Quando Somos Pais Aprendemos a Ser Filhos e Quando Somos Avós Aprendemos a Ser Pai

Quando Somos Pais Aprendemos a Ser Filhos e Quando Somos Avós Aprendemos a Ser Pai
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Autor Paulo Roberto Savaris

Assunto Espiritualidade
Atualizado em 8/9/2025 11:19:32 AM




Hoje, escrevo não apenas com a pena de um cronista, mas com o coração de um pai. e o olhar terno de um avô.

Dizem por aí - e não sem razão - que quando somos pais, aprendemos a ser filhos. E que, quando somos avós, aprendemos, de novo, a ser pais. Eu diria mais: aprendemos a ser amor em forma de presença, a ser tempo que não corre, mas que contempla.

Na minha jornada de vida, primeiro fui filho. Depois, pai. Agora, avô. E neste último estágio - que mais parece uma doce eternidade em miniatura - tenho vivido um encantamento que só quem é avô (ou avó) entende. O tempo desacelera, o julgamento suaviza, o colo aumenta, e o coração. ah, o coração transborda.

Vejo-me refletido nos olhos do Thomas e do Noah, meus netos. Neles, descubro uma nova chance de amar sem tanta rigidez, de orientar sem tanto peso, de brincar com menos pressa e mais poesia. Sou pai em dobro, mas com metade das exigências. E, ainda assim, com toda a responsabilidade de quem não quer interferir, mas quer estar por perto. De quem não educa com regras, mas com exemplos sutis.

É uma dança sutil e cheia de amor: estar por perto sem invadir, sorrir com ternura sem impor, orientar com o silêncio de quem já aprendeu o valor da escuta. E tudo isso sem jamais desviar o olhar de Ana Paula e Maria Eduarda - minhas filhas amadas - que seguem, com coragem e delicadeza, seus próprios caminhos. Ana Paula, agora também mãe, e Maria Eduarda, desabrochando como mulher e filha do tempo, que a todos nós transforma.

Ser pai me ensinou a amar com intensidade. Ser avô, ao lado da minha querida Margarete, me ensina a amar com leveza - com a calma de quem já compreendeu que o amor verdadeiro não exige, apenas se oferece.

E nessa leveza, lembro de São José, o pai terreno de Jesus. Quantas noites ele deve ter velado o sono do Menino, sem saber ao certo como se cria um Messias. mas sabendo, com certeza, que amor, cuidado e presença são milagres que não precisam de explicação. José não deu o sangue, mas deu a vida. Foi pai não por biologia, mas por escolha. Por fé.

E ao lado dele, na história da salvação, estava Nossa Senhora, presença materna que sustentou, acolheu e amou incondicionalmente. Mãe de Jesus, mas também modelo de ternura e fortaleza para todos nós, lembrando que a paternidade e a maternidade se completam no amor.

Da mesma forma, São Francisco de Assis, ao romper com o pai terreno, fez uma escolha radical: seguir o Pai do Céu, nu de ego, cheio de amor. No gesto de despir-se diante do bispo, entregou não só suas roupas, mas toda expectativa do mundo sobre o que um "bom filho" deveria ser. E tornou-se, paradoxalmente, o irmão universal, o pai espiritual de todos os que buscam a paz.

Hoje, neste Dia dos Pais, rendo minha homenagem a todos os que assumem essa nobre missão: os que geram, os que acolhem, os que educam, os que abraçam.

E faço isso em nome do meu pai, Ernesto, cuja presença vive eternamente em mim. Seu exemplo segue pulsando em cada valor que transmito, em cada gesto de cuidado, em cada silêncio que diz mais do que mil palavras. A ele - e a tantos pais que já descansam na eternidade - minha saudade cheia de gratidão.

E também em nome do Everton, pai presente do Thomas e do Noah, que representa os pais do agora e os que ainda virão. Que ele, como tantos outros, descubra diariamente a grandeza de ser pai: não na perfeição, mas na entrega. Não no controle, mas na presença amorosa.

A todos os pais biológicos, adotivos, de coração ou de alma, que, como José e Francisco, fazem do cuidado um ato sagrado. meu carinho, meu respeito, minha gratidão.

Que cada gesto paterno seja um reflexo do Amor Maior.
E que, um dia, todos nós - filhos, pais, avôs - possamos olhar para o céu e reconhecer ali, no silêncio do divino, o olhar do Pai que nunca nos abandona.

Feliz Dia dos Pais! 
Com ternura e paz,
Paulo Roberto Savaris
Avô encantado, pai em aprendizado. filho em constante transformação.

Que esta reflexão nos inspire a caminhar juntos, como Francisco, na simplicidade e no amor.





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