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Você pode dizer não!

Atualizado dia 3/4/2015 4:40:27 PM em Vidas Passadas
por Maria Silvia Orlovas


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Conheço muitas pessoas no caminho espiritual, buscando se melhorar e querendo ser boazinhas, conscientes, iluminadas e não conseguem dizer não. Travaram de uma forma tão profunda a sua espontaneidade, pensando que agiam errado, e não queriam mais agir assim, que não sabem mais dizer não. Lembro que no começo dessa minha trajetória estudando a espiritualidade que também tinha extrema dificuldade em expor meus sentimentos, e mais dificuldade ainda em colocar limites e dizer não. Com isso, vivia passando por situações de contrariedade, ficava com raiva, ou magoada sem dizer nada para as outras pessoas com medo da não aceitação, com medo de magoar, com medo de ofender; porém, esse medo, essas energias mal qualificadas estavam vibrando o tempo todo e causando todo tipo de problemas.

Para termos uma vida saudável, não temos que concordar com tudo, nem dizer sim a tudo. Temos direito de ter nossa opinião e pensar diferente de outras pessoas, temos o direito de manifestar nossa individualidade. Então, também temos o direito de dizer não.

Pecamos por negligenciar atitudes que temos obrigação de tomar. Por exemplo: temos que educar nossos filhos, temos que colocar limites nas nossas relações afetivas, e podemos dizer não para pessoas queridas sem magoar.

Dizer não é um exercício de autoestima.
Você tem direito de existir, de ocupar o seu espaço verdadeiro e iluminado.

Vanda veio me procurar para tratar constantes crises de ansiedade. Casada pela segunda vez, enfrentava sérios problemas com o filho adolescente fruto do seu primeiro casamento. O atual marido entendia a situação e até a apoiava na criação do menino, mas ela, por uma série de questões, colocava a disciplina a perder por que não queria conflitos, evitando embates, ela se tornou permissiva. Com a orientação de um psicólogo, o garoto melhorou um pouco, mas ela continuava se sentindo uma estranha em sua casa, querendo fugir da situação.
Procurar algo espiritual lhe pareceu natural, pois criada numa família espírita, ela entendia que muitas coisas eram kármicas, e que talvez ela e o filho fossem inimigos de vidas passadas.
Expliquei que além da lei de Causa e Efeito existem outras leis, inclusive a Lei do Perdão que tantas famílias precisam praticar. Mas que a sessão traria as orientações necessárias.

A sessão de Vidas Passadas mostrou Vanda adolescente chorando a morte dos pais numa aldeia destruída pela guerra; desesperada, tentava recolher algumas coisas que sobraram. Pouco depois a cena mostra ela mais velha numa casa simples servindo comida a um homem mais velho e mal vestido, nitidamente alguém de muito mau humor, seu marido que ela identificou ser seu filho nesta vida, pois muitas das discussões começavam na mesa, justamente na hora do almoço, quando o menino chegava irritado da escola. A história termina sem um equilíbrio, deixando claro que ela passou a vida inteira subjugada ao casamento sem nunca colocar suas impressões e sentimentos.
Na nossa conversa, tentei aliviar o peso que Vanda sentia, expliquei que podemos e devemos dizer não, principalmente para as pessoas íntimas. Não podemos fugir dos conflitos aceitando tudo. Claro que não é fácil, que muitas vezes, justamente as pessoas da nossa casa são as mais complicadas em aceitar aquilo que dizemos com bom senso e equilíbrio. No caso de brigas, justamente em casa as pessoas costumam sair totalmente do bom senso. No lugar em que mais deveríamos preservar o amor, tolerância, paciência, o palco dos horrores se instala. É preciso mudar isso.

Vanda concordou que terá que fazer um esforço para mudar os rumos da sua história, pois seu filho que foi constatado ser um encontro de outras vidas, estava no seu caminho justamente para ambos se acertarem. Concordamos que dialogar com adolescentes não é tarefa fácil, mas vamos entender que se alguém está na nossa vida é por que temos algo a fazer juntos.
Minha cliente compreendeu que também costumava se desgastar com tantas explicações e que estava se prejudicando guardando emoções, tentando não brigar, afirmou que não queria admitir a raiva que sentia, não exatamente do filho, mas da situação, e com isso sua vida íntima estava um inferno.
Ensinei o exercício do perdão, Ho’oponopono, e pedi que ela fizesse pelo menos por um mês. Expliquei que mesmo se tratando da relação dela com o filho, era preciso ver a si mesma, se amar, se aceitar, e se perdoar por todos sentimentos e emoções negativas.
Quando estávamos terminando a consulta, ela desabou num choro e, soluçando, dizia que não sabia se teria coragem de se expor, de dizer não, mas que não aguentava mais se esconder. Então, conversamos um pouco mais sobre autoestima e sobre exigir menos da vida e de si mesmo. Expliquei também que melhorar nessa questão de dizer não exigiria uma boa dose de determinação e prática, até sair do estado de energia represada e raiva acumulada e, enfim, tornar o não uma palavra forte, mas com energia boa.

Se você também enfrenta esse tipo de sentimento associando dizer não com pessoa ruim, por favor mude isso. O mundo precisa de gente forte e honesta o suficiente para mostrar a sua opinião, ainda que contrária.
Passando a vida a limpo:

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Conteúdo desenvolvido por: Maria Silvia Orlovas   
Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores.
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