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Espiritualidade - experiência espiritual da intuição - 1ª parte

Atualizado dia 5/16/2015 6:29:36 PM em Espiritualidade
por Marcos F C Porto


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Nesta reflexão, em duas partes, iniciamos por dizer que consideramos como correta a afirmativa que intuição é a voz da Alma. Não existem atalhos quando nos colocamos à disposição para desenvolver nossa intuição.
Neste sentido, o que deverá prevalecer será mantermos firme determinação de nossa vontade.
Como já afirmamos em reflexões anteriores, a experiência espiritual da prática do silêncio criativo tem importância primordial no desenvolvimento de nossa intuição – aqueles momentos em que permanecemos inertes integrados em Corpo – Mente - Alma nos favorece revitalizar nossas energias espirituais.
Somente iremos nos conectar com a intimidade de Alma, quando de forma verdadeira construirmos o relacionamento com ela.

Vamos lá refletir sobre o tema?

Quando consideramos intuição como sendo ‘saber, sem saber que sabemos’, ela será a ponte entre ambas nossa experiência psíquica e espiritualidade.
As experiências que têm sido desenvolvidas através das épocas de nossa evolução como seres humanos relatam tão somente o que pode ser medido nos padrões de laboratórios. Intuição que na verdade une e nos integra, não pode ser medida.
Assim, cientistas tentam explicar intuição como sendo ‘condicionamento social’, ou mesmo um tipo de ‘sincronismo subliminal’. Outros explicam como sendo um sentido superior além do instinto animal.
Claro que intuição envolve estes tipos de comportamentos, mas muito mais do que isso.
Podemos dizer que intuição é a somatória de todos os pensamentos e experiências dos nossos aprendizados entre vidas.

Immanuel Kant (1724 – 1804), filósofo alemão lembrado como o mais influente pensador da Europa moderna, diz-nos que “intuição é como construímos nossas vidas e criarmos o tipo de pessoas que somos”. Kant preconizava que é primeiramente através de nossos sentidos que atingimos a percepção da realidade, e que intuição é essencial para compreendermos, o que sentimos, sabemos e somos. Sendo assim, embora os aspectos sociais e culturais tenham influência no que nos tornamos, eles não representam, entretanto, total determinante.
Estudo desenvolvido em crianças na idade pré-escolar de diferentes graus de culturas revelou a presença nelas de elementos de acuidade responsiva nativa já presente em fase anterior ao condicionamento social.

As descobertas e estudos sobre dimensões superiores têm tido influência no nosso entendimento da experiência espiritual da intuição.
O ensaio de Martin Gardner filósofo contemporâneo e estudioso norte americano, no livro, intitulado “Imortalidade, porque não penso ser ela impossível!”, sugere que “a forma como entendermos o espaço supra dimensional, poderá nos conduzir a compreender melhor o fato de que a morte não é fator final de nossa existência, mas simplesmente um degrau no processo de nossa evolução espiritual”. Segundo Gardner “o fato de não percebermos dimensões superiores por não as enxergarmos, não significa inexistência delas, da mesma forma que não percebemos nossas dimensões interiores, uma delas sendo a intuição”.

A possibilidade da existência destas dimensões não visíveis nos indica como nossa realidade interior pressente, ou seja, percebe intuitivamente o sistema infinito do Universo. Faz sentido?
A dificuldade em estabelecermos conexão com a experiência espiritual da intuição é identificada como sendo o da nossa diversidade cultural, ou seja, nas contradições de interpretações em explicar os mistérios de nossas vidas como seres humanos espirituais.

Como compreender melhor?
Ao considerarmos intuição como sendo a compreensão direta e clara dos aspectos de nossa realidade, tanto os decorrentes do contato com nossa consciência externa, ou seja, a forma como enxergamos o mundo exterior como as do mundo abstrato, ou seja, o que não é visível aos nossos olhos.
Esta forma de compreensão emerge sem utilizarmos o raciocínio, ou seja, independe da nossa mente lógica.
Sobre este aspecto da intuição Jean-Yves Leloup filósofo e teólogo francês nos diz: “Intuição é saber como agir com espontaneidade, sem interferência do raciocínio”.

A intuição atua em nossa mente no intervalo de nossos pensamentos, quando estamos na quietude do repouso, daí a experiência espiritual da prática do silêncio criativo ser estimuladora, porque quanto maior for o intervalo entre pensamentos, mais nítida será sua manifestação. Está claro?
Para que nossa intuição se desenvolva fluindo com maior facilidade, é necessário estarmos conscientes de nossa trajetória de começo, meio e fim, nos entregando aos nossos valores interiores em desapego aos apelos materiais da vida cotidiana.

Assim, a energia amor-sabedoria inerente ao nosso Eu Interior irá fluir com liberdade. Correto?
Daí advém novo equilíbrio, favorecendo à nossa intuição se revelar naturalmente.
A intuição é delicada, tênue e não se impõe. Com a prática de nos entregarmos à intuição, ela pouco a pouco prevalecerá sobre nossos pensamentos automatizados, dando-nos sensação de paz interior, revalidando sua presença em nós.
Este é também o fundamento de espiritualidade que é o íntimo relacionamento com a Alma, envolvendo as verdades eternas relacionadas à nossa natureza primordial como seres humanos espirituais descendentes do Ser Maior Criador Deus.
O sentido de conexão da experiência espiritual da intuição forma a característica central da nossa unidade com as dimensões superiores, ou seja, nossa identificação como Seres Divinos, atuando como intermediários no sistema sutil das comunicações superiores.

Continuaremos na próxima edição.

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Conteúdo desenvolvido por: Marcos F C Porto   
Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 23 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 20 anos.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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