Espiritualidade - vivendo interiormente
Atualizado dia 6/15/2014 12:24:18 PM em Espiritualidadepor Marcos F C Porto
E estando interessados nele, iremos reunir informações a partir do mundo exterior. Será que teremos que estudar anatomia e fisiologia ou aprender o funcionamento da nossa mente? Nosso mundo interior, enquanto parte integrante da nossa existência, realiza suas funções aproveitando o que o exterior proporciona.
Vamos, então, refletir sobre o tema?
Nas circunstâncias enunciadas, a vida interior poderá não ser de interesse para algumas pessoas parecendo não só desnecessária, mas fantasiosa e estranha.
O Ser Maior Criador Deus na Sua Magnitude de Criação Divina fez nossos cinco sentidos direcionados para fora desde nosso nascimento.
Ainda considerado raro é a pessoa sábia, que, desejando conviver com a imortalidade da Alma, supera a mente sensorial condicionada aos cinco sentidos, percebendo então a realidade do seu próprio Ser Interior.
Mas essa raridade não deve fazer com que sejamos rotulados como contrários à razão e ao bom senso.
Para alcançar a verdade espiritual, devemos estar preparados para revelações incomuns. Não devemos ser desencorajados, simplesmente porque este não é o caminho escolhido por pessoas desinteressadas.
Os esforços incomuns por meio dos quais cada um de nós procura desvendar os mistérios dentro de nossas próprias vidas pode ser chamado estado de ser.
Não ficaremos satisfeitos com meras especulações intelectuais.
A vivência espiritual tem mostrado que é possível encontrarmos respostas inequívocas ao experimentarmos diretamente a Realidade Suprema do Ser Maior Criador Deus. Faz sentido?
Esse tipo de vivência requer um ajuste adequado em nosso caminho de compreensão.
Sobre viver interiormente Jiddu Krishnamurti (1895-1986) escritor sobre temas filosóficos e espirituais nos diz: “Estamos tentando politicamente, legalmente e socialmente trazer ordem no mundo exterior em que estamos vivendo, e interiormente estamos confusos, sem saber, ansiosos e em conflito. Sem viver interiormente, sempre haverá perigo para a vida humana”.
Mudanças de ênfase devem ser feitas a partir do exterior para o mundo interior; elas irão requerer reorientações dos nossos hábitos de vida.
Na essência de nossa personalidade, está a Realidade Espiritual, imortal, ilimitada pelo tempo, espaço e causalidade que chamamos de Alma.
Para nós, o importante é descobrirmos a verdade e esta revelação pode ser conquistada aqui e agora.
Qualquer um de nós, tendo coragem, paciência e perseverança para continuar o experimento, poderá ter a confiança de alcançar o autoconhecimento na autotransformação que é o fundamento de toda a elevação espiritual.
Nosso centro – Alma - coincide com o centro do Universo!
Em última análise, a verdadeira natureza do que chamamos de mundo exterior é espiritual.
Na visão da verdade, exterior e interior são apenas divisões arbitrárias do que é a Realidade Espírito, contínua e indivisível.
Os quatro véus de ilusões que encobrem a mente pensante – visão errada, ignorância, orgulho, amor próprio como auto apreço - são, por assim dizer, telas que impedem a nossa visão do Self – Eu Interior.
A habilidade de vivermos interiormente supera gradualmente nossos véus ilusórios, permitindo-nos alcançar nossa eterna base de existência, o núcleo do nosso verdadeiro Self - Eu Interior - Alma.
A mente sensorial condicionada aos nossos cinco sentidos está concentrada nas funções do corpo físico. Nossa consciência então fica quase sempre centrada no corpo. Quando dizemos "eu", estaremos dizendo “meu corpo”.
A identificação da consciência com o corpo é tão natural e completa que parece quase impossível desafiá-la, pois representam a totalidade das nossas energias vitais responsáveis por nossas funções fisiológicas.
Quando dissermos “Estou respirando” ou “Estou digerindo a refeição”, estaremos nos identificando com essas formas de energia, ainda que não cientes disso.
A experiência espiritual da prática do silêncio criativo nos conduz à elevação dos nossos níveis de consciência para um nível mais elevado da força de vida, identificada com a Realidade Suprema do Ser Maior Criador Deus. Correto?
Daí, como resultante, experimentamos espontaneamente mesmo sem entender inicialmente, sensação de liberdade, poder sobre nós mesmos e alegria.
Mudando o centro de nossa personalidade do corpo e força vital para os níveis de consciência elevada, abrimos naturalmente novos canais de sabedoria interior.
À medida que elevamos nossos níveis de consciência, devemos saber que somos mais do que apenas seres humanos pensantes.
Como mencionamos, nos níveis elevados de consciência a experiência de felicidade se torna mais intensa, e as atrações que anteriormente advinham de imagens visuais, sons e gostos diferentes de paladares, são substituídos na experiência com alegrias sutis que não exigem estímulos exteriores. Está claro?
O que temos, então, além deste nível de consciência? Alma - Self - Eu Interior, verdadeiro centro da nossa personalidade, agora identificada com o Ser Maior Criador Deus – Suprema Realidade.
A Alma é o reservatório de todas as experiências advindas através dos outros níveis de consciência.
É consciência pura, infinita de inesgotável felicidade!
Voltaremos ao assunto.
Texto revisado
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Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 23 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 20 anos. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |
