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SOBRE O SUICÍDIO 2

Atualizado dia 1/4/2007 1:08:11 PM em Autoconhecimento
por Christina Nunes


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Em Nosso Lar, André Luiz nos relata ter sido classificado - para sua surpresa - como suicida pelos técnicos do espírito amáveis que o acolheram na cidade espiritual memorável, descrita nas obras de Chico Xavier; e por razões talvez que mais amenas: pela sua incúria para com a sua saúde enquanto nas paisagens materiais, o que o levou a contrair as moléstias que o vitimaram ao ponto da transição, considerada prematura pelos devotados mentores. André Luiz nos descreve, textualmente: "Suicida! Suicida! Criminoso infame!" - gritos assim, cercavam-me de todos os lados(...)Tais objurgatórias(...)perturbavam-me o coração. Infeliz, sim; mas, suicida?!(...)Sim(...)esclareceu o médico, demonstrando a mesma serenidade superior(...) - Talvez o amigo não tenha ponderado bastante. O organismo espiritual apresenta em si mesmo a história completa das ações praticadas no mundo(...)Vejamos a área intestinal. A oclusão derivava de elementos cancerosos, e estes, por sua vez, de algumas leviandades do meu estimado irmão, no campo da sífilis."

Vemos no excerto o ensinamento da realidade maior no que se refere ao chamado suicida inconsciente, que conduz sua vida material à conclusão precoce em decorrência de um padrão de conduta leviano para com os cuidados devidos à saúde orgânica, diferente daquele que, via gesto brutal e extremo, dá fim intempestivo e dramático aos dias de modo até certo ponto lúcido, embora claramente dominado pelo que podemos facilmente admitir como um doentio estado alucinatório hipnótico que o subjuga à morbidez derrotista imbatível, à qual afinal sucumbe. Entretanto, se diferem as determinantes, os resultados se fazem eqüânimes. Se o estado orgânico do corpo sutil espiritual acusa e realça claramente os efeitos derivados das causas situadas na negligência com que o indivíduo se descuida de seu veículo físico, seu precioso instrumento de expressão nos palcos materiais para que bem cumpra seu fugaz compromisso no planeta, durante um mero momento na eternidade, também em quem atenta contra o seu corpo na lastimável ilusão de fim perpétuo, de si próprio, quanto dos problemas tidos como cruciais e invencíveis que o flagelam, se opera o triste resultado do ato impensado e sumamente enganoso.

Fica, pois, o suicida preso ao local do seu gesto ensandecido durante todo o resto do tempo que lhe faltaria à conclusão de sua vida física, e submetido ao incessante tormento das sensações dolorosas do corpo nos seus últimos momentos, saturado que se acha o seu perispírito (o corpo espiritual, ou sutil, réplica do físico, e veículo fiel das sensações do corpo mais grosseiro, e das impressões sensoriais experimentadas, à alma) do fluído vital necessário ao período de vida física, programado antecipadamente pelos técnicos que a cada um de nós auxiliam em cada retorno aos estágios de reencarnação; principalmente se se manteve este indivíduo destituído de qualquer noção de fundo espiritual, que, instintivamente, o induziria, flagelado pela dor, à solicitar o socorro do Mais Alto, de Deus, e dos amigos assistentes da invisibilidade que, se nestes momentos prescindem de chamado para ajudar - o que fazem de pronto em função de amor - não podem efetivar auxílio sem que o auxiliado se conscientize, por ele mesmo, do próprio estado precário, e da sua necessidade de ajuda.

O suicida, portanto, é antes de tudo doente da alma, em virtude do que merecedor de nosso melhor carinho, pensamentos e orações. É indivíduo vitimado por um estado desvirtuado de ser e de sentir a Vida na sua maior extensão. Iludido, sobretudo, pelo maior dos enganos: o de que aqui, neste microscópico mundo perdido no Cosmos, se encerra a nossa expressão última de existir, e toda a sua finalidade, com os seus enredos acanhados e incertos como as nuvens nos céus. Ignora, assim, o sem fim do nosso percurso, e as alternativas inimagináveis que nos aguardam se, simplesmente, nos entregarmos ao saudável exercício de expandir nossa visão interior para além dos objetivos, valores, e conceitos puramente materiais, aprendendo que o corpo físico é, antes de tudo, veículo, instrumento - a nossa transitória expressão densa num orbe que nos recebe como hóspedes durante o nosso percurso evolutivo dentro da trajetória maior da eternidade que a todos aguarda, em cenários e contextos de vida inimaginavelmente melhores.

Com amor,

Lucilla e Caio Fábio Quinto
Zênite
https://www.recantodasletras.com.br
Lucilla é autora dos romances psicografados "O PRETORIANO" e "SOB O PODER DA ÁGUIA", lançados respectivamente pelas editoras MUNDO MAIOR (www.mundomaior.com.br) e LÚMEN (https://www.lumeneditorial.com.br). Leitura fácil e envolvente, de autoria espiritual de Caio Fabio Quinto, trata-se de romances espíritas discorrendo sobre as vidas passadas vividas pela médium e pelo seu mentor, na Roma Antiga, de cujos exércitos Caio foi um dos generais, narrando lances de convivência no cotidiano dos personagens, ricos de ensinamentos ilustrativos da Codificação Espírita de Kardec, das leis de causa e efeito, e do aprendizado espiritual que a todos nós envolve no decorrer do nosso trajeto evolutivo durante as reencarnações terrenas.
Os direitos autorais de O PRETORIANO estão revertidos às obras assistenciais da FUNDAÇÃO ANDRÉ LUIZ, no amparo aos deficientes.
À venda nas livrarias de todo o país ou nos sites das editoras.

continua
parte 1

Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Christina Nunes   
Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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