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Relacionamentos – Sofrimento e Aceitação

Atualizado dia 5/16/2010 1:59:07 PM em Espiritualidade
por Guilhermina Batista Cruz


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Pude observar ao conversar com as pessoas sobre seus relacionamentos amorosos, a dificuldade que algumas delas têm para aceitar o término de uma relação sem grande sofrimento. Mesmo que o relacionamento tenha sido complicado, difícil, elas sempre buscam uma desculpa para adiarem o fim da relação. Por pensarem continuamente no assunto nem conseguem levar a vida normalmente. Ficam tão abatidas que precisam de ajuda para se reerguerem novamente. Isso nos leva a refletir sobre o quanto ainda precisamos fortalecer nossa vontade e auto-estima, o quanto nos falta evoluir emocionalmente para nos amarmos mais e usufruir o amor em toda sua plenitude.

Mas por que tanta gente se envolve em relacionamentos complicados, que lhes trazem mais sofrimentos que alegrias e tomam tanto tempo de suas vidas? Nem elas mesmas entendem a razão de se submeterem aos relacionamentos desgastantes e sofridos que deixam suas vidas estagnadas. Parece até que algo as fazem buscar inconscientemente tais relacionamentos e atrair para suas vidas decepções e desenganos. Como não conseguem viver sem um amparo emocional, entregam-se totalmente ao "amor", até mesmo ao que já nasce fadado ao fracasso. Quando os relacionamentos findam, juram que da próxima vez a coisa vai ser diferente, pois já aprenderam com o desencanto e a frustração do relacionamento anterior.

Por mais que elas prometam que o próximo será diferente, acabam sempre envolvidas em amores complicados. São pessoas que baseiam suas vidas no que o outro pode lhes dar em matéria de afeição e buscam desesperadamente alguém que as salve de si mesmas e dê algum sentido às suas vidas. A solidão e os sofrimentos que passaram em determinadas etapas da vida podem levá-las também a se apegarem a alguém que, de alguma forma, supra-lhes as carências e constituam-se no amparo de que precisam para viver. E, mesmo sabendo que o relacionamento não é o ideal, acreditam poder "mudar o outro". Querem transformá-lo no ideal de seus sonhos, naquele ser que pode fazê-las felizes para sempre.

Sabemos que nem todo relacionamento segue adiante, tende a acabar mesmo, porque muitas pessoas ainda se unem a outras por sentimentos que não os do amor verdadeiro e, quando estes sentimentos findam, ficam perdidas, achando que o mundo desabou sobre suas cabeças.
Quando duas pessoas que estão sintonizadas no mesmo ideal amoroso iniciam um relacionamento, se as aspirações são as mesmas para uma vida a dois, ele tem tudo para seguir adiante sem grandes percalços. Agora, se não existir respeito e dedicação, certamente será muito difícil a relação dar certo. É preciso haver uma sintonia amorosa que passa muito além da atração física ou do interesse propriamente dito. Senão, haverá sempre a insatisfação e a procura de algo que preencha e dê sentido à existência.

O importante é ofertar ao outro o melhor, desejando que ele cresça individualmente em todos os sentidos, assim como é precisos crescer também. É tudo junto. Cada qual com sua individualidade, com seus ideais, mas numa completa sintonia de respeito, dedicação e amor. Então, o que pode tornar um relacionamento complicado é a falta dessa sintonia amorosa, ou seja, é não existir reciprocidade naquilo que ofertamos ao outro. É preciso existir uma sintonia espiritual, que fará o relacionamento seguir adiante e se fortalecer cada vez mais. Antes de tudo, é necessário respeitar o parceiro, ofertando a ele o que desejamos receber, ou seja, se quero carinho, amor e dedicação tenho que oferecer a ele o mesmo. O fundamental para um relacionamento dar certo passa necessariamente pelo respeito e a consideração com a pessoa amada.

Ao sairmos da análise puramente material sobre o assunto, nos deparamos com fatores que estão presentes em todos nós, seres humanos em busca de aperfeiçoamento moral e espiritual. Tais pessoas "complicadas" cruzam nossos caminhos não para que vivenciemos apenas problemas e desgostos, mas para nos ensinarem a nos desapegarmos daquilo que ainda nos deixam distantes do amor, no sentido pleno da palavra. É como se colocassem o dedo nas feridas que ainda trazemos como ser imortal e a caminho do aperfeiçoamento moral. Mostram-nos aquilo que precisamos trabalhar em relação ao apego e aos sentimentos de posse que nutrimos pelos outros.

Aspectos como egoísmo, insegurança, amor próprio ferido, intolerância, desrespeito, ciúmes doentios e outros mais, estão nos mostrando pontos cruciais que exigem de nós um maior discernimento para conseguirmos vivenciar um amor mais saudável, e que, para não ficarmos presos aos sofrimentos e desenganos amorosos, precisamos mudar a nossa atitude em relação à vida e as pessoas. É preciso enxergar o outro como nos enxergamos, ou seja, um ser humano com os mesmos defeitos, frustrações e anseios. Esquecemos que ele, como nós, muitas vezes é uma pessoa insegura e que está aprendendo também através de seus próprios erros. Agora, relacionamentos que não fluem normalmente, que sempre nos deixam em alerta e onde não existe o respeito, precisam ser avaliados com atenção para se entender as razões pelas quais nos submetemos a eles.

Tem gente, que mesmo sabendo que o ser amado não está totalmente envolvido na relação, busca prendê-lo de qualquer forma, anulando seus desejos e vontades em detrimento desse amor. Há sempre aquela esperança de que a pessoa amada possa arrepender-se das mágoas que tenha causado e mergulhe com vontade na relação. Como avaliar então emoções tão desregradas que fazem muitas pessoas sofrerem, deixando-as tão desnorteadas? A verdade é que elas só nos mostram quanto distanciados estamos ainda de nós mesmos e que necessitamos resgatar valores internos que nos ajudarão a um maior discernimento quanto ao modo de nos relacionarmos com as pessoas.

Antes de tudo, é preciso entender que não é possível amar alguém se não nos amarmos e respeitarmos, pois, se não estivermos em paz e felizes com nós mesmos, não seremos felizes com ninguém. O sentimento de perda é normal quando um relacionamento chega ao fim, só que ele não pode fazer com que se ache que a vida perdeu o valor. É natural a saudade, não o desespero. Por isso é importante nos conhecermos melhor para aprendermos a valorizar mais os sentimentos verdadeiros, livres de ambições e aprisionamentos amorosos. Aí é que entenderemos que o amor não pode ser um sentimento que aprisiona e que nos impede de seguir adiante e amar outras pessoas.

O relacionamento amoroso é feito, na verdade, de diferenças. É a partir delas que aprendemos a nos relacionar com as pessoas, respeitando as diferenças existentes. Segundo o Espírito Hammed: "Requisitar dos outros o que eles não podem dar ainda é desrespeitar suas limitações emocionais, mentais e espirituais, ou seja, sua idade evolutiva" (Livro Renovando Atitudes - Francisco do Espírito Santo). Como eles são imprescindíveis na vida, é preciso construir relacionamentos que tragam mais alegria, paz, segurança e amor. O importante é sabermos que os amores verdadeiros, ao contrário dos nascidos de interesses passageiros, são eternos e sempre nos acompanharão seja em que plano estivermos.

Paz e Luz a Todos.


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