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Trecho do livro Nêmesis o Deus Menino

Atualizado dia 11/9/2011 10:21:28 AM em Espiritualidade
por Dante Bolivar Rigon


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Bom dia!

Conforme exposto anteriormente, segue trecho do livro de Ficção "Nêmesis, o Deus Menino"  à disposição no Seven Virtual Book no site  https://www.biblioteca/24 horas.com e  Amazon em Books - Ficção científica brasileira.

... A movimentação era intensa. Inúmeras naves auxiliares ligavam o planeta com o satélite e a enorme nave interplanetária, que imponente, graciosa e majestosa era o centro das atenções gerais. A mídia reportava a todo o momento, ao vivo, os acontecimentos que culminariam no próximo mês com a viagem inaugural Murdoc-Terra. O Comandante Espacial Brayldon, Comandante Chefe da expedição, em seu vistoso uniforme e portando artístico cachimbo, deslocava-se presto na monumental Ponte de Comando emitindo ordens e recebendo informações de todos os setores. Os potentes motores atômicos acionados a meia-força mantinham a nave viva, e os especialistas checavam os instrumentos indicativos do complexo espacial.

A população murdoqueana extasiada, não media elogios aos idealizadores e construtores da maior obra jamais arquitetada pela humanidade. Murdoc vivia um momento de êxtase, alegria incontida, descontração e altivez. Se não fossem conhecidos os desentendimentos subterrâneos da política local, um observador juraria que o planeta era o mais belo, gracioso, educado, culto e pacífico de todo o quadrante. Tudo era festa, tudo era harmonia, tudo era paz... A nave polarizava a atenção de maneira quase hipnótica, os governos distendiam as tensões, a população esfomeada „alimentava-se‟ com as entusiásticas notícias contínuas, as crianças e jovens sonhavam viagens impossíveis pelas galáxias, os velhos deslumbravam-se com o poder criador do homem.

Navegando em órbita padrão com o escudo de invisibilidade levantado, a Nêmesis observava a movimentação quase delirante e a alegria hilariante murdoqueana. Na sala de reuniões dos oficiais, sentado em sua poltrona com o queixo apoiado na mão e absorto em seus pensamentos, Jean Serge acompanhava na grande tela o desenrolar dos acontecimentos. Indeciso quanto a atitude a tomar, remoia em sua memória dolorida a grande hecatombe que destruirá irremediavelmente essa colmeia palpitante de vida cinquenta e oito anos no futuro.

- Sairon! - Às vezes fico perplexo ante quadros similares, e me pergunto como se sente Deus, senhor absoluto das eternidades ao ver filhos seus vibrarem uníssonos com a coroação de suas mais caras realizações, e em seguida despedaçarem-se em milhões de partículas levados apenas por defenderem pontos de vista ultrapassados.

- Acredito que apenas observa a sequência, pois sabe que são infantis e brincam com ferramenta perigosa. Eternos, terão novas vestimentas e oportunidades mil até amadurecerem e capacitarem-se para as reais alegrias não efêmeras - respondeu Mark comovido.

- Como poderei interromper essa alegria toda, e dizer que sigam para Mitor, pois Murdoc explodirá amanhã?...

Enquanto Jean Serge meditava sobre o problema, na sala de reuniões científicas, físicos, engenheiros espaciais, biólogos, médicos, nutricionistas, enfim, os mais renomados técnicos da Nêmesis em frente a sofisticados computadores analisavam a nave murdoqueana em seus mínimos detalhes. Cilíndrica, com raio de seis milhas, a nave mostrava-se fascinante: ......

... Finalmente o grande dia chegou. Satélites, naves, equipes terrenas, telescópios, binóculos e tudo o mais que fosse preciso para aceitarem a grande nave, estavam em frenética atividade. Os discursos e comemorações partindo dos diversos governos que participavam do fenomenal projeto concomitantemente com os agradecimentos e despedidas dos embarcados tomaram um dia inteiro. O planeta inteiro rejubilava extasiado. Na hora prevista, os possantes reatores iniciaram o deslocamento do majestoso e palpitante gigante que singraria os espaços interplanetários levando em seu seio a semente humana que futuramente tomaria e povoaria estrelas e galáxias. Após a sexta órbita em espiral,  a nave lançou-se ao espaço em direção ao destino traçado.

Antes mesmo de refreado o impacto do sucesso, estarrecidos os murdoqueanos foram atingidos pela notícia alarmante: Um desarranjo na telemetria havia lançado a nave fora de rota, e estavam virtualmente à deriva no espaço. Os engenheiros de bordo tentavam solucionar o problema.

A consciência atormentada de Jean Serge o acusava pelo circo montado, preocupando os desesperados murdoqueanos que acompanhavam aflitos a saga do maior feito de todos os tempos levando em seu seio metálico a fina flor da cultura científica murdoqueana.

Por fim, após dois dias angustiantes, a mídia triunfante informou que o defeito foi reparado "m parte‟, e aproveitariam uma janela aberta para Mitor. Seguiriam para lá com segurança, e após os reparos definitivos lançar-se-iam rumo a Terra, seu destino final.

Texto revisado
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