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AUTO-ESTIMA EM CIRCUITO DIRETO - SEUS ASPECTOS PSICOLÓGICOS

Atualizado dia 10/21/2009 2:26:13 PM em Psicologia
por Osmar Francisco dos Santos


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O QUE É     

  Auto-estima significa em forma simples o amor por si mesmo. Até aí nada de novo. Acontece que o objeto íntimo da auto-estima em cada um de nós faz toda diferença; por isso, neste artigo, vamos considerar dois aspectos de nossa psique como origem e destino de nosso amor próprio a fim de avaliarmos as diferenças e obter uma verdadeira auto-estima que nos impulsiona para o progresso.  

No primeiro caso, vamos considerar o mundo racional como objeto e origem da nossa necessidade de autoestima. Relativo a este mundo racional, consideramos a personalidade ou ego como sendo o agente que necessita dessa auto-afetividade em questão. A essa necessidade afetiva a personalidade procura satisfazer, num jogo sem limite e sempre fadado a frustrações, as exigências do ego. Daí surgem uma complexidade neurótica infinita e sem solução pelos meios lógicos sejam eles médicos ou psicológicos. A necessidade de amor próprio neste caso se apresenta pela busca de comida, roupas e objetos ornamentais. 


No âmbito social, essa necessidade motiva as lutas pelo poder dentro das instituições e até dentro dos grupos familiares. A busca por papéis representativos que nos dêm "importância", mas nunca nos sentimos satisfeitos por causa da falta de limites do ego. Por conta da impossibilidade de satisfação do ego, algumas idéias inteiramente erradas são distribuídas, ou mal interpretadas por nós, como por exemplo, as que vêm das seitas orientais que pregam o desprezo pelo ego. Ora, o ego é a expressão do homem no mundo racional; quem quebra essa ponte fica perdido e quem pensa que ela é a finalidade da vida fica limitado à luta pelas conquistas materiais e vaidades. Também não devemos nos esquecer das ideologias que pregam o desprendimento egóico, mas criam poder institucional explorando seus adeptos. A quantidade de literatura de auto-ajuda que representa o maior acervo das livrarias prometendo a solução de todos os problemas, também denota essa confusão. A busca de drogas medicamentosas e ilícitas para aplacar as crises existenciais representa um dos melhores negócios do mundo e a tragédia de tantas famílias.  As lutas por direitos e dignidade ofendidos nos tribunais que quase nunca encontram uma solução justa. São infinitas as conseqüências ocasionadas pela falta de amor próprio; daí o sentido das tragédias shakspeareanas, com destaque especial para a frase imortal: "ser ou não ser, eis a questão!".   


No segundo caso, como origem da auto-estima vamos considerar o mundo irracional da mente universal, expresso em nossa anatomia pela parte direita do nosso cérebro. Como até a limitada ciência já comprovou, do lado direito do cérebro é que está a nossa capacidade criativa, ou seja, a que está ligada ao momento presente, não faz julgamentos porque não distingue entre bem e mal, manifesta-se quando nossa mente lógica permite e isso ocorre durante os sonhos, criação das obras de arte e estados de plenitude "permitidos" pela mente racional que, neste caso,   aceita o contato com esse outro lado infinito da mente, quando, por exemplo, vivemos um momento de comunhão profunda com a natureza ou viajamos numa sinfonia... Estes estados de estase, satori ou nirvana são os que dão origem à verdadeira auto-estima que não precisa de satisfação de comida, roupa ou poder, por mais importantes que sejam para o mundo racional. Nós, ocidentais, temos muita dificuldade de alcançar estes estados emocionais empregando os mesmos métodos dos iogues orientais. Nosso caminho mais fácil é proposto por Sócrates: "Conheça a ti mesmo" ou por Nietzsche: "Torne-te quem és".  Ainda citando o fabuloso filósofo alemão, não devemos nos esquecer de sua definição sobre o homem em "Assim falou Zaratrusta": "O homem é uma corda atada entre o animal e o além-do-homem - uma corda sobre o abismo... O que é grande no homem, é que ele é uma ponte e não um fim: o que pode ser amado no homem, é que ele é um PASSAR e um SUCUMBIR".


Mas como conhecer a si mesmo e tornar-se quem é? Não conheço outros meios a não ser pelo conhecimento dos aspectos inconscientes que só podem ser compreendidos através de leituras sobre o tema e terapias transpessoais que consideram estados alterados da consciência, como por exemplo: os sonhos. 


https://somostodosum.com.br/clube/../AUTO-ESTIMA+EM+CIRCUITO+DIRETO+-+ 

https://www.terceiromilenionline.com.br/ - Revista Holística de Qualidade de Vida - Ano8.Número 90 - Setembro-2009 Pag. 28

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Conteúdo desenvolvido por: Osmar Francisco dos Santos   
•Participante do Núcleo de estudo Junguiano do Rio de Janeiro; •Palestrante e autor de trabalhos sobre Psicologia Junguiana publicados em revistas universitárias e outras; •Psicoterapeuta transpessoal da linha Junguiana; •Administrador de Empresas e Consultor de Qualidade Total na Área de Recursos Humanos. •Atuação em Consultório particular.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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