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O TARÔ E A AMPLIAÇÃO DA CONSCIÊNCIA

Atualizado dia 6/6/2010 10:13:44 PM em Espiritualidade
por Alexandre Rodrigues Vieira


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Acredito que ninguém mais duvide, pelo menos nesse lado ocidental do planeta, do quanto nossas mentes analíticas derivam do cogito cartesiano e do paradigma científico, que prega que os artifícios criados pelo Homem para terem o status de "comprovados cientificamente" precisam ser aprovados em uma série de testes e medições pré-estabelecidas. Caso contrário, o descrédito lhe reserva um destino de "coisa menor" e o preconceito contra certas práticas torna-se um senso comum.      Isso é o que podemos perceber em relação a diversas práticas chamadas "alternativas" ou místicas como, por exemplo, o Tarô.

Muitas pessoas ignoram que a base filosófica deste milenar oráculo da alma humana remonta aos antigos egípcios, tendo também estreita relação com a Cabala dos judeus. As 22 cartas dos Arcanos Maiores do Tarô, criadas por iniciados da antiguidade, representam os diferentes níveis  da consciência humana no seu longo e árduo percurso, desde o seu despertar até a plena visão da Sabedoria Suprema.   

A riqueza de informações disponíveis em cada uma dessas cartas é surpreendente. Mas, um desses Arcanos Maiores desperta-nos interesse especial nesse momento. Trata-se da carta de número 16, A Torre. A figura representada nesta carta mostra uma sólida e robusta torre sendo atingida e parcialmente destruída por um raio que parte do sol. Duas pessoas caem do alto da torre. As duas são pessoas espiritualizadas, sendo que uma delas tem uma coroa dourada na cabeça e a outra não. A que está sem a coroa sucumbe à queda e morre. A outra, aquela que mantém a coroa na cabeça, incrivelmente sobrevive ao enorme tombo. 

Que mensagem simbólica estaria sendo representada nesta carta? A destruição da poderosa torre tem a ver com os infortúnios aos quais estamos sujeitos a todo instante, mostrando quão frágil é a nossa condição em termos materiais, morais ou sociais.

Em termos práticos, esse tipo de situação indesejada pode ocorrer através das guerras, epidemias, catástrofes naturais, etc., ou ainda em questões pessoais, como a morte de um ente querido, a perda de um bom emprego, uma desilusão amorosa, uma falência financeira, uma calúnia em que fique comprometida uma reputação construída após anos de atitudes virtuosas, além de infinitas outras possibilidades que não caberiam num livro inteiro dedicado a elas.  

Ninguém é poupado das ameaçadoras condições próprias do viver. Não há como fugir da fragilidade inerente à condição humana. Os que tentam fazê-lo, na sua grande maioria, equivocam-se mortalmente ao tentarem reforçar cada vez mais suas torres, acreditando que assim elas se tornariam indestrutíveis. Tentam acumular todo dinheiro possível, acham-se donos da(s) pessoa(s) amada(s), agarram-se às aparências como se estas fossem garantias de reconhecimento e respeito, lutam por ascensão social usando métodos reprováveis ou questionáveis, afastam-se das convivências saudáveis e das atitudes amistosas e generosas por considerarem que isso só colocaria em risco seus "bens" conquistados a tão duras penas. 

A Torre fala dos processos de mudança que não podem ser cessados. Tudo muda o tempo todo, essa é a condição natural da vida. A destruição, assim como a morte, são processos necessários para que possa haver renovação e a vida possa, assim, seguir seu rumo como vem fazendo há bilhões de anos. Mas, o que tudo isso tem a ver com as duas pessoas que caem do alto da torre? Bem, aí está o ponto principal dessa história.

Como foi dito antes, as duas pessoas são espiritualizadas, como está representado através do valor simbólico das fortes cores das suas vestimentas. Porém, só uma delas usa uma coroa dourada na cabeça, justamente a que sobrevive ao desastre. Essa coroa representa a CONSCIÊNCIA da sua verdadeira condição de Ser espiritual. Ela sabe que nenhum infortúnio conseguirá abater o seu EU maior, que é indestrutível e que sobrevive em toda e qualquer situação. Essa consciência não tem o poder de nos livrar das perdas da vida, mas é ela que permite a plena visão de quem EU SOU, capacitando-nos de coragem e força interior para a superação das "quedas" e das transformações inevitáveis na continuação da caminhada que sempre haverá de ser vitoriosa. 

A Consciência sobre nós mesmos também pode ser vista como uma conquista. E, como toda conquista que realmente valha à pena, não é uma tarefa que se possa realizar num simples piscar de olhos, como se faz com quase tudo nos tempos modernos. Exige atitudes positivas e autoconhecimento, condições necessárias que infelizmente tão poucas pessoas se dispõem a desenvolver, mas que podem ser praticadas de formas tão variadas e simples, que toda e qualquer pessoa encontra-se apta a proceder. O caminho pode ser longo mas, como disse Buda, o Desperto, ninguém percorre mil quilômetros sem dar o primeiro passo. 
    

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