqui”, não é suficiente para que, mesmo que as pessoas a vejam fisicamente e a percebam por ter uma mente ativa e tagarela, esteja realmente presente em todos os seus corpos. Apesar de toda esta tentativa de se enganar e enganar aos outros, ainda assim, falta a sua essência... ah, esta não está ali, não há a plena expressão de sua alma na pessoa, há somente uma expressão parcial de sua alma. E quando uma pessoa só conserva uma parte de sua alma somente para sobreviver, mas nunca para ser um ser vivente de verdade, essa parte da alma somente tem poder para suprir a pessoa em suas necessidades vitais básicas, o que significa que é muito insignificante para dar à pessoa um ar de real presença.

Desta forma, quando uma pessoa se abandona ela desloca uma grande parte de sua alma para um lugar onde ficará bem distante das dores humanas que experimenta, alheando-se e se entorpecendo. Isto poderá ocorrer apenas com a parte da alma fugindo para um lugar mais neutro, dentro de uma realidade paralela e, neste caso, a condição não é tão destrutiva. Porém, o pior é que muitas destas pessoas, não suportando mais viver, à medida que amadurecem – justamente por não estarem em si mesmas, esta ausência faz com que não tenham força e poder para lidar com a vida -, acabam expulsando sua parte de alma que está no lugar neutro na realidade paralela e a conduz ao limbo do esquecimento. Este é um lugar sombrio, sem vida, solitário, mas um lugar onde a dor “não existe” e, neste limbo, a parte da alma fica apenas vagando... Sem destino e sem nunca chegar a lugar algum. Quando esta parte da alma se projeta para o limbo, nada dela existe na sua expressão humana que está na vida, a qual está em busca de trabalho, amor, aceitação, experiências gerais que fazem parte de uma realidade humana. Neste contexto, esta pessoa vai buscar muito, tudo aquilo que acredita desejar realizar em sua vida, mas nada conseguirá manifestar de verdade, pois ela não está com sua parte de alma, a parte de essência que lhe dará a força e o real poder para suas conquistas. Sua vida será de “muitos desejos e intenções” e, obviamente, de muitas ilusões e fantasias, porém, de muito sofrimento também, pois nunca conseguirá alcançar seus objetivos. Lutará muito, ficará exausta após vários anos buscando sem nunca encontrar e, no final, se sentirá totalmente fracassada e impotente.

Se não há “ninguém em casa”, a vida nunca a encontrará para lhe oferecer oportunidades reais, o Universo não a perceberá para lhe oferecer as dádivas que sua alma tem para receber, as outras pessoas nunca a encontrarão ou, caso esbarrem nela e a enxerguem por pouco tempo, logo esquecerão dela, pois este tipo de pessoa nunca está presente e é fácil esquecer dela. Se esta pessoa não se manifesta com real presença, os outros não a consideram e não a respeitam como se deve respeitar um ser humano. Ela se torna invisível, ou melhor, é visível apenas na superfície, mas quando alguém se aproxima dessa pessoa pelo que vê na superfície, logo depara com um vazio, como se o que vê é apenas uma casca de um fruto oco. Se não há ninguém de verdade “dentro” dessa pessoa que se mostra fisicamente, mas não existe de verdade, quem conseguirá realmente se relacionar com ela? Somente outros ocos por aí...  Só que “oco com oco” nunca dá em nada ou só reproduz condições e experiências ocas. Até mesmo profissionalmente suas condições ficam precárias. Essa pessoa pode ter todo o potencial sagrado para ser a profissional-alma que ela pode ser, porém, se justamente essa parte essencial e divina do seu ser, partiu para longe, também foi com ela tudo o que há de melhor e mais poderosamente vibrante em seu ser. A profissional-alma partiu, o que restou foi a profissional-ego, que é só fachada, é só barulho e faz de conta, mas que não está de verdade capacitada para nada, pois seus potenciais reais foram embora. O mesmo ocorre em sua vida amorosa e em tudo em sua vida.

