Espiritualidade - experiência espiritual da nossa humanidade individual - 2ª parte.
Atualizado dia 6/28/2015 12:26:46 PM em Espiritualidadepor Marcos F C Porto
Vamos, então, continuar a refletir?
Respeitando nossa dinâmica de vida, descemos ao padrão onde nossas atribulações vivem seu tempo e, no entanto, observamos que estes momentos de elevação na experiência espiritual da prática do silêncio criativo permanecem em flashes temporários como estrela norte na galáxia, a qual cada vez se tornará mais constante a partir de nossa atitude mais elevada de vida, apoiado por consciência mais perceptiva da realidade e sentimentos fortalecidos, enxergando o caminho, do qual não mais desviaremos.
O Ser Maior Criador Deus criou a humanidade dotada de livre vontade e, por isso, no nosso processo de evolução temos tido desde os primórdios dos tempos opções de escolhas, variando de acordo com nossos níveis de consciência. Tais flutuações incluem nossos semelhantes muitas vezes condicionados em seus objetivos limitados e imediatistas de onde às vezes dificilmente se libertam. No entanto pessoas que elegem os valores do amor, integridade e justiça, como sendo suas estrelas norte, usufruem dessa luminosidade. Faz sentido?
A extensão de nossa diversidade de cultura é ampla, assim como infinita é a Sabedoria Divina do Ser Maior Criador Deus. Desta forma escolheu para serem portadores de suas Revelações, Emissários com intuição forte, corações puros e integridade virtuosa, os chamados Emissários da Sabedoria Divina.
Os Emissários foram e são pessoas dotadas de inteligência, sentimentos, força de determinação, e visão de longo alcance tanto da natureza como das inclinações humanas. É erro pensarmos que apenas bondade ou simplicidade, qualifica estes Emissários para pregar a seus povos e culturas durante as eras de impedimento e ingenuidade.
Exemplo desta inspiração Divina encontramos nos Escritos de Baháulláh (1817-1892), fundador da Fé Baháí, na reflexão sobre Alma: “Pediste-me a respeito da natureza da Alma. Sabe, em verdade, que a Alma é um sinal de Deus, uma joia celestial, cuja realidade o mais erudito dos homens tem falhado em compreender, e cujo mistério nenhuma mente, por mais aguda, pode ter a esperança de desvendar. É a primeira entre todas as coisas criadas para declarar a excelência do seu Criador, a primeira a reconhecer a Sua glória, para clivar a Sua verdade, e se curvar em adoração diante d’Ele... Em verdade vos digo, Alma humana é, em sua essência, um dos sinais de Deus, um mistério entre os seus mistérios”. (Seleção dos Escritos de Baháulláh, LXXXII).
Ao longo dos séculos, nossos ancestrais nunca deixaram de refletir sobre a natureza humana, ou seja, se intrinsecamente expressamos nossas inerentes bondade e compaixão.
Enquanto a maioria das teorias político-econômicas contemporâneas pressupõe que nós somos movidos principalmente pelo auto interesse e competição, por seu lado as tradições espirituais consideram que nós seres humanos somos multíplices nas motivações, postulando uma dualidade básica na natureza humana, ou seja, temos natureza egoísta inferior, e natureza espiritual mais elevada, revelando a transcendência da nossa humanidade individual.
Como podemos despertar e expressar nossa natureza superior?
Na jornada de evolução e como imperativo da sobrevivência, tendemos girar nossos sentimentos, pensamentos e ações em torno de raciocínios lógicos, os quais muitas vezes geram desalentos e alienação do mundo e da realidade. Correto?
Espiritualidade nos liberta do apego ao racional, com ensinamentos e práticas para nos alinhar em outra dimensão, favorecendo a compreensão de nós mesmos, entendida como sendo nosso Eu Superior – somos um que é um com o outro, com o Universo e com o Ser Maior Criador Deus!
Dentro das diferentes abordagens religiosas, os textos consideram que a verdadeira realidade de nós seres humanos é natureza espiritual ou superior, sendo o que nos distingue dos outros seres vivos. Está claro?
Na tradição Abraâmica, incluindo judaísmo, cristianismo e islamismo, nós seres humanos fomos criados à "imagem de Deus", e temos plena capacidade de refletir sobre nossos atributos Divinos - mas nossa rebeldia em relação à Divindade nos impede de alcançarmos nossa elevação espiritual.
Na tradição budista, Siddharta Gautama, nossa verdadeira natureza é a "Natureza Buda", fonte do verdadeiro conhecimento, sabedoria e compaixão - mas apegos, desejos e ignorância nos levam a nos afastar da nossa verdadeira natureza.
Na tradição taoísta, Lao Tzu, quanto mais nos conectarmos com nossa verdadeira natureza, mais estaremos em harmonia – mas ao ansiarmos por fama e fortuna nos desconectamos desta harmonia.
Na tradição confucionista, Confúcio, nossa "natureza celestial" nos permite agir com nobreza autêntica - mas a mesquinhez nos impede de alcançar nosso verdadeiro potencial.
Em todas essas tradições, cada um de nós decide, por meio de nossos próprios sentimentos pensamentos e ações como expressar o lado superior ou inferior de nossa humanidade individual.
Nós, seres humanos, somos dotados de consciência, de livre vontade, da faculdade do pensamento racional, e do discernimento da dimensão espiritual da realidade as quais requerem processo de crescimento espiritual, autotransformação e transcendência, nos estimulando a vivermos de acordo com a experiência espiritual da nossa humanidade individual.
Voltaremos ao assunto.
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Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 23 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 20 anos. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |
