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Extraterrestres, Incas e Machu Picchu - Parte 4

Atualizado dia 10/19/2007 11:06:56 PM em Espiritualidade
por Fernando Tibiriçá


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Chegamos em Águas Calientes. Centenas de pessoas de vários países procurando seus ônibus para Machu Picchu. Outra vez os comerciantes insistindo em vender produtos típicos e a movimentação dos ônibus indo e vindo. Sentei-me quase ao lado do motorista e pude desfrutar de uma vista maravilhosa. Só sobem e descem ônibus autorizados e devidamente credenciados. A partir dessa condição vale tudo. Não existem muretas, cercas ou acostamentos e na estradinha de terra cabe só um ônibus. Acelerando na subida e na descida vão se cruzando e passando na beirada do precipício. Tipo saiu, caiu.

Já em Machu Picchu uma guia me esperava para a continuação da minha procura e mostrar a Cidade Perdida dos Incas, segundo o professor Hiram Bingham, a quem se atribui o descobrimento científico de Machu Picchu em 24 de julho de 1.911. Antes de passar pelo posto de controle vi uma construção arrojada e um restaurante envidraçado. Ao perguntar, fiquei sabendo que é propriedade da Orient Express, que está investindo na região. Ainda não compraram Machu Picchu (acho que o governo peruano não pode vender por ser patrimônio da humanidade). Mas, uma construção de um shopping, quem sabe...

É bom visitar Machu Picchu antes que acabe e as ruínas sejam transformadas em cenário. É possível que grandes naves venham buscar o que restam das ruínas. Os seres de outros planetas não admitirão o abuso da descaracterização. E os seres estão lá, acompanhando tudo. Afinal, a obra é deles. Os espanhóis não chegaram em Machu Picchu, mas mesmo assim a cidade foi saqueada pelo povo andino, campesinos, indígenas e fazendeiros buscando mais terras, além dos contrabandistas de antiguidades, inclusive autoridades peruanas nos últimos 300 anos. Todo o ouro e toda a prata sumiram e eram importantes na ambientação, molduração e cerimônias religiosas. Coberturas, paredes e o que fosse possível foi depredado. Pelo povo da região. Como se os incas não tivessem existido. Se não sabem de onde vieram, agora não sabem para onde foram. Talvez estejam num dos planetas de espera por uma nova Terra.

Machu Picchu é o nome da montanha principal que zela pela cidade que leva seu nome. Montanha velha ou montanha das tumbas (essas tumbas foram profanadas por huaqueros ou buscadores de tesouros). Machu Picchu ficou sendo o nome da cidade. A montanha chega a ser ignorada pela maioria dos turistas e respeitada por aqueles que fazem suas trilhas. Passei pelo controle e comecei a subida. Completei o último degrau e pude ser apanhado pelo encanto do lugar. É deslumbrante e qualquer meditação ou oração se tornam óbvias pois ali tem as mãos de Deus. Quando virei vi a montanha velha, Machu Picchu. Soberana como se fosse o repouso dos deuses. Minha sensação era de flutuar e se não tivesse tanta gente, voar até o topo da montanha. A guia percebeu que eu estava distante, mas na realidade me senti sendo festejado pelo esforço para estar entre amigos de ontem, hoje e amanhã.

Apesar do controle rigoroso, tudo parecia um showroom. Gargalhadas, gritos, enfim, uma ordem desorganizada. Antes de visitar cada ruína da cidade procurei um lugar afastado numa das terrazas ou andenes e relaxei. À minha direita a cidade de Machu Picchu, à esquerda o início de um vale maravilhoso e lá embaixo o rio Urubamba deslizando com um barulho quase imperceptível, as árvores em suas margens e o verde da mata e das montanhas. Acima de mim um céu e o universo celebrando tudo o que eu via. A emoção do coração era enorme. Separei minhas orações e me concentrei, porque naquele momento de felicidade, eu ia falar com tudo por todos. Um falcão fez alguns vôos rasantes, pousou próximo de mim e ficou acompanhando meus movimentos. A partir desse momento falei com o Criador, meu anjo Rochel, meu arcanjo Rafael, meus amigos da Fraternidade Branca, Santas e Santos queridos e, em especial, com os amigos da grande nave que cobre todo aquele espaço, mas sabiamente se esconde entre as nuvens.

Terminadas minhas preces e meus agradecimentos que faço andando e falando na direção de e com quem quero falar, sentei-me para sentir a inspiração. O falcão continuava no mesmo lugar e quando fixei meu olhar nele, simplesmente sacudiu as asas e continuou a me olhar. Fiquei em silêncio, continuando a meditação que vinha fazendo, naturalmente desde o trem. A mãe mexicana gritando com o filho, coreanos rindo de suas histórias, o vai-e-vem dos guias e seus grupos me desconcentraram e parei. Recolhi minhas coisas, levantei e procurei minha jovem guia daquele dia. Sentada num ponto que me via, acenou. Fui em sua direção. Ela me olhava com um ar de surpresa e felicidade, apontou para o falcão e disse que ele estava me acompanhando. Fomos para a entrada da cidade e o falcão nos seguiu até entrarmos. Eu havia passado pelo portão de Machu Picchu. Olhei em volta. Huayna Picchu (observatório astronômico e militar com suas construções que se sustentam em terrazas e andenes ou largos degraus com muros de pedra segurando a terra e construções), El Putucusi (a rocha sagrada da cidade tem o seu formato) e Machu Picchu (a montanha soberana). Entrei. Texto revisado por Cris
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