Assim, essa pessoa é pura ausência tanto para si, quanto para as pessoas com quem se relaciona – ela convive com os outros e os abandonos que sofre não são necessariamente reais, as pessoas podem continuar ao seu lado, mas também se deslocam energética e psiquicamente, e até mesmo se deslocam em alma, para longe dela (se não encontram ninguém na pessoa com quem se relacionam, então vão em busca de algo mais para se sentirem com “alguém”, mesmo que seja apenas em realidades paralelas) e este é o pior tipo de abandono. Tudo o que ela vive é a partir desta ausência, o que significa que esta pessoa não é nada sem ela em sua vida.

Seu ego sofre com isso, mas nunca reconhece que suas frustrações e fracassos são provenientes de seu próprio abandono. E vive se queixando que o mundo não o respeita e não o considera, nem o reconhece, e também que ninguém o ama de verdade. Mas como seria possível alguém reconhecer alguém que “não existe de verdade”? Se para não sofrer com as experiências de vida o ego decidiu se abandonar, expulsando essa parte essencial e divina de sua alma e a jogou no limbo do esquecimento, o que ele acha que vai obter da vida, não existindo?

O ego “se acha” e acredita que se livrando da parte de alma que sente, que vive de verdade, que tem impulsos divinos que o movimentariam para uma vida realmente ativa e cheia de realizações através da alma, poderá ser o senhor soberano de sua vida, vivendo a partir de seu racionalismo medíocre e ignorante, montado em falsas verdades, adquirindo conhecimentos desnecessários e tentando construir uma imagem totalmente falsa de si, projetando nela suas necessidades insanas, inconsequentes, ilusórias e impossíveis de serem alcançadas. Esta pessoa nunca será feliz e, com certeza, sofrerá a vida toda por estar impotente, pois sua única e real potência foi embora. Esta pessoa sentirá que nunca viveu sua vida de verdade, sentirá que vive uma vida que lhe foi imposta, como se alguém tivesse lhe entregado um roteiro falso e a tivesse feito acreditar que esse era o verdadeiro roteiro de sua alma. Este roteiro foi criado por seu ego, que usou o roteiro da alma como base, mas o distorceu totalmente, apenas para satisfazer suas necessidades incoerentes e incompatíveis com o que sua alma se propôs de verdade a realizar em sua missão de vida. Uma pessoa que vive um roteiro distorcido e totalmente incompatível com os desígnios de sua alma, nunca será feliz.

Vazia, abandona por si mesma, sem rumo, com um roteiro insano e falso, nunca haverá paz e satisfação em sua vida. O seu roteiro real está em posse da parte essencial e divina de sua alma que foi jogada pelo ego no limbo do esquecimento. Há tantos anos esta parte da alma está vagando sem rumo e sem ter consciência de quem é de verdade, que esse roteiro vai perdendo seu valor.

Somente quando este tipo de pessoa tem a coragem de reconhecer que sua vida está totalmente sem sentido e, finalmente, tem a coragem de descobrir verdades ocultas profundamente em seu inconsciente – como estas que exponho -, é que ela pode começar a ter consciência deste autoabandono e pode começar a compreender melhor o motivo pelo qual nunca se sentiu plena, porque sempre se sentiu vazia e ausente, como se nunca estivesse ali, presente em si mesma de verdade. Como ela sempre funcionou a partir do ego e este mantém a mente hiperativa para que o excesso de pensamentos cause sensações de agitação e ação –de falsa vida-, o que sempre leva à exaustão e esvaziamento de energia, esta pessoa dificilmente se dá conta do vazio e da falta de sentido. Infelizmente, é somente após longos anos nesta condição doentia, de ausência quase total, em que a pessoa sofre demais e luta contra constatação dos motivos deste sofrimento, até o ponto em que o sofrimento ganha a batalha e finalmente a pessoa não tem mais como negar a realidade, é que ela então percebe os estragos em sua vida, as faltas, frustrações, fracassos e dores. Somente então é que este ego, exausto e perdido, aflitíssimo para continuar lutando, busca uma forma de consertar os estragos. Ele nunca encontrará soluções na superfície, pois as verdades reais sobre este quadro doentio que alcançou, estão trancadas nas profundezas do seu inconsciente e ele mesmo fez questão de esquecer.

