ZOZ Nosso Comportamento de defesa frente outras Mulheres



Autor Margareth Maria Demarchi
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 6/17/2024 3:20:34 PM
Texto retirado do Livro ZOZ - Mulheres Libertem sua Alma
Direitos autorais Margareth Maria Demarchi
Há quem diga que existem mulheres ruins. Mas se você analisar bem, não há. Essas mulheres, muito provavelmente, foram durante a sua vida, muito desvalorizadas, o que determinou como resultado que agissem sempre com um comportamento de defesa em relação ao mundo à sua volta.
Acreditam que o mundo só lhes tira, portanto, elas têm a necessidade de estarem bem atentas, e ao menor sinal já se encontram em posição de ataque.
Carregam sentimentos de desconfiança pelo outro por terem a necessidade de controlar a situação para se defender, o que as torna superficiais e pouco espontâneas, carregando a mente com pensamentos que têm origem em situações passadas.
Quando temos dificuldade de relacionamento com outras mulheres, devemos ser sinceras e nos aprofundarmos em nosso interior. Fazendo isso, descobriremos que escondemos conhecimentos e sentimentos inadequados. Negar-nos a nós mesmas é impossível, da mesma forma é muito comum criticar ou julgar outras mulheres por fazerem coisas que nós mesmas fazemos ou pensamos em fazer e nos recusamos a admitir. Para facilitar o entendimento vamos começar a listar com franqueza e sinceridade quantas críticas julgamentos e condenações fizemos com reservas às nossas mães.
Vamos reconhecer que temos dois lados, um que mostramos e outro que deixamos bem escondido.[1] Olhe para o lado que está escondido e analise quanto dele é a sua própria imagem, sentimentos e intenções secretas.
Por esse motivo, achamos sempre fácil julgar outra mulher. É como "sentir pela outra". Existe tanta certeza de que estes sentimentos são realidade, que a nossa mente já vê tudo e interpreta o que vê de uma forma muito rápida, quase sempre sem ao menos se dar ao trabalho de questionar ou esclarecer os fatos. As seguintes frases, demonstram como isso acontece:
- A Vera se faz de amiga só para arrancar confissões da gente.
- Paula sempre dá uma de puritana, mas na verdade...
- Não sei por que minha mãe sempre se mete nos meus assuntos
- A Mirene é muito boba, não sei como ela aguenta aquele cara. Se fosse eu...
- Se eu fosse a Elisa já teria dispensado o Roberto há muito tempo.
- Gosto muito da Aline, mas do jeito que ela fala me deixa com raiva.
- Filha, não entendo o que mais você quer da sua vida.
E tantas outras situações.
Tudo isso não passa de imagens "criadas" e não uma realidade constante e a estas imagens sempre se acrescenta algo de nós mesmas.
As emoções e sentimentos que aprovamos em nós mesmas, nos dão a leveza de ser, com elas ganhamos respeito e mostramos respeito, enquanto as emoções e sentimentos não trabalhados ou mal trabalhados processam o que mais tarde serão os recalques, os vícios, as atitudes e formas de expressão que tomam a direção da competição, da comparação, do peso de ser.
Mas isto nem sempre foi assim, algumas de nós tiveram a felicidade de fazer parte de um grupo no qual a amizade era o valor, outras viveram a infelicidade do descaso e da humilhação. Na adolescência e em boa parte da juventude para muitas de nós, a parceria, a troca e a boa cumplicidade eram parte de um relacionamento saudável e cheio de harmonia com nossas amigas.
A chave vital para fazer perdurar esse quadro é também a chave que abre portas para o novo mundo, o mundo da interação com todas as conquistas de mulher, da mais simples ou ingênua das conquistas até a mais ambiciosa. Mas temos que admitir que quando esta chave gira para podermos abrir portas, as portas que se abrem conduzem a novos lugares e diferentes espaços sempre muito particulares para cada uma de nós.
Se este espaço, de forma egoísta, passou a ser tomado por ideias e valores próprios e não compartilhados, também ficou mais difícil trabalhar os próprios anseios com o grupo, assim as novas conquistas e os novos anseios se misturaram com outros relacionamentos e desta mistura surgiram conflitos, conflitos que deram origem a comparações, comparações que alimentaram julgamentos, julgamentos que criaram diferenças, diferenças que evidenciaram divergências, divergências que alimentaram divisões, divisões que criaram barreiras, barreiras que levantaram fronteiras, fronteiras que isolavam a naturalidade, isolamento que evidenciou a separação. Novos caminhos então foram tomados.
Faz parte de nossa existência experimentar o momento de caminhar sozinha balizada pelas próprias ideias e valores. Nessa fase é muito importante estar cientes do que temos de segurança em relação a nós mesmas e ao mesmo tempo entender o que ainda não conseguimos desenvolver em nós e estamos vendo em outras mulheres. O que rejeitamos e o que aprovamos.
Verdade posta é que ocultamos com habilidade o nosso lado ruim, mas ele aparece em nossos pensamentos através de estímulos externos, como vimos nos exemplos acima. A crença interna é muito poderosa, para qualquer fim.
Quando nos pomos a criticar a ruindade de alguém, devemos ponderar, e quando fazemos uma avaliação interna, percebemos o quanto temos dessa ruindade.
Sermos realistas sobre nossos sentimentos internos nos faz mais humildes com os outros e nos torna mais compreensivas. Agora, se não compreendemos o nosso lado ruim rejeitamos compreender o lado ruim da outra.
Normalmente vemos as pessoas criticarem umas às outras, mas se pudéssemos investigar a vida de cada uma no detalhe perceberíamos então o quanto o nosso discurso diverge da realidade. As pessoas acabam se complicando, pois é comum dizerem aquilo que não praticam.
Para fazer bem, basta fazer. Quem faz, não tem necessidade de falar, mostra na atitude. Portanto, não vamos querer achar a fórmula mágica no discurso para resolver os problemas dos outros, quando não conseguimos isso dentro da nossos próprios domínios.
Mulheres, ao rejeitarmos nossos sentimentos internos, os que têm a ver com o nosso lado feminino, mais dificuldades teremos para nos relacionar com outras mulheres. Aprendam a conhecer integralmente seu lado mulher e libertem-se para ele. Na verdade, construímos o lado ruim da outra mulher olhando para um espelho que está à nossa frente.Pense nisso para entender melhor você e a outra mulher.
[1] C.G. Jung, O homem e seus símbolos A sombra,
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