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Um dia de paz!

Atualizado dia 11/9/2015 8:00:01 AM em Psicologia
por Paulo Salvio Antolini


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Foi assim que ela se determinou: ter um dia de paz! Nada do que acontecesse a tiraria do sério. Começaram as dificuldades. A primeira que relatou foi manter a lembrança de sua proposta. Lembra-se de que no primeiro dia, ao sair de casa, um carro passou em uma poça d’agua e deu-lhe um banho. Teve que voltar algumas quadras, não tinha tempo para um banho verdadeiro, limpou-se e pegou o carro, pois já estava atrasada demais para ir a pé.
Foi o suficiente para passar alguns dias sem se recordar de sua proposta. Agitações, reclamações e muito mau humor compuseram esses dias. Ao jantar, em uma de suas reclamações mentais, lembrou-se.
Procurou despejar todas as mágoas e ressentimentos para fora. No banho, fez uma oração pedindo que fosse auxiliada em sua proposta. Foi se deitar.
Era quase meio-dia quando ao reclamar com sua secretária de uma ligação telefônica não feita, quando lembrou novamente. Resolveu escrever um “post it” em letras maiúsculas: PAZ!!!

Durante a tarde, olhou várias vezes para aquele minúsculo papel amarelo e em todas teve que respirar fundo, pois estava tensa e à beira de um estresse já conhecido: grande irritação, respiração ofegante, coração acelerado, corpo dolorido e pensamentos travados. Perdia grande tempo a andar no parque em frente a sua empresa para se recompor. Não parava até sentir que já conseguia pensar novamente.
Já havia tido duas ou três oportunidades de mudar sua empresa para locais mais adequados e de fácil acesso, inclusive, mas o impedimento era justamente que teria que abrir mão de “seu parque”, verdadeiro santuário para suas crises.
Relatou-me que em sua casa também sentiu falta de se lembrar do proposto, então, começou a buscar objetos que a fizesse ficar atenta. Disse que o que mais gostava era um porta-chaves em forma de pombo. Batizou-o como “meu pombo da paz!”.
Descreveu as vezes que ao sair do consultório me xingava, pois a palavra “exercício” aparecia várias vezes em suas sessões: “É um grande exercício”. “Se você realmente quer é preciso ter vontade, disciplina e persistência”.

Foi muito interessante seu relato sobre o quanto realizava os exercícios passados com raiva e indisposição. Ela havia aprendido técnicas de respiração, meditação e relaxamento, recursos simples e necessários para a retomada de consciência e o centrar-se em si mesma.
Ela disse: “Era um querer não querendo, hoje vejo que queria, mas sem o esforço para conseguir”. O que parecia tão difícil e demorado (cinco a dez minutos diários) hoje faz parte de sua rotina.
Seu relato coincide com o de outras pessoas que também se propuseram a modificar o ritmo de seus dias. Os problemas continuam a ocorrer, as dificuldades e obstáculos estão sempre presentes, porém, a forma como essas pessoas enfrentam essas situações se modificou. Todos descrevem uma sensação de que os problemas não são mais algo pessoal, ou seja, contra elas. São situações existentes para serem tratadas.

Alto executivo me disse ter recebido vultuosa multa em sua empresa e, ao contrário de tempos anteriores, com muita calma buscou todas as informações relacionadas e lidou com o fato com tranquilidade e equilíbrio. Percebeu que parte da autuação não procedia e conseguiu com bom senso e calma rapidamente diminuir o que lhe era imputado. “Se fosse no período anterior à minha vinda aqui, com certeza teria enfartado”.

Alguns acham que estar em paz é ser lento e demorado no fazer as coisas. A paz interior aumenta o dinamismo em vez de diminui-lo. Além do que possibilita maior foco no que realmente deve ser feito. Veja quantas vezes pessoas saem correndo para “resolverem problemas” e voltam desanimadas, cansadas e sem resultados significativos para com a solução do que se propuseram.
Outros confundem com o fato de não mais sentirem emoções. Elas existem e muito mais claras do que antes. O que foi lido e a manifestação delas é que se torna mais adequado.
Exercite-se! Busque um dia de paz!



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