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Não se deixe rotular (e não rotule)

Atualizado dia 3/11/2015 1:40:20 AM em Psicologia
por Andrea Pavlo


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Algumas pessoas acham que rótulos são coisas de supermercado. O preço de cada coisa, quantas calorias tem, teor de sódio ou cálcio, se tem ou não glúten (este muito na moda ultimamente). Mas infelizmente rótulos também atingem pessoas. E é aí que a porca torce o rabo.
Temos algumas frases prontas na cabeça. É só a criança te dar uma mini resposta inteligente que, pronto, ela vira um “gênio”. Mas se a outra gosta mesmo é de passar batom, pronto, ela é “vaidosa”. E assim vão se formando as opiniões dos outros sobre nós. Pais, amigos, professores, todos torcem para que você se torne aquilo que eles espertamente previram para que, lá pelas tantas eles possam estufar o peito e dizer “Eu não disse?”
Ainda quando rótulo é positivo, vá lá. E digo isso porque, até ai, ele pode ser negativo. Quando rotulamos alguém de “inteligente” por exemplo, é como se a pessoa, principalmente quando criança, criasse essa “obrigação”. Então a pressão torna-se tão pesada que pode até deixar a pessoa “burra”, ou seja, fazer com que ela se revolte contra o próprio rótulo.
O problema maior ainda são os rótulos negativos e esses têm bastante por aí. É fácil fazer isso com características que são só isso mesmo, características da pessoa. Como o fato de ser negro, ou gordo ou mulher. Não estou falando de minorias mais. Metade da população mundial é mulher. Falando de raças, metade da população brasileira é negra ou parda e, falando de mundo de novo, metade é gordo. Então o que faz com que essas pessoas ainda sofram esse tipo de preconceito: os rótulos.
Caetano Veloso, famoso compositor brasileiro, fez uma música dizendo “o macho adulto branco sempre no comando” e ele tem razão. Parece que qualquer coisa que fuja disso está errado. Ele só esqueceu do magro. Se bem que ainda acho que os homens gordos ainda sofrem menos do que as mulheres na mesma condição. Isso porque, para as mulheres, a obrigação é ser bela (e isso, no rótulo, ainda significa magra).
O comediante (será que ainda dá para usar esse nome com ele) Danilo Gentili (que de Gentili não tem é nada), começou uma forte campanha de bullying aberto e descarado a uma mulher gorda que disse que não ia mais segui-lo no Twitter, pelo conteúdo duvidoso de seu “humor”. Ele instigou, abertamente, a que todas as outras pessoas também raivosas de suas condições (possivelmente), se manifestassem contra ela. Por ser mulher e gorda (pecado, ela infringiu duas regras sociais de uma só vez) passou a ser perseguida online, com todo tipo de xingamento, gordofobia e tudo mais. Triste, para dizer o mínimo. Acredito que uma pessoa que precisa disso, no caso do “comediante”, simplesmente não tem nenhum senso de humor. O famoso ator Alexandre Frota, presente no programa de outro “humorista” fez um relato emocionante, com palmas da plateia e risos quase histéricos, de um suposto estupro de uma mãe de santo. Assim, na TV aberta mesmo, com jovens mocinhas inocentes na plateia, rindo à beça. Depois desmentiu tudo, dizendo tratar-se de um “causo”.
Sinceramente, se uma pessoa destas diz qualquer coisa sobre você, sério que você vai ouvir? A pessoa quer ser politicamente incorreta de propósito sim. Quer atacar, humilhar, tratar o resto do mundo, que seja diferente dele mesmo (citando de novo Caetano Veloso “narciso acha feio o que não é espelho”) como lixo. Talvez porque, no fundo no fundo, ache que é isso que ele mesmo é. Não tenho raiva de pessoas assim, tenho compaixão. Deve ser um inferno viver dentro deles. Deus me livre.
Então, quando alguém apontar o dedo na sua cara e te dizer “Você é isso” não pegue. Não se defina pela opinião de ninguém. E quando eu digo ninguém, incluo seus pais, parentes os mais variados, marido, namorado, esposa e tudo mais. Você é você. E só. Talvez até tenha aquela característica, mas não é aquilo. E não deve nada para ninguém. Aliás, esse “conselho” serve também para os tais humoristas e “artistas” que acham o que acham: você, meus queridos, são bem melhores do que isso. Eu tenho certeza.

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Conteúdo desenvolvido por: Andrea Pavlo   
Psicoterapeuta, taróloga e numeróloga, comecei minhas explorações sobre espiritualidade e autoconhecimento aos 11 anos. Estudei psicologia, publicidade, artes, coaching e várias outras áreas que passam pelo desenvolvimento humano, usando várias técnicas para ajudar as mulheres a se amarem e alcançarem uma vida de deusa.
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