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Sobre a discriminação

Atualizado dia 10/21/2015 2:20:57 PM em Autoconhecimento
por Isha Judd


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A discriminação provém de uma resistência a aceitar qualquer coisa que esteja fora de nossas estruturas. Discriminamos contra o desconhecido, contra aquilo com o qual não nos identificamos, que não corresponde à nossa teologia, nossas ideias. Para poder nos definir a nós mesmos como indivíduos, devemos ter uma personalidade. Dentro desta personalidade estruturamos sistemas de crenças, mas quando começamos a nos identificar com eles, sentimos que temos que defendê-los porque agora definem quem somos. À medida que nos conectamos com nossa essência dentro de nós mesmos, percebemos que nossos sistemas de crenças são simplesmente ideias que cultivamos ao longo de nossas vidas. Começamos a abarcar novas perspectivas com uma mente agora mais aberta em vez de uma rejeição automática. Quando nos transformamos em amor, incorporamos tudo. Quando nos limitamos a nossa personalidade e aos sistemas de crenças, não há lugar em nossas estruturas para nada mais.

Quantas de nossas opiniões são realmente nossas? Na realidade, muito poucas de nossas convicções vêm de nossa experiência direta, a maioria são adotadas de nossas famílias e da sociedade em geral. O que é correto em uma parte do mundo pode ser considerado mau em outra. O que uma geração recusa, outra pode integrar. Ter várias esposas em algumas culturas é ilegal, enquanto que em outras é um símbolo de riqueza. O fato de que uma opinião seja generalizada não significa que seja válida, por exemplo quando todos pensavam que o sol girava ao redor da Terra. Se procurar, poderá encontrar validação para quase qualquer opinião que você tenha. A ilusão sempre confirmará seus temores, já que funciona como um espelho imparcial, que lhe reflete de volta aquilo no qual você está focando. Se você tem um medo ou julgamento, será fácil encontrar o apoio externo que justifique seu preconceito.

Preconceito significa ir à guerra. Preconceito significa estar defendendo sempre uma ideia e justificando nossa discriminação com a desculpa de um bem maior - para a melhoria da humanidade, a vontade de Deus. Os "Ismos" são sempre justificados aos olhos de quem os promove. Historicamente, temos lançado bombas, lutado e sacrificado a fim de proteger nossas crenças. Não façamos mais isso. A cada vez que lutamos por uma opinião, inclusive dentro de nossa família, estamos criando nossa própria mini-guerra. O conflito que percebemos no mundo é só uma manifestação de nossa própria violência interna. À medida que começamos a escolher a alegria, aprendemos a amar a dualidade do mundo e as diferenças dos outros, sabendo que são aspectos de nós mesmos.

Minha avó sempre tinha ideias fixas. Tinha enfrentado a escassez durante a Grande Depressão e após mudar para uma vida abundante na florescente economia da Austrália, ainda estava acostumada à ideia da carência. Ela era capaz de caminhar vários quilômetros muito feliz, caso se tratasse de pechinchar e economizar uns centavos em uma dúzia de bananas. Seu condicionamento governava suas ações e nunca questionou sua relevância na sua situação atual, seus atos eram robóticos, bem como suas opiniões e ideias.

Como minha avó tinha sofrido duas guerras mundiais, automaticamente tinha preconceitos contra os alemães e japoneses. Os vizinhos de ambos os lados da casa onde me criei eram alemães. Além disso, minha mãe costumava ensinar Inglês a estudantes japoneses. Minha avó, que viveu com minha família durante minha infância, murmurava suas queixas e preconceitos baixinho, mantendo sua opinião como algo valioso. Curiosamente, suas opiniões não afetavam como se relacionava com os vizinhos estrangeiros. O preconceito era na realidade só uma ideia em sua cabeça! Relacionava-se com estas pessoas com a mesma calidez e aceitação genuína como o faria qualquer outro ser humano, mas insistia que os alemães e os japoneses eram pessoas más. Minha mãe rebelou-se contra os preconceitos de minha avó, fazendo todo o possível para ser de mente aberta - religiosa, política e etnicamente - indo bem longe para ensinar e servir a todos os grupos minoritários em seu mundo.

Reagindo às opiniões de seus pais, talvez você tenha ido ao outro extremo em certas questões. Suas crenças veementes podem parecer-lhe mais justificadas que os preconceitos que julga em seus pais, mas desde que esteja sustentando uma posição, você segue discriminando. É possível que tenha adotado o que considera uma crença mais evoluída, mas segue sendo uma crença. Se para poder ter razão você tem que demonstrar que o outro está equivocado, você está vivendo em preconceito.

Suas respostas robóticas: são ações da abundância e do amor?, ou apenas são uma programação que lhe mantém isolado, com uma percepção limitada do mundo? Observe-se e tome consciência de onde você se aparta do mundo: a cada "NÃO" constrói um muro novo e a cada "SIM" abre uma nova possibilidade.

Com frequência, é mais fácil ver a discriminação nos demais que em nós mesmos. O preconceito se amplia no cenário mundial: como a guerra, o racismo, o extremismo religioso e a desigualdade social. Podemos fazer uma campanha para mudar estas coisas, mas a forma mais efetiva para transformar estes aspectos da humanidade é tomando consciência deles em nós mesmos e fazer uma mudança interna. Pode ser que você não seja racista, classista ou sexista, mas poderá encontrar lugares dentro de si mesmo onde discrimina. Pode ser que o faça comparando seu trabalho com o de outra pessoa, ou julgando o nível de inteligência de alguém mais. Inclusive se é bem mais sutil que a opressão aberta, segue sendo discriminação. Ao fazer a mudança em nós mesmos, podemos começar a assumir a responsabilidade das coisas que desejamos mudar no mundo. Focando para o interior, voltando a nós mesmos, podemos transformar o mundo a partir do interior.

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Conteúdo desenvolvido por: Isha Judd   
Isha é mestra espiritual reconhecida internacionalmente como embaixadora da paz. Criou um Sistema para a expansão da consciência que permite a auto-cura do corpo, da mente e das emoções. Site oficial www.ishajudd.com
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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