As necessidades do corpo e a passagem do tempo - sobre Chronos e Ananké
Atualizado dia 2/19/2018 10:37:22 PM em Corpo e Mentepor Flávia Esper de Andrade
Em uma cultura onde se podia barganhar com os tantos deuses que havia, com o amor, a raiva, o medo..., só duas verdades não eram negociáveis: o tempo vai passar e o corpo dará um jeito de ter aquilo de que precisa.
Em nossa sociedade, fabricamos múmias vivas, "photoshopamos" todas as rugas, excluímos o velho da família e da casa. Tentamos domar as necessidades de sono, excreção, fome e restabelecimento com medicações e energéticos. Tentamos ganhar tempo driblando o corpo e ganhar corpo perdendo tempo. Corremos demais, descansamos mal e de menos, respiramos mal, nos alimentamos mal, bebemos pouca água.
E a doença, tão execrada pela nossa cultura -a velhice- se instala. Corpo e tempo erguem suas bandeiras - não como algozes, inimigos ou sabotadores - mas como amigos amorosos que vêm nos lembrar do que é inexorável: somos humanos, temos um corpo e precisamos respeitar tanto a ele quanto aos ciclos naturais da vida. Mais ainda, a doença, os acidentes, as dores, quando acolhidos, abraçados e escutados, trazem lições valiosas. Servem de alerta para aquilo a que não estamos atentos, mas que seria bom olhar e trabalhar, para sermos mais íntegros e livres. Guiam-nos de forma a reencontrarmos a nós mesmos, tantas vezes perdidos na loucura das correrias, dos compromissos, do dinheiro.
Que possamos respirar mais, pausar mais, nos alimentar melhor, aceitar o corpo que temos e as mudanças pelas quais ele passa e vai passar. Isso reduzirá as doenças e nos ajudará a fazer as pazes com o tempo. E que possamos, também, até lá, escutar amorosamente os berros do corpo, acolher a dor e as limitações como alertas insistentes, muitas vezes sofridos e frustrantes, mas, acima de tudo, amorosos e sábios. Saibamos honrar o tempo e o corpo, aproveitando-os da melhor forma, honrando o próprio envelhecer com amor e alegria. Porque, como diziam os gregos, com Chronos e Ananké não se pode negociar.
As Terapias Integradas podem te ajudar a entender e lidar melhor com o que está acontecendo. Quando conseguimos escutar a mensagem que nosso corpo nos passa, quando identificamos quais são as questões para as quais a dor está nos chamando a atenção, podemos cuidar delas. Com isso, o corpo pode voltar ao equilíbrio mais facilmente e se torna possível levar uma vida mais integrada, leve, plena e feliz.
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Flávia Esper é terapeuta, professora, mentora e instrutora de terapeutas. Criou o Método Flávia Esper, do qual fazem parte os cursos de Tarô Terapêutico, Cura Xamânica - Alinhamento Energético, Astrologia Terapêutica e o Curso para Terapeutas. Atende com Psicoterapia, Cura Xamânica, Florais, ThetaHealing, Tarô Terapêutico e Mentoria p/ terapeutas. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Corpo e Mente clicando aqui. |