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O JOGO DA COMPARAÇÃO

Atualizado dia 4/30/2009 6:53:32 PM em Corpo e Mente
por Willes S. Geaquinto


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I

Existem pais que ao tentar motivar seu filho ou estimulá-lo a adotar alguma boa atitude ou comportamento, usam de falas comparativas. Muitas das vezes comparam-no a outro irmão ou a outra criança, parente ou não. Costumam usar expressões do tipo: “a sua irmã sim é que não me dá trabalho”; “o filho do fulano é que é estudioso”; “o seu irmão sempre foi inteligente”; “seu irmão nunca me deu problema”; “ sua irmã é que tem um gênio bom...”; etc.
É interessante saber, por exemplo, que práticas comparativas entre irmãos podem produzir conseqüências imprevisíveis, pois, aquele que recebe o elogio tenderá a sentir-se pressionado e criar a idéia de que para continuar sendo admirado pelo pai ou pela mãe não poderá fracassar em momento algum, o outro poderá sentir-se desqualificado, rejeitado e revoltar-se contra eles. Os pais podem até alegar que não houve nenhuma dessas intenções ao falar ao filho, mas, o que fica, o que marca, é como foi sentido por aquele que foi alvo da comparação. Esse tipo de comportamento da parte de quem fala, sejam pais ou seus substitutos, é sempre negativo, uma vez que é muito mais eficiente estimular os filhos ressaltando suas qualidades em superar os obstáculos que se lhes apresentam do que critica-los simplesmente.
Quando esse “jogo da comparação” é feito entre adultos, o seu efeito é o mesmo: aquele que é comparado negativamente de algum modo se sentirá desconfortável. Por outro lado, aquele que recebe o elogio pode criar para si uma falsa imagem de auto-suficiência, ou desenvolver um perfeccionismo exacerbado pela dependência de elogio para sentir-se aceito.
No mais, é recomendável, principalmente para pais e professores, ter a compreensão de que nenhuma criança ou adolescente gosta de ser comparado negativamente a outrem; cada criatura é única e certamente possui potencialidades e limites. Por isso é aconselhável sensibilidade, já que sempre é possível estimulá-los e motivar-lhes a autoconfiança sem recorrer ao infeliz expediente da comparação.

II

Durante uma palestra, ao tratar deste que eu chamo de “jogo da comparação”, uma mãe, talvez se sentindo um pouco culpada, tratou de se defender dizendo: “mas, um pai ou uma mãe quando compara um filho com o outro pode estar visando o bem da criança, ninguém faz isso por mal”. Eu entendi a fala dela, como entendo que possivelmente outros pais também não o façam por mal. Agora, cá para nós, será que um filho entenderia realmente se o pai lhe dissesse:“olha, estou comparando você negativamente com seu irmão, mas é para o seu bem, hein!” Será que ele sentir-se-ia estimulado, ao lhe ser dito que o irmão era mais competente que ele? Você se sentiria estimulado ao ser comparado negativamente com outra pessoa?
A fala é um importante instrumento de comunicação, daí ser importante usá-la com clareza, sem intenções subentendidas ou subterfúgios, pois, os efeitos daquilo que falamos tanto podem ser positivos como negativos, ainda mais quando se trata da relação com os filhos. Muitos medos, complexos e traumas, encontrados em pessoas adultas têm sua origem nas falas inadequadas dos pais. Conheço centenas de relatos de pessoas que amargaram variados desconfortos emocionais, devido à má comunicação estabelecida pelos pais ainda quando elas eram crianças.
Pensar antes de falar, é fundamental para estabelecer uma boa comunicação em qualquer circunstância. A palavra, “o verbo”, tanto pode estimular alguém para o sucesso como levá-lo ao fracasso, tanto pode criar amor como o ódio, tanto pode gerar o bem como o mal. Vai daí, a necessidade de aprendermos expressar o sentido exato daquilo que pensamos. Ressaltando ainda que, no que se refere a boa educação dos filhos, essa transparência é essencial para a boa formação da personalidade deles.
Boa reflexão e viva consciente.


Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Willes S. Geaquinto   
Willes S. Geaquinto - Psicanalista,Psicoterapeuta, Consultor Motivacional. Trabalha com a Terapia do Renascimento promovendo o resgate da autoestima, o equilíbrio emocional e solução de transtornos, fobias,etc... Palestras e Cursos Motivacionais(relação de palestras no site). Contato: (35) 99917-6943 site: www.viverconsciente.com.b
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