ESPIRITOS DAS MATA E ÁGUAS

ESPIRITOS DAS MATA E ÁGUAS
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Autor Willes S. Geaquinto

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 11/26/2025 11:57:31 AM










O que vou narrar para vocês neste pequeno preâmbulo, é algo singular e pessoal. Logo, sem a mínima intenção de convencer alguém sobre a veracidade dos fatos. Porém, isto servirá de base para depois adentrar mais além no assunto desta reflexão.

Algo que acredito é que em nossa trajetória terrestre existem pessoas, momentos, fatos e fenômenos que mudam nossa percepção da vida quase que para sempre, ou, pelo menos, por um determinado ciclo existencial, ou até por ciclos vindouros. Um desses acontecimentos se deu entre os anos de 1981 e 1983, quando morei e trabalhei, no Amazonas, nas localidades de Tabatinga à beira do Rio Solimões e Benjamin Constant localizado na foz do Rio Javari.

Nos dois anos que trabalhei no BB no Amazonas, mais de um ano dessa estada eu atuei fiscalizando operações financeiras do, dentre florestas e rios. Entre Tabatinga, Benjamin Constant e mais além passando por Atalaia do Norte até São Paulo de Olivença, Amaturá e adjacências. Uma vasta região que só mesmo olhando o mapa para conferir toda a sua extensão. Então, foram nessas "andanças" que percebi que a floresta, além dos bichos, águas e matas, possuía muito mais vida do que eu podia imaginar. Na minha experiência vários outros "entes", aparentemente invisíveis, estavam por toda parte e ao "vislumbrá-los" senti e tive mostras que estava sempre bem acompanhado e protegido; eram espíritos de caboclos, xamãs, indígenas, povos ancestrais.

Nessa sutil conexão eles me alertavam o tempo todo, através de um certo tipo de intuição, se algum perigo se apresentava. Certa vez, por exemplo, ao ter que atravessar uma pinguela de bambu muito fino sobre um igarapé que ficava a metros de altura acima das águas, algo me "sussurrou" para descer e atravessar pelo leito do riacho, pois havia o perigo eminente d'eu cair se fosse me aventurar na travessia que era comum aos nativos. Obediente, desci e atravessei pela água que alcançava quase a altura dos meus ombros. O extraordinário é que senti que aqueles que passei a denominar como "povo da floresta" passaram a me acompanhar também fora das matas quando eu ficava no meio urbano.

Quando vim embora do Amazonas pensei que nunca mais "os veria". Ledo engano, passadas quase duas décadas, quando na passagem do ano de 2002 para 2003 fui participar de uma cerimônia do Santo Daime, em São Tomé da Letras, num local próximo de uma mata e um riacho, eles se fizeram presente. Enquanto aguardava do lado de fora de um chalé a hora do início do evento que seria lá pelas 19 horas, vi e ouvi um farfalhar(ruido) na mata próxima. E quando fixei meu olhar no local lá estava o "povo da floresta" passando em trajes rústicos e silenciosamente. Os reconheci, eram os mesmos que eu havia encontrado na floresta amazônica. Internamente os reverenciei enquanto passavam.  Mais uma vez me senti protegido por eles, pois eu estava em um terreno desconhecido, já que seria a primeira vez que experimentaria o Daime.

A cerimônia durou praticamente a noite inteira, e no dia seguinte enquanto estava na beira do riacho me concentrei e os procurei, mas senti que eles já tinham ido embora. O evento foi algo mágico, inimaginável, incluindo a cerimônia que participei, uma vivência única. Entre bailados e cantos até a dor do meu joelho esquerdo que renitentemente me torturava, sumiu.

Em 2013, dez anos depois, estava em Poços de Caldas num local denominado Recanto do Japonês, onde existem fontes de água mineral, próximo a Fonte dos Desejos, sentado num banco próximo à mata, eu os "vi" novamente: o "povo da floresta". Depois de tê-los reverenciado, o que me transmitiram foi que eles estavam ali para participar de uma cerimônia de cura. O interessante é que nesse encontro até a companheira que estava comigo percebeu a presença deles. Antes, eu já os tinha percebido na mata do parque de São Lourenço, em Cambuquira e também no parque de Caxambu. Em Lambari, as energias são muito difusas, creio que pelo fato de o parque ser mais aberto e pela intervenção humana que, além de confundi-lo com uma praça qualquer, não o trata com a devida e merecida reverência. O turismo do modo como é feito, sem consciência e respeito pelo sagrado presente nesses locais, interfere tanto nas vibrações que emanam das águas e das matas que naturalmente são benéficas à saúde humana.