Somente quando tomada de consciência -de que foi ele mesmo que decidiu se abandonar, mandando a parte essencial de sua alma para bem longe, para poder racionalizar a vida, sem ter que lidar com “papos furados de missão de vida”, e que agora ele está colhendo os frutos dessa decisão-, acontecer é que poderá começar a encontrar o caminho da dolorosa verdade: que agora sua alma está bastante sofrida e enfraquecida pelo esquecimento promovido pelo tempo no limbo, e que detectar e localizar sua alma nesse limbo é parte essencial desta cura, porém, será necessário todo um preparo interno para que a pessoa possa estar apta e capacitada para receber tamanha força e poder, além do que, a alma no limbo, precisará de um bom tempo para ser realmente alcançada, contatada, orientada, tratada – dentre tantos outros recursos necessários -, para somente então, ela se preparar para sair do limbo, para ser levada a um “lugar de cura”, em dimensões apropriadas para isso, para que ela se restabeleça e então esteja preparada para fazer o caminho de volta, aos poucos e com muita cautela. Terá também, antes de se “reinstalar” na pessoa, que fazer contato com a parte humana-ego, que a expulsou, para criarem uma nova relação, para gerarem alguma compatibilidade mínima para dar a “liga” necessária para que voltem a se unir. Na verdade, elas nunca se desligaram efetivamente, há sempre uma ligação energética, pois se houvesse um desligamento real, isso seria a morte física. Houve uma dissociação, em que esta parte da alma partiu para longe e se perdeu no limbo.

Mas esta dissociação fez com que realmente estivessem praticamente desconectadas, descontinuando uma condição que existia quando esta parte da alma fazia parte da vida da pessoa, mais intensa e ativa, mesmo que com o ego sempre atrapalhando a interação entre ambas.

A volta para casa é emocionante, porém é muito difícil, pois além do distanciamento e quase desconexão completa, a pessoa, que passou a viver plenamente sob o domínio do ego, se transformou em alguém totalmente incompatível com as frequências que essa parte alma da pessoa carrega e que era adequada à pessoa, desde que seu ego tivesse deixado sua alma viver ali, em comunhão com a pessoa. O distanciamento e o domínio do ego fizeram essa pessoa inventar uma vida totalmente descontrolada, ilusória e frustrante. Seria como se uma criança expulsasse os pais de casa e passasse a viver sozinha, achando que sabe o que quer da vida e sabe o que é bom para si. Imaginem o que seria da vida dessa criança... É o mesmo com o ego, ele expulsa a alma com medo do domínio dela, e se acha capacitado para criar a vida que bem quiser, só que ele não passa de uma criança arrogante e pretensiosa. O resultado é esse que a pessoa percebe agora. Ela pode tentar ainda se iludir por muito tempo, acreditando que um milagre poderá acontecer e sua vida ser maravilhosa como a idealizou. E vai sofrer ainda mais.

Algumas pessoas são teimosas demais para se renderem às evidências e para serem humildes o suficiente para dizerem, para si mesmas, em voz alta, em frente ao espelho: ok, fracassei, eu me rendo e permito que minha alma conduza minha vida! Reconheço que não estou em mim, que falta uma parte essencial de mim e que NÃO SOU NADA SEM MIM! Eu me quero de volta!

