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Cannabis sativa (maconha)

Atualizado dia 11/4/2010 2:30:58 PM em Espiritualidade
por Mauro Kwitko


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A Cannabis sativa é uma planta herbácea da família das Canabiáceas e o seu principal composto químico psicoativo é o delta-9-tetrahidrocanabinol, comumente conhecido como THC. Possui também outros canabinóides, como o Cannabidiol e o Cannabinol, todos eles responsáveis pelos seus efeitos a nível do Sistema Nervoso Central. Entre esses efeitos, que atraem muitas pessoas, estão o relaxamento muscular, uma sensação de calma, uma sonolência, uma melhora do humor, um aumento do otimismo, um estímulo da criatividade e uma certa euforia.

No início do uso dessa planta, tem-se uma sensação agradável e atrativa, pois acalma, relaxa, interioriza a pessoa, os problemas desaparecem, nada é mais tão sério, por isso torna-se a solução para o estresse diário, a tristeza, irritação, para as coisas chatas da vida e começa a intensificar-se porque seu efeito é tão bom que não se vê motivo para não usá-lo, afinal de contas, fica-se mais calmo, mais pacífico, mais alegre, por que não usar, então?

E o uso da Cannabis passa a ser um ato rotineiro e, aos poucos, essas sensações agradáveis começam a mudar: o relaxamento vai virando preguiça, a calma vai transformando-se em lassidão, a melhora do humor e do otimismo começa a virar postergação, a necessidade de fazer coisas que não se gosta de fazer, começa-se a deixar para mais tarde “Depois eu faço...”, “Amanhã eu faço...", o aumento das idéias criativas vão se tornando uma criatividade apenas teórica “Tudo bem...”

Quando seu uso começa na pré ou na adolescência, com o tempo, a entrada no mundo adulto, que nada mais é do que tornar-se uma pessoa séria, responsável, dinâmica, trabalhadora, engajada no mundo, começa a demorar para acontecer... E o jovem estagna e não amadurece, os anos vão passando e ele, na mesma, mas já não é tão jovem e aí começa o pior: vai ficando ridículo. Veste-se como um adolescente e já é um adulto, mas não se vê como tal, sente-se ainda um jovem, mas não é mais... Os seus antigos amigos, “caretas”, tornaram-se adultos, e ele não. Quem estudou, esforçou-se, acabou a Faculdade, está trabalhando, ganhando dinheiro, fazendo coisas, e ele? Ainda morando e dependendo financeiramente dos pais, que passam a ser, então, os culpados por sua situação. Ou se não são os pais, é a sociedade, o mundo, os políticos...
Suas metas e idéias vão se transformando em apenas uma viagem mental, sem uma concretização prática das mesmas; vai ocorrendo uma tendência ao isolamento, à solidão, ou a um excesso de sociabilização, sem critérios, com uma perda da autocrítica. O usuário em ruína evolutiva do seu aspecto físico, vai perdendo o cuidado com a aparência e atitudes, a ponto de todas as pessoas verem que ali está uma pessoa viciada em maconha, menos ela própria, pois vai a lugares com o odor característico da planta sem perceber isso, acha que colocar desodorante ou um perfume vai disfarçar o cheiro; ou some, e depois volta com o sorriso infantilóide característico, falando bobagens ou escondendo-se pelo cantos.
Sua fala e conduta começam a revelar que ela está substituindo sua saúde, sua energia positiva, por uma atividade egocêntrica, infantil, teórica, de quem não consegue amadurecer, numa viagem mental por mundos pseudo-espirituais que não irão beneficiar nem a ela nem às pessoas com quem convive ou necessitadas de sua atenção e cuidado, como os doentes, os pobres, os deficientes, num exercício de caridade, que exigiria uma atitude ativa, madura, pró-ativa, e não passiva, adolescente, introvertida, como o uso dessa planta cria.

A felicidade que a pessoa sente, vai se tornando uma alegria infantilóide porque o uso cotidiano dessa planta impede a pessoa de amadurecer; um jovem de 18 anos comporta-se como um de 14, ou menos, um adulto de 20 e poucos anos parece um adolescente, na linguagem, na maneira de vestir-se, e isso começa a refletir-se nos estudos, no trabalho. Além disso, o uso de uma substância proibida por lei pode ir criando sintomas paranóicos e esquizofrênicos, como uma ilusão de perseguição, surgirem visões, aflorarem idéias espirituais estranhas, principalmente, se o usuário começa a ser (mal) acompanhado por espíritos desencarnados, ex-usuários, que passam a influenciá-lo em seus pensamentos, em seus hábitos, até dominarem completamente a sua mente e vontade.
Muitas pessoas afirmam que o seu uso, pela expansão da consciência que ela provoca, traz consigo uma abertura espiritual, uma nova visão a respeito da realidade, uma libertação da informação materialista da nossa sociedade egóica e capitalista, como se fosse um reencontro consigo mesmo, com a nossa identidade espiritual e por isso ela é considerada como uma “planta sagrada” e o seu uso é defendido como se fosse um direito espiritual, até baseando-se na liberdade de culto e opção religiosa.

Uma das alegações dos seus usuários é que essa planta é “pacífica” em sua mensagem, que ninguém sob seu efeito torna-se violento, nem agressivo, que a pessoa fica mais espiritual, mais calma e amorosa. E a comparação com a bebida alcoólica, que é legalizada e até incentivada, e o seu efeito desrepressor, liberalizador de características escondidas, que muitas vezes degeneram em agressividade, em posturas auto e heterodestrutivas é um dos argumentos dos usuários da Cannabis, e não se pode tirar deles totalmente a razão desse raciocínio.

Chega-se a argumentar que se todas as pessoas a usassem, terminaria a violência na Terra. Pode ser... Então, fico pensando, quem sabe o uso sacramental da Cannabis poderia realmente ajudar a erradicarmos a nossa violência, a domesticar o ser humano, a amansar o nosso Ego, a nos espiritualizar? Talvez sim, mas infelizmente, pelo uso inadequado dela, a qualquer momento, de qualquer maneira, sem nenhum respeito que exigiria, então, a “sacralidade” dessa planta, sem respeito por suas características de “planta sagrada”, o que se vê nas ruas, nos colégios, nas universidades, nos consultórios, é que essa abertura espiritual se revela numa experiência meramente teórica, numa espiritualidade egocêntrica e egoísta, numa busca de viagens internas de descobertas fantásticas, num exercício infantil de busca de prazer e curtição, de ampliação da capacidade de sentir os sons e as cores, visando apenas viajar...
A “espiritualização” virou somente uma teoria, de idéias espirituais, um desejo de interiorizar-se mais e mais, ser calmo, pacífico... Isso me lembra uma história budista:

“Uma vez um aprendiz se ofereceu como discípulo de um monge num templo nas montanhas. O monge perguntou o que ele sabia fazer. O aprendiz se sentou e entrou em estado meditativo. Passava o tempo e o candidato a aprendiz, ali, sentado, meditando, interiorizado... Os dias passando e ele ali, sorrindo, feliz, meditando... O monge num certo momento, resolveu interromper aquele exercício egoísta e perguntou se ele queria ajudar no templo, tinha que varrer o chão, limpar a cozinha, o banheiro... O candidato respondeu que queria iluminar-se, preferia ficar ali, meditando... O monge pegou a vassoura que estava lhe oferecendo para trabalhar e o expulsou a vassouradas dizendo que já tinha suficientes budas de pedra para enfeitar o templo...”


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