ELO
Atualizado dia 4/21/2013 5:20:08 PM em Corpo e Mentepor Verônica Dutenkefer
Pessoas cuja presença é de uma fortaleza tão grande em nossos corações, que nos definem e nos lapidam.
Suas ausências deixaram uma ferida que nunca cicatriza e ao menor contato ainda lateja e sangra.
O momento do adeus fica em negrito na linha de nossa história e naquele exato momento não sabíamos ainda que conseguiríamos sobreviver a tal perda.
Dizem que o tempo não é linear e, sim, espiral, e como um brinquedo, a vida vai fazendo nos aproximar daquele adeus. Só que ele fica cada vez mais distante. E quando nos aproximamos desse momento já carregamos sabedorias que não estavam presentes naquele adeus.
Agora sabemos que a saudade só aumenta.
Agora sabemos que conseguimos seguir em frente.
Agora sabemos que isso tudo acontece pois a existência passageira daquela pessoa nos deixou registros de sabedorias eternas, que só aquela pessoa nos ensinou.
Nós conseguimos seguir em frente pois essa foi a força que aquele alguém semeou dentro de nós, ao ensinar que a Vida é um presente valiosíssimo.
Foi exatamente a presença daquela pessoa que despertou nosso amor adormecido, esquecido ou até mesmo desconhecido.
E a saudade é a presença daquele amor que só aquela pessoa despertou dentro de nós.
Dizem que tudo e todos nós estamos unidos pela mesma energia. Energia incognoscível que recebe vários nomes.
Então, eu faço uma prece a ela, para que todos que eu amei e estão distantes, recebam agora meu amor e minha gratidão. Para que quando a saudade de minha presença aparecer forte em seus corações, eles também saibam que eu consegui seguir em frente pelo amor que eles me ensinaram a sentir, e por isso ainda estamos juntos. E que talvez... apenas talvez, essa seja a definição da eternidade.
Verônica Dutenkefer
21/04/2013
Texto revisado
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