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Cura - Quanto Mais Simples Mais Eficaz

Atualizado dia 8/29/2014 11:59:54 AM em Corpo e Mente
por Valeria Trigueiro


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Estamos aqui para crescer, melhorar, ou, em outras palavras, para curarmos alguns aspectos que não estejam em harmonia no nosso campo emocional, espiritual ou mesmo no corpo físico.

Sim, costumamos associar a palavra cura à medicina, remédios, jalecos e que tais, incluindo-se nesses jalecos os dos nossos fisioterapeutas, esteticistas e terapeutas holísticos. Na verdade, digo, nossos próprios jalecos, caso usemos um.
Com jaleco ou sem jaleco, quando nos apresentamos diante de um cliente, vemos diante de nós um ser humano disposto a resolver alguns aspectos em sua vida. Temos que lembrar que até que ele chegasse ali diante de nós, travou muitas batalhas e questionamentos, tanto do mundo exterior, quanto dentro de si próprio.

Cabe a nós respeitar, honrar e parabenizá-lo por isso, pois a decisão de nos resolver não é fácil. Sabemos disso. Deu o passo mais importante: o primeiro.

O segundo desafio enfrentamos quando fazemos determinadas perguntas e por um motivo ou outro, ele paralisa e “não sabe responder”, “esquece”, podendo até mesmo afirmar que “não entendeu” ou “prefere deixar isto para depois, pois não é importante”. Ok, acontece, e devemos seguir o caminho até que o momento perfeito chegue junto com as respostas. A Vida provê isto.

Ocorre que algumas pessoas já chegam com pressa e colocam nas mãos do médico ou terapeuta a responsabilidade pela cura ou por que não dizer, pela vida deles?

Pensando nisso, na qualidade de terapeuta holística, tive que fazer valer o significado da palavra holística, que vem do grego Holos, que significa inteiro, a totalidade. Ou seja, considera-se as partes integrando-as, correlacionando-as até a unidade que somos nós.

Como? Primeiro passo é lembrá-lo que a Cura vem do Universo, Deus, Natureza, o nome que melhor caiba ao vocabulário do indivíduo. Depois, lembramos que a responsabilidade pelo sucesso do nosso trabalho é compartilhada com ele em igualdade de condições. 50% para cada um. A nós cabe ouvir, discernir, indicar, sugerir, acompanhar e uma série de funções que a profissão e o amor nos instam a fazer.

Entretanto, o cliente precisará se comprometer consigo mesmo, buscar auto amor e autorrespeito dentro de si, a fim de mudar hábitos e padrões de comportamento, incluindo-se como ponto importante uma reaproximação da Natureza, seja frequentando espaços abertos como praia, parques, jardins. Ah... se não der, uma voltinha na pracinha já ajuda.

Aos apressadinhos, temos florais e óleos essenciais que ajudam bastante; aos que precisam de uma ajudinha para assumir esse compromisso também existem florais e o.e.s, claro, mas como o tratamento é holístico, precisamos utilizar uma linguagem que coubesse para todos, sem exceção.

E qual é essa linguagem universal? Ah... a dos símbolos, é claro. Temos esse privilégio de termos uma linguagem que é comum a todos. Bem..., e como traduzi-la?

Por melhor que seja o terapeuta na arte de interpretação de sonhos, símbolos e que tais, ninguém melhor do que a própria pessoa para conhecer sua história. Assim, é estabelecida uma parceria entre cliente e terapeuta a fim de juntos chegarmos aos significados que estão tendo influência na vida dele.

Quando uma pessoa nos diz que acha que determinado símbolo ou sonho quer dizer algo, mesmo que não seja exatamente aquilo que o símbolo veio trazer, o simples fato de acreditar-se naquilo, tal símbolo estará tendo influência na vida da pessoa, claro. E o início do processo está estabelecido.

E é nesse momento que trocamos a palavra significado (tem sua explicação racional/consciente) para recado (fornecido pelo Inconsciente). Sim, pois aqui o importante não é expor a causa do desequilíbrio que o trouxe à terapia, não é o desenrolar da história e sim como isto se apresenta e influencia a vida da pessoa. Assim, estabelece-se um contacto com tais símbolos, criam-se novos e através do diálogo entre a pessoa e aquilo que se apresenta, surge um raiozinho de sol na consciência do indivíduo.

Não estamos falando nenhuma novidade. Desde a Antiguidade, passando pelas mais diversas crenças, religiões e culturas isso existe. E desde o homem mais primitivo até a mais moderna empresa com seus logotipos, todos se utilizam de símbolos para comunicar algo.
Ao trabalharmos com os símbolos, seja através da leitura do Oráculo das Flores, das cartas, testes olfativos com óleos essenciais ou conversas sobre os sonhos e pensamentos recorrentes dos clientes, pudemos notar que os símbolos que nos trazem são da esfera do Sagrado, com poder de reequilíbrio fantástico.

E o melhor de tudo: estão todos dentro de nós mesmos, basta determinação para começar, compromisso para permanecer e responsabilidade para aplicar. Sobretudo, a tarefa mais importante é a manutenção do Amor.

Aprendemos a “Amar ao Próximo Como a Ti Mesmo”. Acho que aí está a chave de um dos maiores problemas que encontramos. Não aprendemos direito. Esse “ti mesmo” é fraquiiiinho...! As pessoas não se amam realmente, então, como irão amar ao próximo?
Agora pare um pouco. Vá em frente ao espelho, olhe-se dentro dos olhos e diga: “Sou lindo (a), inteligente, eu me amo e admiro muito!” Vai! Quero ver! Parece papo de autoajuda, mas na realidade trata-se de um passeio aos primórdios de nossa vida quando éramos ou deveríamos ter sido acalentados, protegidos e ouvido várias vezes aquelas coisas que os pais e mães costumam dizer para seus filhos: “que gracinha!”; “que lindo!”; “olha como é esperto!”, inteligente e todas essas coisas.

Ok, se você não ouviu dos seus pais, pode ouvir de você mesmo agora, já que você é feito 50% de cada um. Faça você mesmo e siga seu Caminho!

Ah... antes que eu esqueça: é autoajuda sim, nada contra. Afinal, ajudar a si mesmo é obrigação, não é verdade? Temos muita responsabilidade pelo processo de cura de nossa Vida. Sem nossa participação, nada acontece!

Difícil? Pois é... tudo começa por aí. Vamos começar por hoje. É um desafio. Todo dia você irá acordar e decretar que seu dia será produtivo em todos os sentidos. Faça um elogio a si mesmo e siga. Ao final do dia, agradeça. Um autoelogio por dia.

Com maior consciência de suas limitações e, principalmente, de suas possibilidades, podemos chegar longe em qualquer tipo de terapia. Assuma isso e vamos rumo à próxima sessão.

Valeria Trigueiro

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