Existem pessoas que, após buscarem o autoconhecimento, acabam conseguindo encontrar estas verdades e ficam, então, conscientes de que se abandonaram e se esqueceram, perderam-se no limbo do esquecimento. Porém, é impressionante como apesar de ficarem chocadas e impactadas com esta informação que recebem, logo passam a um estado de tranquilidade, em que dizem que “sabem do que estou falando, sabem que tudo faz sentido”. Entrar neste estado de paz é muito saudável, mas apenas se a pessoa encontra a paz por finalmente “ter se encontrado” e, na sequência, deseje avidamente se buscar para se resgatar e se trazer de volta. Mas estou falando do caso em que muitas pessoas, após o choque inicial, entram neste estado de paz, porque agora sabem o que lhes acontece, pois o saber sempre traz paz, só que elas somente ficam neste alívio, sem fazer absolutamente nenhum “movimento” que mostre seu desejo de se trazer de volta. Elas simplesmente nada querem e nada fazem, o que esbarra e confirma na velha decisão tomada, inconscientemente, de se expulsar de dentro de si mesma.

Elas não “se querem de volta”, elas só ficam aliviadas por saberem de seu “paradeiro” – o não saber é sempre muito aflitivo, portanto, o saber sempre traz serenidade – e não querem resolver essa questão, não se mostram dispostas a “entrar no limbo” – ou não me pedem para fazer isso, para elas ou com elas -, na intenção de ressuscitarem a parte da alma que ali está, para que seja orientada e esclarecida sobre a sua condição (de total esquecimento de quem é, em essência, sim, esta parte da alma esquece tudo), para mostrar a ela que é hora de “voltar para casa” e, assim, trazê-la de volta. Este é um lindo processo, porém, em muitos casos, a parte da alma que está no limbo do esquecimento está tão inconsciente de si mesma e há tanto tempo, que é preciso que todo o processo aconteça em alguns passos de aproximação para que a alma sinta uma presença, para depois em nova entrada no limbo possa haver um contato com a alma, para então em outro momento haver uma conversa para que ela receba as informações necessárias para tomar consciência de sua condição, para então, em outro momento, haver tratamentos e preparações para que ela, já “convencida” e aceitando as condições, possa ser trazida de volta. Todo este processo não prepara somente a parte da alma que está no limbo do esquecimento, mas prepara principalmente a pessoa para ter a coragem de receber parte de sua essência de volta. Se um dia ela se abandonou e se expulsou, os mesmos motivos que a fizeram tomar esta decisão inconsciente ainda estão dentro dela. A tomada de consciência sempre abre portais internos para as inúmeras possibilidades, inclusive de cura, que a pessoa carrega dentro de si e nem imagina.

Somente quando a pessoa reconhece que está perdida é que o real “milagre” poderá acontecer – de várias maneiras, em vários tipos de contextos de vida, mas sempre é o milagre da alma – e, neste caso citado, o milagre nada mais é do que o ego reconhecer que há uma ausência em sua vida, reconhecer que “não existe de verdade” e que falta uma parte essencial de si. E, dependendo das escolhas que este ego fizer, somente então poderá encontrar caminhos que o levarão a realizar o “milagre de sua alma”, o milagre da alma que volta para casa!

É necessário humildade, boa vontade, coragem, perseverança, esperança e paciência. Tudo isto todos têm de sobra dentro de si, mas se derem poder ao seu ego, este nunca abrirá mão de sua preguiça para realmente arregaçar as mangas e partir para uma linda missão: encontrar, resgatar e receber as partes de sua alma de volta!

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Conteúdo desenvolvido por: Teresa Cristina Pascotto   
Atuo a partir de meus dons naturais, sou sensitiva, possuo uma capacidade de percepção extrassensorial transcendente. Desenvolvi a Terapia Transcendente, que objetiva conduzir à Cura Real. Atuo em níveis profundos do inconsciente e nas realidades paralelas em inúmeras dimensôes. Acesso as multidimensionalidades Estelares. Trago Verdades Sagradas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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