Dito isso, baseado em algum conhecimento além, análise e vivências, posso afirmar com imensa tranquilidade que locais como esses citados possuem uma rede de conexões espirituais que vão além das matas, ou seja, entre os "espíritos da mata" há também os "espíritos das águas".

Como só posso falar dos locais que conheço, posso afiançar que em locais como Poços de Caldas, São Lourenço, Cambuquira e Caxambu, em Minas Gerais, onde existem "águas que curam", existe uma plêiade de espíritos curadores que ali estão em missão para atender fluidicamente os humanos que necessitam dessa espécie de terapia das águas. O efeito das águas, cada uma com suas especificidades, de acordo com uma pluralidade de depoimentos é, por assim dizer, elemento sanador de diversas desarmonias físicas e da alma. E, correspondendo a uma certa lógica metafísica, seus efeitos salutares se fazem mais efetivos para aqueles que possuem alguma fé e confiam no auxílio espiritual, independentemente da crença religiosa que professem. 

O uso das águas minerais para tratamento de saúde é um procedimento dos mais antigos, utilizado desde a antiga Grécia e com o passar do tempo recebeu nomes como Hidrologia Médica, Crenoterapia, Hidroterapia e Termalismo, entre outros.

A água em si já é considerada como elemento terapêutico e apropriado para a saúde. Porém, no caso das águas minerais ou termais com suas propriedades específicas, vão além nas suas condicionantes terapêuticas. O consumo de águas minerais com propriedades medicinais pode auxiliar no tratamento de múltiplos problemas de saúde. Por exemplo: estimula e equilibra o funcionamento intestinal e digestivo; contribui para o equilíbrio metabólico; ajuda na eliminação de cálculos renais e no tratamento de infecções urinárias; auxilia no alívio de dores e na melhora de condições como artrites e artrose. Existem outros tantos benefícios para a saúde, que podem ser obtidos com a utilização do consumo das águas minerais ou termais, cada tipo de água contém especificidades para o seu consumo e outras formas de uso como banhos ou hidroterapia.

Enfim, a pretensão deste pequeno texto é chamar a atenção para algo simples, que a chamada modernidade tem obscurecido por conta do mercantilismo que gira em torno da saúde do ser humano. Nós levados por toda a parafernália mercadológica e de marketing, deixamos de lado todo o aprendizado que nos foi legado pelos povos originários, nossos ancestrais. Desprezamos o poder de cura de plantas e águas que já foram úteis por séculos para cooperar com a sobrevivência do ser humano. Os chamados antigos utilizavam com maestria tudo o que a natureza dispunha, com toda a simplicidade cuidavam melhor da saúde que nós que vivemos acelerados e perdidos entre tanta tecnologia e seus mortíferos efeitos colaterais.

Sendo assim, devemos refletir sobre o modo que vivemos, sob os efeitos tóxicos de tudo o que nos tem sido apresentado como solução para uma vida melhor. Devemos refletir também sobre todos os nossos maus hábitos alimentares e de consumo, além de outros tantos hábitos de ordem emocional e espiritual.

Enfim, é preciso estar atento ao lado metafísico da saúde, ou seja, àquilo que está além dos aspectos físico-materiais. Além de tudo aquilo que nos distrai e nos consome a energia vital que é essencial para uma vida boa, equilibrada e harmônica em toda a sua integralidade. 



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Autor Willes S. Geaquinto   
Willes S. Geaquinto - Psicanalista,Psicoterapeuta, Consultor Motivacional. Trabalha com a Terapia do Renascimento promovendo o resgate da autoestima, o equilíbrio emocional e solução de transtornos, fobias,etc... Palestras e Cursos Motivacionais(relação de palestras no site). Contato: (35) 99917-6943 site: www.viverconsciente.com.b
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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